Paranapanema consegue suspender pedido de falência após acordo com Scotiabank; Petrobras vende ativos e mais notícias

Confira os destaques do noticiário corporativo na B3 na sessão desta segunda-feira (28)

Equipe InfoMoney

Produção de cobre

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SÃO PAULO – No radar desta segunda-feira (28), o destaque fica para uma empresa fora do Ibovespa, a Paranapanema: a companhia e o banco Scotiabank Brasil chegaram a acordo pelo qual a instituição financeira concorda em suspender o pedido de falência aberto contra a empresa no início de dezembro, em razão de uma dívida vencida desde agosto no valor de R$ 174,4 milhões.

Também em destaque, estão notícias sobre a Petrobras desde quarta-feira à noite que podem mexer com os papéis, com destaque para a conclusão da venda de ativos da Liquigás. A Petrobras Biocombustível (PBio), subsidiária integral da Petrobras, também assinou na quarta-feira contrato com a RP Participações em Biocombustíveis para venda da totalidade de suas ações de emissão da BSBios por R$ 322 milhões. Confira os destaques:

Paranapanema (PMAM3)

A Paranapanema, maior fabricante de produtos de cobre do país, e o banco Scotiabank Brasil chegaram na última quinta-feira a um acordo após quase um mês de reuniões.

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A instituição financeira concordou em suspender o pedido de falência aberto contra a Paranapanema no início do dezembro, que teve início em meio a uma dívida vencida desde agosto no valor de R$ 174,4 milhões.

A companhia informou que as renegociações de suas dívidas com seus principais credores financeiros prosseguem, conforme Fatos Relevantes divulgados em 16 de março e 6 de maio de 2020, com a participação do Scotiabank e demais credores financeiros.

IRB Brasil (IRBR3)

O IRB-Brasil Resseguros informou nesta segunda que “a certificação formal da sua regularização só poderá ser apurada com a conclusão das demonstrações financeiras referentes ao exercício de 2020”.
Por isso, a empresa adiou o pagamento de R$ 28,03 milhões em juros sobre o capital próprio, que estava previsto para terça (29). O adiamento ocorrerá até que a Susep (Superintendência de Seguros Privados) certifique formalmente os pontos dispostos no plano de regularização de liquidez apresentado pelo IRB.

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AES (TIET3)

A AES Tietê informou, neste domingo (27), que assinou contrato com a Cúbico Brasil para a aquisição pela AES Brasil da totalidade das ações das sociedades de propósito específico (SPE) que compõe o Complexo Eólico MS e o Complexo Eólico Santos. “A conclusão da operação estará sujeita ao cumprimento das condições precedentes acordadas no SPA (Contrato de Compra e Venda de Ações), todas elas compatíveis com esse tipo de operação”, disse a empresa, em fato relevante enviado à CVM.

Segundo a empresa, o valor total da aquisição é de até R$ 806 milhões, sendo R$ 529 milhões de equity; e assunção da dívida líquida do Projeto de R$ 277 milhões (data base dezembro de 2019). “O valor acordado está sujeito a ajustes usuais neste tipo de operação, inclusive pela variação do capital de giro e dívida líquida, e será financiado, em sua totalidade, por meio da capacidade de endividamento adicional do projeto e da Companhia”, disse a empresa, destacando que a compra seria mais um passo da sua estratégia de crescimento e diversificação de portfólio.

Localizado nos Estados do Rio Grande do Norte e Ceará, costa da região Nordeste, os ativos encontram-se em operação desde 2013 e possuem 158,5 MW de capacidade instalada, 100% contratado no mercado regulado (LER 2009 e LEN 2011).

Com a conclusão da Operação a AES Brasil passará a contar com uma capacidade instalada de 4,0 GW do seu portfólio 100% renovável. “Este projeto está alinhado à nossa estratégia de crescimento e diversificação e a potencial criação de um cluster eólico na região do Nordeste do País”, acrescentou.

“Temos uma avaliação positiva da transação para a AES Brasil, uma vez que estimamos taxas de retorno reais atrativas para os acionistas da companhia com base nos modelos que elaboramos para o complexo. Reiteramos nossa recomendação de compra na AES Brasil, com preço-alvo de R$17 por unit. Notamos que nossas estimativas e preço-alvo não levam em consideração a aquisição dos novos Complexos Eólicos”, avalia a XP Investimentos.

Petrobras (PETR3;PETR4)

A Petrobras concluiu na quarta (23) a venda da totalidade da sua participação na Liquigás Distribuidora S.A. para a Copagaz – Distribuidora de Gás S.A. e a Nacional Gás Butano Distribuidora. A Liquigás atua no engarrafamento, distribuição e comercialização de gás liquefeito de petróleo (GLP) no Brasil. A operação foi finalizada com o pagamento de R$ 4 bilhões à Petrobras.

A operação se alinha à estratégia de otimização de portfólio e à melhoria de alocação do capital da companhia, que passa a concentrar, cada vez mais, seus recursos em ativos de classe mundial em águas profundas e ultraprofundas, em que a Petrobras tem demonstrado grande diferencial competitivo ao longo dos anos.

De acordo com o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, a finalização da venda da participação na Liquigás representa um marco na estratégia da empresa de desinvestir para reduzir a dívida e focar em ativos de classe mundial.

“Estamos focando naquilo que sabemos fazer melhor e que traz mais valor para os nossos acionistas. A maximização do retorno sobre o capital empregado é um dos pilares do nosso Plano Estratégico para o para o quinquênio 2021-2025. A Copagaz e a Nacional Gás Butano têm grande expertise em comercialização e distribuição de gás liquefeito de petróleo (GLP) e darão continuidade ao fornecimento com qualidade e segurança aos consumidores brasileiros”, afirmou.

Já o diretor de Desenvolvimento e Gestão da Copagaz, Zahran Torquato, destacou que a compra da Liquigás traz mais valor à cadeia com o rearranjo de players, aumenta a competição, e quem ganhará com isso é o consumidor. Segundo Torquato, os processos de desinvestimento da companhia vêm impactando a indústria de maneira muito positiva. “Somos a favor da abertura do mercado nos mais diversos setores porque isso trará mais investimentos, mais empregos e, como consequência, um maior crescimento para a economia do país.”

Já o diretor superintendente da Nacional Gás, Celso Rocha, a compra possibilitará um incremento na disponibilidade de GLP aos consumidores. “A aquisição também representa um marco importante na história da Nacional Gás e no setor de GLP. Com isto, nossa empresa poderá aumentar seus negócios e consolidar sua atuação na região Sul e Sudeste do país.”

A Liquigás está presente em quase todos os estados, contando com 23 centros operativos, 19 depósitos, uma base de armazenagem e carregamento rodoferroviário e uma rede de aproximadamente 4.800 revendedores autorizados, tendo cerca de 21,4% de participação de mercado.

A Petrobras Biocombustível (PBio), subsidiária integral da Petrobras, também assinou na quarta-feira contrato com a RP Participações em Biocombustíveis para venda da totalidade de suas ações de emissão da BSBios por R$ 322 milhões, informou a petroleira em fato relevante.

Os papéis detidos pela estatal representam 50% do capital da BSBios, que é proprietária de usinas de biodiesel em Passo Fundo (RS) e Marialva (PR) –cada uma com capacidade de produção de 414 mil metros cúbicos por ano.

“O valor de R$ 322 milhões, incluindo ajuste de correção monetária, será depositado em contas vinculadas (escrow), pela participação da PBio na BSBios, e está sujeito a ajustes usuais para transações dessa natureza”, disse a Petrobras.

A empresa acrescentou que R$ 255 milhões serão sacados pela PBio no fechamento da transação, enquanto 67 milhões de reais serão mantidos em conta vinculada para indenização de eventuais contingências.

“O fechamento da transação está sujeito ao cumprimento de condições precedentes usuais”, completou.

Fundada em 2011, a RP Participações em Biocombustíveis S.A. é uma empresa controlada pela ECB Group e seu principal investimento é a participação acionária na BSBios.

“Este momento representa a concretização de mais uma etapa de um sonho”, disse o fundador e CEO do ECB Group, Erasmo Carlos Battistella.

O presidente do grupo empresarial, que agora assume 100% do controle da BSBios, disse ainda que, junto com sua equipe, está construindo um novo planejamento estratégico para a empresa, a ser divulgado após a aprovação do negócio no órgão anti-truste Cade.

“Nosso compromisso é construir um legado através dos biocombustíveis, por meio do desenvolvimento de uma economia sustentável e mais limpa”, afirmou, por meio da assessoria de imprensa.

Bradesco (BBDC3;BBDC4)

O Bradesco renovou o seu programa e pretende recomprar até 15 milhões de ações, sendo 7,5 milhões ordinárias e 7,5 milhões preferenciais, segundo fato relevante da última quarta. O programa terá duração de 18 meses, até junho de 2022.

O objetivo é aplicar parcela dos recursos existentes em reservas de lucros, disponíveis para investimentos, na aquisição de ações que serão mantidas em tesouraria para posterior recolocação no mercado. Para os acionistas, a operação possibilita maior retorno financeiro devido ao aumento proporcional do valor dos dividendos/juros sobre o capital próprio (JCP) periodicamente distribuídos por ação, destacou a instituição financeira no documento.

Gol (GOLL4), Azul (AZUL4) e Latam

Na semana passada, a Gol pediu que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) analise e aplique sanções a suas duas concorrentes por causa de uma operação que, segundo a empresa, pode resultar em efeitos anticompetitivos e prejudicar o consumidor.

A operação em questão é a realização de cinco rotas aéreas conjuntamente. Até outubro, Latam e Azul operavam, separadamente, voos entre Belo Horizonte e Guarulhos, Belo Horizonte e São Paulo, Guarulhos e Porto Alegre, Brasília e Recife e Rio de Janeiro e Vitória.

Há dois meses, porém, as companhias informaram o Cade que passariam a realizar esses voos em parceria, o que significa que uma pode encerrar um voo e passar a vender passagens para o voo da outra, recebendo uma comissão por isso. É um modo que as companhias encontram para reduzir os gastos, mas não perder totalmente a receita, aumentando o número de passageiros por voo e ampliando lucros.

Na petição protocolada pela Gol na semana passada, a empresa afirma que essa mudança na forma de operação da Latam e da Azul pode significar uma concentração de mercado. “O que se tem, na realidade, é uma relevante concentração em termos de capacidade de operação em referidas rotas, o que possibilita às companhias aéreas envolvidas efetivo exercício de seu poder de mercado, em detrimento da Gol (único concorrente das partes em referidas rotas) e, principalmente, dos usuários do serviço de transporte aéreo”, diz a empresa.

Ainda de acordo com o documento, a rota entre Guarulhos e Belo Horizonte seria a que resultaria em maior concentração, com a Azul e a Latam passando a deter 77% dos assentos em 2021, ante 62% no quarto trimestre do ano passado. Na rota entre Brasília e Recife, passaria de 68% para 75%. Veja mais clicando aqui. 

Even (EVEN3) e Gafisa (GFSA3)

A Even comunicou nesta segunda-feira que a Gafisa  exerceu no último dia 23 a opção de compra dos imóveis que compõem o Hotel Fasano Itaim por 310 milhões de reais.

A transação refere-se a contrato assinado em novembro pela Taperebá, subsidiária da Even, e a Gafisa, que tinha como objeto os imóveis que compõem o Hotel Fasano Itaim, incluindo o restaurante e 32 unidades autônomas do Condomínio Pedroso Alvarenga, localizado na cidade de São Paulo.

“A formalização da compra e venda dos Imóveis e dos Studios, com a assinatura de documentos e o recebimento dos valores, acontecerá no mês de janeiro do ano de 2021”, afirmou a Even em fato relevante à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Eletrobras (ELET3; ELET6)

A Eletrobras divulgou na quarta o seu Plano Diretor de Negócios e Gestão 2021-2025, com a previsão de investimentos totais de R$ 41,103 bilhões neste período. Segundo o PDGN, o maior volume de aportes acontecerá em 2022, com R$ 10,115 bilhões.

Em relação aos segmentos onde os recursos devem ser investidos, destaque para Angra 3, que vai receber R$ 15,3 bilhões entre 2021 e 2025. Os aportes se concentram principalmente entre 2022 e 2024, com valores entre R$ 3,2 bilhões e R$ 3,5 bilhões por ano.

Em 2021, os investimentos totais previstos pela estatal somam R$ 8,245 bilhões, dos quais R$ 2,813 bilhões vão para Angra 3. A área de transmissão vai receber R$ 1,82 bilhão, enquanto a geração vai ter R$ 1,498 bilhão. As Sociedades de Propósito Específico (SPEs) vão receber R$ 1,431 bilhão, e o segmento Infraestrutura e Ambiental terá orçamento de R$ 684 milhões.

Hypera (HYPE3)

O Itaú BBA atualizou suas estimativas para a Hypera Pharma e elevou a recomendação para as ações de market perform (desempenho em linha com a média do mercado) para outperform (desempenho acima da média do mercado). O banco diz avaliar que, nos dois últimos trimestres, a empresa mostrou “resiliência operacional na pandemia”, integração acelerada de suas fusões e aquisições e governança corporativa aprimorada.

Desde a última avaliação pelo banco, no final de abril, as ações da Hypera subiram apenas 15%, enquanto o Ibovespa subiu 45%, e a média ponderada do resto do setor de saúde subiu 35%.

O Itaú está atualizando suas estimativas para a Hypera, incluindo as ações em sua lista de compras como outperform (expectativa de valorização acima da média de mercado). A lista inclui Grupo Notre Dame (GNDI3), Qualicorp (QUAL3) e Hapvida (HAPV3).

O banco elevou o preço-alvo da Hypera para 2021 a R$ 41 por ação, frente R$ 36 do preço-alvo para 2020 e R$ 33,65 negociados em 23 de dezembro.

(Com Agência Estado e Reuters)

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