Ouro fecha em queda, ante dólar forte no exterior, mas mantém nível de US$ 2 mil

O ouro manteve nesta sexta a trajetória de consolidação, como classificado pelo Goldman Sachs

Estadão Conteúdo

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O ouro fechou em queda nesta sexta-feira, 2, em quadro de dólar forte no exterior e salto nos rendimentos dos Treasuries, após dados de emprego nos Estados Unidos fortalecerem perspectiva de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) manterá juros restritivos por tempo prolongado. Entretanto, o metal precioso segurou ganhos semanais, consolidando preços em torno do nível de US$ 2 mil.

Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para maio fechou em queda de 0,84%, a US$ 2.053,70 por onça-troy. Na comparação semanal, o contrato avançou 1,80%.

O ouro manteve nesta sexta a trajetória de consolidação, como classificado pelo Goldman Sachs, com o dólar forte e a alta robusta nos juros dos Treasuries, rivais do metal precioso no segmento de ativos seguros.

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Os ativos norte-americanos foram apoiados pela força surpreendente do relatório de empregos (payroll) dos EUA, que excedeu o teto das expectativas do Projeções Broadcast ao apontar criação de 353 mil postos de trabalho em janeiro.

A resiliência do mercado de trabalho reforçou a perspectiva de que o Fed demorará mais tempo para cortar os juros, como indicado pelo presidente do BC norte-americano, Jerome Powell, em coletiva de imprensa. Na última quarta-feira, os dirigentes optaram por manter as taxas e reiteraram que precisam de mais evidências de um retorno sustentado da inflação à 2%, antes de discutir cortes.

Para o Goldman Sachs, este cenário deve manter os preços do ouro operando de lado no curto prazo, mas qualquer queda significativa “será limitada por suporte robusto de outros fatores”, por exemplo, a demanda física e de varejo ainda elevadas pelo metal.

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Em nota, o Commerzbank observa que a demanda por ouro continuou elevada ao longo do ano passado e alcançou recorde de 4,9 toneladas em 2023, devido a compras por banco centrais.

O banco alemão prevê que os BCs devem realizar compras de ouro em grandes quantidades novamente, mas não no mesmo ritmo do ano passado.

O Commerzbank também notou que o mercado de prata seguirá com gargalos significativos na oferta diante de demanda crescente ao longo de 2024, que deve apoiar uma escalada nos preços até alcançar o nível de US$ 30 por onça-troy no fim do ano.

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