Os 8 grandes eventos que vão agitar fevereiro antes do Carnaval

Já nessa primeira semana, a agenda é lotada de eventos importantes no Brasil e nos Estados Unidos e, ao longo do mês, as atenções se voltam também para a Alemanha

Mário Braga

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 SÃO PAULO – O mês de fevereiro vai ter apenas 18 dias úteis, com os mercados encerrando as atividades no dia 24 e partindo para quatro dias de Carnaval. O período mais curto de negócios, no entanto, não significa que o mês não será agitado. Já nessa primeira semana, a agenda é lotada de eventos importantes no Brasil e nos Estados Unidos e, ao longo do mês, as atenções se voltam também para a Alemanha. Veja os destaques abaixo: 

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Eleição no Senado

Nesta quarta-feira (1º), em Brasília, as atenções se voltam para a eleição do novo presidente do Senado. A sessão está prevista para as 16h e será conduzida pelo atual comandante da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). A votação é secreta. Eunício Oliveira (PMDB-CE) é o favorito na disputa.

Lava Jato no STF
Ainda nesta quarta-feira, a retomada das atividades no STF (Supremo Tribunal Federal) também deve deixar os mercados apreensivos. A sessão de retorno será marcada por homenagens ao ministro Teori Zavascki, mas também deve registrar uma definição sobre qual caminho será tomado para escolher o novo relator da Operação Lava Jato na Corte. A tendência é que a presidente Cármen Lúcia decida realizar um sorteio para decidir o futuro da operação.

Além disso, o STF também tomará outra decisão importante, com o julgamento da ação que discute se réus podem fazer parte da linha sucessória da presidência. O julgamento foi interrompido em novembro com um pedido de vista do ministro Dias Toffoli, e a decisão pode inclusive afetar os candidatos nas eleições do Congresso.

Federal Reserve
Às 17h, também desta quarta-feira (1º), o Fomc (Federal Open Market Committee) divulga a primeira decisão de política monetária de 2017. Vale lembrar que é o primeiro movimento do Fed (Federal Reserve) após Donald Trump assumir a presidência dos Estados Unidos. A expectativa é de manutenção dos juros, mas com sinalizações mais fortes sobre os efeitos de Trump na economia e dados mais fracos da atividade podem indicar um número inferior de elevações que o esperado anteriormente. 

Para Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset, este será um comunicado que precisará ser olhado com mais atenção, pois deve trazer comentários sobre o efeito inflacionário das medidas do novo presidente, além dos impactos na indústria. José Faria Júnior, diretor da Wagner Investimentos, espera que o comunicado sinalize que o Fomc está mais propenso a deixar os juros baixos por mais tempo. Se este cenário se concretizar, o dólar poderá cair ainda mais, afirma.

Eleição na Câmara
Na quinta-feira (2), é a vez de a Câmara dos Deputados escolher seu novo presidente. Cinco nomes estão na disputa. (Clique aqui para ver o perfil de cada candidato). O favorito é o atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), mas na segunda-feira seus adversários entraram com um mandado de segurança para que o STF conceda uma liminar impedindo a candidatura dele, o que pode trazer mais tensão à disputa. Ainda não está descartado que novos nomes surjam ainda nesta quarta, último dia para registrar a candidatura. 

Eleição na Alemanha
No dia 12, os alemães vão às urnas para o grande evento global do mês. Desde o ano passado, analistas monitoram de perto as eleições que ocorrerão na Europa em 2017. Os resultados são aguardados com apreensão porque partidos de extrema-direita têm a chance de vitória e podem representar mais um revés para o projeto de integração representado pela União Europeia e representar mais um passo na guinada geopolítica que o mundo vem enfrentando. A atual primeira-ministra, Angela Merkel, está disputando a eleição pela quarta vez, mas tem sido muito criticada por sua política migratória, de acolhimento a refugiados em meio aos temores de atentados terroristas e à economia ainda se recuperando dos efeitos da crise de 2008.

Feriado nos EUA
No dia 20, as bolsas norte-americanas permanecerão fechadas devido ao feriado em comemoração ao aniversário de George Washington. Sem o parâmetro do mercado dos Estados Unidos, é natural que o pregão na Bovespa seja de liquidez reduzida e de grande volatilidade. Entenda os riscos de investir quando tem feriado nos EUA, clicando aqui.

Reunião do Copom
No dia 22, o Copom (Comitê de Política Monetária) se reúne pela segunda vez em 2017 em meio às expectativas do mercado de um novo aumento no ritmo de corte de juros. Após reduzir a Selic em 25 pontos-base por duas vez ainda em 2016, o BC cortou os juros básicos da economia em 75 pontos-base na reunião de janeiro. O presidente da autoridade monetária chegou a afirmar que este seria o novo ritmo de cortes.

O mercado, no entanto, especula que há espaço para uma redução de 100 pontos-base, uma vez que as expectativas inflacionárias estão ancoradas, os resultados da inflação têm surpreendido para baixo e a atividade econômica segue cambaleante. Até a reunião, economistas e investidores vão monitorar de perto novas sinalizações do BC para se posicionar para a decisão do Copom.

Leilão de rodovias 
Na mesma data, o governo de São Paulo pretende conceder quatro lotes de concessões rodoviárias, sendo esperados investimentos da ordem de R$ 3,9 bilhões. A primeira será o lote “Rodovias do Centro Oeste Paulista”, que teve o edital do leilão publicado em setembro com a abertura das propostas para o lote prevista para o dia 22 de fevereiro. O investimento estimado no trecho ao longo de 30 anos de concessão é de R$ 3,9 bilhões.

Carnaval
O mês será abreviado pelo feriado do Carnaval. Os mercados permanecerão fechados na segunda e terça-feira, dias 27 e 28. Na Quarta-feira de Cinzas, dia 1º de março, a Bovespa abre apenas às 13h.