Para presidente do BC, blockchain é “revolucionária”, mas moedas digitais possuem dois defeitos

Tecnologia possui um futuro brilhante dentro dos bancos centrais, afirma Ilan Goldfajn

Rafael Souza Ribeiro

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SÃO PAULO – Na avaliação do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, a criação do blockchain, tecnologia por trás do Bitcoin e que é a base para o funcionamento da moeda, é “revolucionária” e tem um futuro brilhante dentro dos bancos centrais pela capacidade de armazenar transações, mas o uso das moedas digitais ainda merece cuidado.

“Os bancos centrais querem a tecnologia e não querem a moeda. O blockchain é uma tecnologia que tem um futuro brilhante dentro dos bancos centrais”, afirmou Goldfajn, em entrevista ao jornal O Globo, que destacou justamente a capacidade do blockchain em compilar todas as transações que ocorreram no sistema.

Sobre as moedas digitais, em especial o Bitcoin, o presidente do BC afirma que elas ainda possuem dois “defeitos” que nenhum banco central compactua: “o aspecto de moeda sombra, de moeda do mercado paralelo”. Segundo ele, as moedas digitais não podem abrir espaço para esse tipo de mercado e dar espaço para esse tipo de transação.

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Além disso, a ideia de que podem ser utilizadas como pirâmides financeiras também não é bem vista por Goldfajn: “sob ponto de vista técnico, você só compra porque você acha que vai subir. As pessoas compram de você porque acho que vai subir mais. Isso leva a crer que sobre o tempo todo. Isso não é verdade”, ressaltou.

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