Países menores da Europa pedem regras mais rígidas para recuperação do bloco

Representantes se mostraram confiantes na salvação do euro e da economia no Velho Continente durante Fórum Econômico Mundial

Graziele Oliveira

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SÃO PAULO – Os líderes de países menores da Europa, reunidos nesta semana em Davos para o Forum Econômico Mundial, pediram regras mais rígidas para restaurar a confiança dos investidores no euro e na economia do bloco.

Os representantes expressaram otimismo, tendo em vista os últimos esforços para restabelecer um quadro de disciplina fiscal, com o objetivo de salvar a moeda única.

A prioridade é restabelecer a confiança, tanto no euro quanto na capacidade dos países europeus de apertar o cinto. O primeiro ministro da Irlanda, Enda Kenny, disse que os cidadãos de seu país “simplesmente elouqueceram” e começaram a fazer empréstimos, mas que a disciplina mais rígida, incluindo cortes nos salários, está reorganizando a situação.

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“É importante lembrar que o problema central não é a Europa, mas a falta de disciplina de alguns estados membros”, disse Helle Thorning-Schmidt, o primeiro-ministro da Dinamarca, um país pertencente à União Europeia, mas não à Zona Euro.

Lição
Os líderes também salientaram a importância da criação de regras rígidas, e, em seguida, a adesão a elas. Neste sentido, o presidente polonês, Bronislaw Komorowski, também expressou otimismo, lembrando que a Polônia já sobreviveu a várias crises financeiras no passado, incluindo a sua transição do totalitarismo para a democracia. “A crise de hoje parece mais fácil do que isso”, disse ele. “Isso pode ser superado se tivermos a coragem.”

Jyrki Katainen Tapani, o primeiro-ministro da Finlândia, disse que a Finlândia aprendeu muito com sua própria crise na década de 1990. “O modelo irlandês”, disse Katainen, “deve ser adotado em toda a Europa.”

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Correndo contra o tempo
Komorowski, da Polônia, advertiu ainda que o tempo é limitado. “Se a Europa não melhorar rapidamente, ela perderá a sua posição como um líder econômico”.

Dito isso, sublinharam a necessidade de manter as instituições da UE durante a crise. “Não é porque temos a Europa que temos esta situação agora”, disse Thorning-Schmidt. “É porque temos uma pequena Europa”, concluiu.