Paralisação nas operações da BP no Alasca cria temor de preço recorde da gasolina

Analista da Oil Price Information Service vê alta "psicológica" e prevê combustível recorde após parada da British Petroleum

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SÃO PAULO – A interrupção nas operações do maior campo petrolífero da BP (British Petroleum) nos EUA pode quebrar o recorde do preço da gasolina? A resposta é afirmativa na opinião do analista da Oil Price Information Service Tom Kloza.

Em entrevista ao site CNNMoney, contudo, Tom Kloza chama a tendência de alta nos preços de psicológica. Para ele, a quantidade de petróleo que ficará suspensa, com a manobra da BP, não é tão grande.

Outros temores

A BP anunciou que vai paralisar as atividades do campo de Prudhoe Bay no Alasca, o que deve reduzir em 400 mil barris por dia o volume de produção da companhia. O motivo foi a descoberta de danos em um dos oleodutos.

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Kloza considera os impactos da escalada de violência no Oriente Médio e da possibilidade de furacões no Caribe muito mais relevantes para influenciar o preço da gasolina.

Tendência de alta

O preço médio da gasolina nos EUA atingiu US$ 3 o galão (3,78 litros), em pesquisa da EIA (Administração de Informações sobre Energia dos EUA) com 800 postos de abastecimento, representando o segundo maior valor da história.

O nível alcançado só não é superior ao recorde de US$ 3,07, atingido em setembro de 2005, quando o furacão Katrina afetou o suprimento de combustível.

Perspectivas

Para o analista norte-americano, após o meio de setembro, os preços devem iniciar um comportamento de queda, refletindo um recuo na expressiva demanda por gasolina. Dado o fim do verão nos EUA, período de forte consumo de combustível no país.