Outubro já é pior mês de ataques hackers a projetos cripto da história

Tudo indica que 2022 será pior que 2021 - até aqui, este ano já houve 125 hacks que resultaram no desvio de mais de US$ 3 bi

CoinDesk

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A duas semanas do fim, outubro já se tornou o pior mês da história para crimes relacionados a criptomoedas, com mais de US$ 718 milhões em perdas gerais, apontam dados da empresa de inteligência em blockchain Chainalysis.

Dados divulgados nesta quinta-feira (13) apontam que o valor foi roubado de vários protocolos de finanças descentralizadas (DeFi) em 11 ataques diferentes.

“2022 provavelmente ultrapassará 2021 como o maior ano de ataques hackers já registrado”, escreveram os pesquisadores da Chainalysis. “Até agora neste ano, os hackers arrecadaram mais de US$ 3 bilhões em 125 hacks”.

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“Apesar do mercado de baixa atual, estamos vendo muita atividade entre os hackers, que visam vários protocolos”, disse Jasper Lee, líder de tecnologia de auditoria da empresa de auditoria de criptomoedas Sooho.io.

“Para aqueles protocolos ou Dapps [aplicativos descentralizados, que rodam em blockchain] que não foram completamente auditados, eles geram lucro fácil e confiável a curto prazo. “, acrescentou Lee.

Invasores faturaram mais de US$ 3,2 bilhões em ataques no ano passado. Mas, 2022 começou pior logo de cara após uma exploração de US$ 325 milhões no serviço cross chain (que interliga redes) Wormhole, que logo foi seguido por um ataque de US$ 625 milhões à ponte Ronin do Axie Infinity (AXS). Depois, veio ainda um ataque de US$ 200 milhões da ponte Nomad.

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Os vetores de ataque no setor de criptomoedas vão desde a exploração de pontes, uma ferramenta baseada em blockchain que permite aos usuários realizar transações entre diferentes redes, até ataques financeiros, em que milhões de dólares são usados para movimentar mercados de baixa liquidez e, assim, multiplicar rapidamente o capital inicial.

Mais de três pontes foram violadas apenas neste mês, disse a Chainalysis. Um deles ocorreu na semana passada com a BNB Smart Chain, ligada à Binance: hackers explorarem uma falha em uma ponte interna da blockcain para “imprimir” cerca de US$ 570 em Binance Coin (BNB) – dos quais mais de US$ 100 milhões foram de fato desviados.

Os casos mais recentes aconteceram na segunda-feira (10), quando a blockchain QANplatform foi alvo de um hack de ponte que resultou no roubo de quase US$ 1 milhão em tokens QANX; e na noite de terça-feira (11), após US$ 100 milhões em liquidez serem drenados do protocolo de negociação Mango Markets, que roda na rede Solana (SOL).

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