Paraná pede dividendo extra a Copel, Credit eleva Usiminas, rebaixa Gerdau, mais recomendações e outras notícias

Confira os destaques do noticiário corporativo na sessão desta segunda-feira (11)

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo desta segunda-feira (11) é movimentado, com os investidores acompanhando os desdobramentos das negociações para a incorporação da Notre Dame Intermédica pela Hapvida.

Diversas revisões de recomendações também chamam atenção dos investidores, com destaque para Copel, Ser, Ânima, Gerdau e Usiminas por grandes bancos. Confira os destaques:

Copel (CPLE6)

O governo do Paraná pediu à empresa de energia do Estado Copel a distribuição de dividendos extraordinários no maior valor possível neste ano, enquanto também manifestou intenção de vender ações que detém na companhia, embora ainda mantendo o controle acionário.

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A elétrica disse em comunicado nesta sexta-feira que o governo do Estado condicionou seu apoio à migração da companhia
do Nível 1 para o Nível 2 de governança corporativa da bolsa B3 à realização de uma oferta secundária na qual poderia vender papéis.

Essa operação ocorreria em conjunto com oferta em que o braço de participações do BNDES, BNDESPar, pretende realizar
para se desfazer de sua fatia na companhia, acrescentou a Copel.

A Copel disse que apresentará oportunamente uma proposta para migração ao Nível 2 de acordo com os requisitos do governo, controlador da empresa, e que “irá avaliar a possibilidade de distribuição de dividendos extraordinários”.

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O Bradesco BBI afirma que, ao fim das vendas, o estado poderá manter o controle da Copel com apenas cerca de 17% das ações. O banco reduziu a sua avaliação da Copel de neutra (expectativa de ganhos em linha com a média do mercado) para underperform (expectativa abaixo da média do mercado). O preço-alvo é de R$ 75, frente os R$ 73,32 negociados na sexta para as ações CPLE6.

Também para a XP Investimentos, tais solicitações do acionista controlador da Copel representam um retrocesso em termos de governança corporativa, o que deverá causar uma reação negativa para as ações no mercado.

“Finalmente, atualizamos nosso preço-alvo de 12 meses para as ações da Copel para R$ 75/ação, comparado a R$ 70/ação anteriormente, com a mudança não tendo nenhuma relação com os anúncios recentes, sendo relacionada principalmente à incorporação da venda da Copel telecom em nossas estimativas. Mantemos a recomendação de Compra nas ações, embora não descartemos que ocorra volatilidade no curto prazo devido a uma maior percepção de riscos de governança corporativa”, avaliam os analistas.

Por outro lado, o Itaú BBA afirma que espera melhora da governança corporativa da Copel com a migração do nível 1 para o nível 2 na B3 e potencial de distribuição de dividendos após a venda de ativos de telecomunicações em novembro por R$ 2,4 bilhões.

O banco destaca que o estado do Paraná pediu que a companhia pague o valor mais alto possível em dividendos, e diz avaliar que há espaço para pagar ao menos R$ 3 bilhões relativos aos resultados de 2020.

O banco mantém avaliação de outperform para as ações CPLE6, com preço-alvo de R$ 70, frente os R$ 73,32 negociados na última sessão.

Recomendações 

Além de Copel, o BBI revisou o setor de educação e elevou a recomendação para as ações da Ser a outperform, elevou Ânima para neutra, manteve outperform para Yduqs e manteve recomendação neutra para Cogna e Afya.

Já o Credit Suisse elevou a recomendação para Usiminas a outperform e reduziu Gerdau e Metalúrgica Gerdau para neutra.

O Credit Suisse publicou a avaliação de que a demanda e os preços do minério de ferro continuarão altos por ao menos seis meses. Assim, continua vendo o setor com bons olhos em 2021.

O banco mantém como ações preferidas no setor as brasileiras Vale e CSN, além da argentina Ternium.  Para a Vale, elevou o preço alvo do ADR de US$ 18 para US$ 23 por ação negociada na Bolsa de Nova York (NYSE: VALE), cuja última cotação foi de US$ 18,92. Para a CSN, elevou o preço-alvo de R$ 19 para R$ 46, frente os R$ 38,76 negociados na última sessão.

Entre Gerdau e Usiminas, o banco afirma que prefere Usiminas, que elevou para outperform (expectativa de ganho acima da média do mercado), elevando o preço-alvo de R$ 12 para R$ 20. A Gerdau foi rebaixada para avaliação neutra (expectativa de ganhos em linha com a média do mercado), com ajuste do preço-alvo de R$ 26 para R$ 32.

NotreDame Intermédica (GNDI3) e Hapvida (HAPV3

O conselho de administração da NotreDame Intermédica analisa a partir desta segunda a proposta de fusão feita pela Hapvida. De acordo com fontes ouvidas pelo jornal Valor, o conselho deve buscar melhorar os termos oferecidos pela concorrente, possivelmente pedindo aumento do prêmio por ação. Caso se concretize, a fusão criará uma companhia de R$ 118 bilhões.

O Morgan Stanley afirma que vê grande potencial de sinergias e afastaria o perigo de uma competição aguerrida entre as empresas nas frentes operacional e de fusões e aquisições.

O banco diz que as operações das empresas são complementares, e que a margem Ebitda poderia ter alta de 3,5% devido às sinergias. O banco diz que não espera empecilhos pela ANS e pelo Cade. Caso o acordo não saia, poderia ocorrer uma rápida desvalorização, desfazendo a alta da semana passada.

A Hapvida anunciou que fará nesta segunda-feira uma apresentação a investidores e analistas, às 15h (horário de Brasília) sobre a proposta de fusão com a Notre Dame Intermédica.

A apresentação será feita pelo presidente-executivo da Hapvida, Jorge Pinheiro, e pelo diretor de relações com investidores da companhia, Mauricio Teixeira, antes de uma sessão de perguntas e respostas.

Totvs (TOTS3) e Locaweb (LWSA3)

As empresas de tecnologia Totvs e Locaweb estão na disputa final para a aquisição da RD Station, startup com sede em Florianópolis (SC), líder do segmento de marketing digital, área que tem crescido a passos largos no Brasil, apurou o Estadão. A empresa é controlada por um dos maiores fundos globais focados em tecnologia, o americano Riverwood, que nos últimos anos tem se mostrado ativo no Brasil. Segundo estimativas, o negócio poderá envolver desembolso de R$ 1 bilhão.

A RD Station, ex-Resultados Digitais, tem um porte classificado como médio – fatura cerca de R$ 150 milhões por ano, mas sua expansão anual seria da ordem de 50%, crescimento que tem chamado atenção de outras empresas, exatamente em um momento em que o mundo digital ganha ainda mais escala por conta do isolamento social necessário na pandemia. O Morgan Stanley é o assessor financeiro contratado para coordenar o processo de venda.

Segundo fontes próximas à transação ouvidas pelo jornal, que falaram em condição de anonimato, o negócio atraiu bastante procura e agora está na fase final do processo de venda. Nesse passo, Totvs, que no ano passado saiu de um processo competitivo frustrado para a compra da Linx, e Locaweb, que desde que abriu seu capital em 2020 tem sido agressiva em aquisições, farão, agora, a oferta final. Quem levar a RD, ao fim, deverá fazer uma oferta de ações na bolsa brasileira para buscar recursos junto ao mercado para financiar a operação, apurou o Estadão. Veja mais clicando aqui. 

Movida (MOVI3

A Movida divulgou no domingo (10)  suas prévias operacionais referentes ao quarto trimestre de 2020. Nos serviços de locação de veículos (RAC) e gestão e terceirização de frota (GTF), a receita líquida do período ficou em R$ 500,8 milhões, avanço de 9,6% em relação aos três últimos meses de 2019. Ou seja, a companhia conseguiu superar os patamares pré-pandemia de covid-19 neste segmento.

Em relação ao terceiro trimestre de 2020, a receita da Movida com o serviço de aluguéis mostrou crescimento foi de 26,9%.

Ao separar os dois tipos de serviço, houve o mesmo ritmo de crescimento tanto no RAC quanto no GTF, na comparação anual, de 9,6%. O aluguel de veículos registrou receitas de R$ 359,6 milhões, e a gestão de frotas com R$ 141,2 milhões. Já em relação ao terceiro trimestre, o crescimento foi mais intenso no RAC, de 33,2%, contra 13,2% no GTF.

Em relação às vendas de veículos seminovos, a Movida registrou receita de R$ 489,8 milhões, quedas de 9,9% na comparação anual e de 23,6% na trimestral. A depreciação da frota teve um recuo de 18% e de 33%, respectivamente, para R$ 65,3 milhões.

Qualicorp (QUAL3)

A Qualicorp comunicou nesta segunda (11) que recebeu na sexta (8) correspondência dos advogados de José Seripieri Filho, que fundou a empresa em 1997 e vendeu metade da participação já em 2019, informando que o Supremo Tribunal Federal homologou acordo de delação premiada firmado por ele com a Procuradoria Geral da República em 15 de dezembro.

A Qualicorp diz que não teve acesso ao acordo, “está avaliando as medidas a serem tomadas diante da informação recebida e encontra-se à disposição das autoridades”.

3R Petroleum (RRRP3)

A 3R Petroleum Óleo e Gás comunicou no sábado que recebeu notificação do Banco BTG Pactual informando que a participação passou a ser de 5.075.400 ações ordinárias em 05, cerca de 4,63% do total, retificando notificação enviada no dia 6.

Aliansce (ALSO3)

A Aliansce Sonae Shopping Centers informou que, desde 4 de janeiro em Manaus e a partir desta segunda (11) em Belo Horizonte, deixará de operar seus shoppings, atendendo a determinação das autoridades. Devido à pandemia de covid, apenas as operações de serviços considerados essenciais podem continuar funcionando.

CCR (CCRO3)

Na semana de 1º de janeiro, o portfólio de estradas com pedágio da CCR teve queda de 4% frente o mesmo período do ano anterior, com alta, no entanto, de 2,10% frente a semana imediatamente anterior. O tráfego de passageiros em concessões de mobilidade urbana teve queda de 42% frente a semana anterior, e o tráfego em concessões de aeroportos caiu 49%.

(Com Reuters, Bloomberg e Agência Estado)

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