Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta terça-feira

Bolsas europeias caem com aumento dos casos do coronavírus ofuscando balanços positivos; números do Santander Brasil e mais destaques

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo desta terça-feira ganha destaque, além no exterior, também no Brasil. O Santander tem alta forte de suas ações no mercado europeu após lucro superar as estimativas, enquanto a unidade brasileira do banco espanhol registrou lucro trimestral societário de R$ 3,8 bilhões.

Por outro lado, bolsas europeias caem com receios sobre aumento dos casos de coronavírus na região contrastando com o bom desempenho do setor financeiro, enquanto os índices futuros americanos buscam reação após queda forte das bolsas em NY ontem. Confira os destaques da sessão:

1.Bolsas mundiais

As bolsas europeias abriram em queda e as americanas oscilaram para cima nesta terça-feira. Investidores assimilaram resultados acima do esperado no terceiro trimestre para grandes empresas, mas mostraram preocupação com o aumento de casos de coronavírus, que tem aumentado restrições em economias importantes do Hemisfério Norte. Sete países bateram seus recordes de novas contaminações diárias recentemente, dentre eles Estados Unidos e quatro países europeus.

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A Europa volta a despontar como epicentro da pandemia. Na segunda-feira, a chanceler alemã Angela Merkel afirmou a colegas da União Democrata Cristã que a situação do novo coronavírus é ameaçadora. Na Itália, parte da população protestou contra novas restrições, que incluem o fechamento de bares e restaurantes às 18h. E na região de Paris, pacientes com covid-19 já representam 67% das internações em leitos de tratamento intensivo.

Por outro lado, resultados animadores de empresas importantes animaram investidores. As ações da HSBC Holdings tiveram alta de mais de 5% após o banco apresentar lucro de US$ 2 bilhões no terceiro trimestre, e afirmar que vai oferecer pagamentos de dividendos mais conservadores.

O Banco Santander também teve desempenho acima do esperado, assim como as ações da BP, do setor de petróleo.

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Nos Estados Unidos, a presidente do Congresso, democrata Nancy Pelosi, acusou republicanos de estarem supostamente “desistindo” de conter a Covid-19, à medida que o número de novos casos no país voltam a bater recordes. Ela e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, estão tentando chegar a um acordo de um pacote de estímulos antes das eleições que se aproximam, marcada para 3 de novembro, mas ainda sem sucesso.

O S&P Futuro tem alta de 0,24%; o Nasdaq Futuro, de 0,38%; e o Dow Jones Futuro sobe 0,12%.
As bolsas asiáticas também tiveram quedas, com pouco entusiasmo com o pacote de estímulos americanos, associado ao aumento dos casos de covid no Hemisfério Norte.

O Hang Seng Index, de Hong Kong, fechou em queda de 0,53%; o Kospi, da Coreia do Sul, em queda de 0,56%; a bolsa de Shanghai, da China, em queda de 0,82%.

Confira o desempenho dos mercados na sessão desta terça-feira (27):

Futuros dos EUA
*S&P 500 Futuro (EUA), +0,24%
*Nasdaq Futuro (EUA), +0,38
*Dow Jones Futuro (EUA), +0,12%

Europa
*Dax (Alemanha), -0,51%
*FTSE 100 (Reino Unido), -0,61%
*CAC 40 (França), -1,09%
*FTSE MIB (Itália), -0,61%

Ásia
*Nikkei (Japão), -0,04% (fechado)
*Hang Seng Index (Hong Kong) -0,53 (fechado)
*Kospi (Coreia do Sul), -0,56% (fechado)
*Shanghai SE (China), -0,82% (fechado)

Commodities e bitcoin
*Petróleo WTI, +1,22%, a US$ 39,03 o barril
*Petróleo Brent, +1,14%, a US$ 40,92 o barril
*Bitcoin, US$ 13.267,89, +1,48%

Sobre o minério: **Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam em alta de 0,20%, cotados a 768,0 iuanes, equivalente hoje a US$ 114,22 (nas últimas 24 horas).
USD/CNY = 6,72

2. Agenda de indicadores

Às 5h, foi divulgado o resultado do IPC-Fipe, com alta de 1,10% na terceira quadrissemana de outubro.

Nos Estados Unidos, o governo divulga dados sobre pedidos de bens duráveis e bens de capital, às 9h30.

No Brasil, o Tesouro Nacional realiza leilões de rolagem de swap cambial a partir das 11h30. Às 14h30, o Tesouro Nacional divulga relatório mensal da dívida pública de setembro. Em agosto, o Brasil havia reportado dívida de R$ 4,41 trilhões. Essa terça-feira também marca o primeiro dia da reunião do Copom.

3. Alta dos preços

Segundo informações do jornal Valor Econômico, Jair Bolsonaro receberá setor de soja para discutir alta de até 50% no preço do óleo. Entre os representantes da indústria da soja, porém, há quem tenha receio de que o presidente faça cobranças duras sobre o preço sobretudo do óleo de soja nas prateleiras dos supermercados, a exemplo do que tem feito com o arroz.

Bolsonaro já garantiu que não vai interferir nos preços e já tratou do tema com Guedes e Campos Neto. Valor diz que presidente do BC já alertou em conversas com ministros sobre pressão dos alimentos.

4. Mercado imobiliário e queda dos investimentos diretos

O Estadão estampa como chamada de capa o aquecimento do mercado imobiliário na cidade de São Paulo, que tem vivido aumento de lançamentos e vendas na comparação anual, segundo o Secovi-SP (Sindicato da Habitação). O mercado é impulsionado pelas quedas nas taxas de juros, que tornam os negócios mais em conta. Além disso, incentivam a migração de investimentos que ganham menos com aplicações em renda fixa.

Foram comercializadas 5.147 unidades em setembro, um patamar 18,9% inferior ao de agosto, que teve recorde de vendas, concentrando negócios que foram adiados nos meses de quarentena mais intensa. Mesmo assim, o número é 19,2% maior do que o mesmo período do ano anterior. Em 12 meses, as vendas foram de 49.715 unidades, um aumento de 12,7% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Por outro lado, nos primeiros seis meses de 2020, o Brasil registrou queda de investimentos diretos acima da média entre o restante dos países emergentes. As informações estão sendo divulgadas na manhã desta quarta-feira, pela Conferência da ONU para Desenvolvimento e Comércio.

No primeiro semestre, houve queda de 48% nos investimentos no Brasil, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Foram atraídos, US$ 18 bilhões entre janeiro e junho. Em 2019, o Brasil era o quarto maior destino de investimentos diretos, mas caiu para a sexta posição em 2020, em patamar igual ao do México, e atrás de Cingapura, Irlanda, Alemanha, Estados Unidos e China.

De acordo com a agência da ONU, a interrupção das privatizações e a escala da pandemia no Brasil contribuem para a queda dos investimentos no Brasil.

Mas outras economias tiveram um impacto maior. A média mundial foi de queda de 49% nos investimentos, e alguns países tiveram resultados muito piores. Na Itália, a queda foi de 74%, e nos Estados Unidos, de 61%, para US$ 51 bilhões.

5. Radar corporativo

O destaque do noticiário corporativo fica para o resultado do Santander Brasil, que reportou lucro líquido gerencial de R$ 3,902 bilhões no terceiro trimestre, alta de 83% na comparação com o segundo trimestre e de 5,3% em relação ao mesmo período de 2019. Já o lucro líquido societário foi de R$ 3,811 bilhões no 3º trimestre deste ano, um salto de 88,2% em relação aos três meses anteriores.

O Bradesco BBI elevou a avaliação da Cteep para outperform (perspectiva de alta acima da média do mercado), com preço-alvo a R$ 32.

A Unidas informou lucro recorrente no terceiro trimestre de R$ 124,2 milhões.

A Eletrobras assinou termo de adesão a um acordo de leniência firmado entre União e a empreiteira Camargo Correia. Assim, a empresa terá ressarcimento de cerca de R$ 117 milhões.

A Petrobras afirmou na segunda-feira que a refinaria Refap realizará manutenção por 52 dias. A Guararapes aprovou o início do processo para migrar para o Novo Mercado, maior nível de governança da B3.

A Compass pretende apresentar à Petrobras proposta por fatia da Gaspetro.

A BHP rejeitou a acusação, por parte do Ministério Público Federal, de que estaria realizando um conluio com advogados para restringir os desembolsos feitos a vítimas do desastre de Mariana, de 2015, com desabamento de barragem de minérios da Samarco, joint venture da empresa com a Vale.

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