Os 7 maiores lucros de empresas fora do Ibovespa; veja algumas surpresas

Empresas consolidadas que não fazem parte do índice, como BB Seguridade e BTG Pactual, lideram o ranking; mas ações que baixíssima liquidez também aparecem na lista

Felipe Moreno

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SÃO PAULO – Existem mais de 300 empresas listadas na BM&FBovespa, apenas 67 são componentes do Ibovespa, o principal índice de ações da bolsa brasileira. Estas companhias costumam apresentar os resultados mais representativos do Brasil: no 3º trimestre deste ano, os 10 maiores lucros de toda a bolsa foram de empresas que estão entre as mais importantes do Ibovespa, com as três primeiras posições ocupadas por Vale (VALE3; VALE5), Itaú Unibanco (ITUB4) e Petrobras (PETR3; PETR4). Dos 35 maiores resultados, apenas 8 foram apresentados por empresas cujas ações não fazem parte do Ibovespa, segundo estudo feito consultoria Economatica a pedido do InfoMoney. E dentre estas 8, alguma delas certamente vai surpreender muito investidor.

O 1º lucro de empresa fora do Ibovespa é o 11º maior da bolsa: do BTG Pactual (BBTG11), que no 3º trimestre lucrou R$ 616,9 milhões. O 2º maior dentre as empresas “não-Ibovespa” foi o BBSeguridade (BBSE3), 13º colocado no ranking geral, com ganhos de R$ 547,8 milhões no trimestre. Apesar de novatas na bolsa, com menos de dois anos desde o dia em que abriram o capital na Bovespa, o histórico por trás delas colabora para o forte resultado: o BTG já possui uma participação reconhecida mundialmente no setor financeiro – sobretudo na área de Fusões & Aquisições; já o BB Seguridade responde pelo braço operacional de seguros do Banco do Brasil (BBAS3). A terceira colocada também goza de um bom histórico: a Taesa (TAEE11), subsidiária de transmissão da Cemig (CMIG4), que lucrou R$ 477,9 milhões – o segundo maior lucro de empresas de energia elétrica entre julho e setembro, atrás apenas de sua controladora.

Depois delas, as próximas empresas a registrarem os maiores lucros são virtualmente desconhecidas pela maioria dos investidores – alguns, chegam a ser chamadas de “micos” por sua baixíssima liquidez. É o caso da Unipar (UNIP6) e da Whirpool (WHRP4). A primeira empresa – famosa por ter Luiz Barsi, um dos maiores investidores pessoa física da Bovespa, entre os acionistas – lucrou R$ 354,2 milhões no trimestre, enquanto a segunda – que em determinados pregões chega a não registrar uma negociação sequer com suas ações – ganhou R$ 251,73 milhões no 3º trimestre.

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Mas há um grande porém para que ambas não figurem entre as maiores da bolsa: a primeira só lucrou essa fortuna por causa de eventos não-recorrentes, enquanto a segunda, dona de grandes marcas de eletrodomésticos como Brastemp e Consul, tem um baixíssimo free float (quantidade de ações que não estão sob posse dos acionistas controladores, ou seja, estão em circulação do mercado), de 5%.

Na sexta colocação, encontra-se a Weg (WEGE3), com ganhos trimestrais de R$ 228,7 milhões. A ação vem chamando a atenção no mercado brasileiro por estar atualmente cotada em seus maiores patamares da história. No entanto, esse mesmo recorde já tem deixado os analistas de mercado reticentes em apostar em novas altas no ativo. É o caso do Deutsche Bank, que em relatório divulgado na semana passada anunciou o início de cobertura de WEGE3, recomendando a venda da ação pelo valuation nada atrativo.

Por fim, a AES Tietê (GETI4) fecha a lista dos sete maiores lucros fora do Ibovespa, com ganhos de R$ 224,73 milhões no período – o 33º maior da bolsa. 

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Confira os 7 maiores lucros de empresas que não são do Ibovespa:

Empresa Lucro
(em R$ milhões) 
Posição
na
Bovespa
BTG Pactual 616,9 11º
BBSeguridade 547,8 13º
Taesa 477,9 16º
Unipar 354,2 22º
Whirlpool 251,7 31º
Weg 228,7 32º
AES Tietê 224,7 33º