Publicidade
SÃO PAULO – Pesquisa realizada pela consultoria BCG (Boston Consulting Group) revelou que 60% das empresas acreditam que o FMI (Fundo Monetário Internacional) superestimou a gravidade da crise, ao anunciar a previsão do PIB (Produto Interno Bruto) mundial em janeiro.
Segundo o estudo, quando o FMI reviu para baixo suas previsões e projetou a primeira contração econômica desde a Segunda Guerra Mundial, essas empresas ficaram ainda mais sem rumo. O levantamento, realizado em março deste ano, contou com a participação de 439 organizações, cujas vendas somam ao menos US$ 1 bilhão, em sete das principais economias do mundo.
Para a BCG, esse dado revela uma interpretação equivocada dos executivos acerca dos acontecimentos em âmbito econômico.
Análise de Ações com Warren Buffett
“Achamos surpreendente que empresas ainda estejam minimizando o escopo e a dimensão da crise econômica. Elas são, de maneira geral, otimistas quanto ao seu desempenho e acreditam que já tomaram todas as medidas necessárias para responder à crise. Consequentemente, apesar de tomadas ações de resposta, as empresas não estão tomando medidas para protegê-las de efeitos de uma crise maior, ou para prepará-las para um retomada”, explica o líder global da prática de Estratégia Corporativa do BCG e co-autor deste relatório, Daniel Stelter.
Nova realidade
Constatou-se que mais da metade dos líderes de mercado aumentou suas receitas em 2008, ante 40% para o segundo e o terceiro lugares do mercado. Além disso, 58% aumentaram a rentabilidade, no mesmo período. Menos de um terço observou retração nos lucros, de acordo com o estudo.
Mais de dois terços das companhias descreveram como “satisfatória” ou “muito satisfatória” a velocidade de reação de sua empresa, a qualidade de seu plano de ação, bem como a capacidade de gestão da média e da alta gerência de enfrentar os desafios econômicos de forma eficaz.
Continua depois da publicidade
Confira outros resultados da pesquisa:
- Embora quase dois terços tenham afirmado que a rentabilidade de sua área apresentaria declínio de modo geral, mais de 40% previram maior rentabilidade para suas próprias empresas;
- Mais de 70% das empresas previram maior sensibilidade ao preço entre seus clientes – isto é, podem trocar para marcas mais baratas -, ao passo que mais de um terço admitiu estar fazendo revisão no orçamento para preços de venda mais altos e apenas um terço estimou que seus preços iriam cair;
- 55% acreditam que sua empresa sairá mais forte da crise, ante apenas 15% que preveem enfraquecimento.