Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta terça-feira

Bolsas mundiais sobem com otimismo sobre vacina e início da transição de governo nos EUA; IPCA-15 no Brasil e mais destaques

Equipe InfoMoney

(Shutterstock)

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As bolsas europeias e os índices futuros americanos têm alta nesta terça, assimilando o otimismo com mais uma vacina contra o coronavírus. Na segunda-feira, a farmacêutica AstraZeneca anunciou que o produto que desenvolve em parceria com a Universidade de Oxford tem eficácia média de 70%. Uma das formas de aplicação da vacina tem eficácia de 90%.

Além disso, a gestão do presidente Donald Trump aceitou a transição para a do presidente eleito Joe Biden. A chefe da GSA (Administração de Serviços Gerais) Emily Murphy dizer ao presidente-eleito Joe Biden que sua gestão está disponibilizando recursos federais para a transição, 20 dias depois da eleição do dia 3 de novembro. Dessa maneira, o governo federal reconheceu Biden como o “aparente vencedor” da eleição.

No Brasil, o ministro da Economia Paulo Guedes descartou, durante evento na segunda-feira, prorrogar o auxílio emergencial para além do final de dezembro. Em meados de novembro, ele afirmara que a medida poderia ser tomada, caso o Brasil passasse por um aumento dos casos de covid.

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1. Bolsas mundiais

O anúncio otimista da véspera sobre a vacina da Oxford-AstraZeneca se soma àqueles da farmacêutica Moderna e da parceria entre Pfizer e BioNTech, que haviam informado nas semanas anteriores que seus produtos tinham mais de 90% de eficácia.

O índice Eurostoxx tem alta de 0,61%; o Dax, da Alemanha, sobe 0,89%; o FTSE 100, do Reino Unido, sobe 0,88%; o CAC 40, da França, sobe 1,27%; o FTSE MIB, da Itália, sobe 1,48%.

A perspectiva de que as vacinas tragam a volta a algum nível de normalidade futuro tem levado a altas nas bolsas, apesar de, imediatamente, economias importantes como França, Reino Unido e Alemanha estarem sob diferentes graus de lockdowns.

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Políticos alemães acenam com a possibilidade de prolongar o seu lockdown por ao menos mais um mês, até o final de dezembro.

Na sexta-feira (20), foram registrados 198.585 novos casos nos Estados Unidos, um recorde. No mesmo dia, foram registradas 2.015 novas mortes por covid, patamar recorde desde maio, segundo dados compilados pela Universidade Johns Hopkins. Na segunda-feira, foram registrados 178.945 novos casos no país.

Os índices futuros americanos também ganharam impulso na madrugada após a chefe da GSA (Administração de Serviços Gerais) Emily Murphy afirmar que a gestão Trump está disponibilizando recursos para viabilizar a transição para o governo do presidente eleito Joe Biden. O presidente Donald Trump passou semanas negando a derrota, e buscando formas de questionar os resultados da eleição na Justiça, sem sucesso. Ele tuitou que apoia o movimento de Murphy.

O índice S&P 500 Futuro tem alta de 0,75%; o Nasdaq Futuro sobe 0,37%; o Dow Jones Futuro sobe 0,93%.

Também na segunda-feira, segunda a imprensa americana, Biden escolheu a ex-presidente do Banco Central americano Janet Yellen como secretária do Tesouro, o que também pode ter contribuído para impulsionar as bolsas, à medida que se trata de um nome visto com bons olhos pelo mercado financeiro. Caso sua indicação seja confirmada pelo Senado, Yellen será a primeira mulher a ocupar o cargo desde sua criação, em 1789.

As bolsas asiáticas também fecharam em alta, assimilando o otimismo com o desenvolvimento de vacinas.

O índice Nikkei, do Japão, fechou em alta de 2,5%; o Hang Seng Index, de Hong Kong, teve alta de 0,3%; o índice Kospi, da Coreia do Sul, subiu 0,58%; o índice Shanghai caiu 0,34%.

Confira o desempenho dos principais índices às 7h20 (horário de Brasília):

Estados Unidos
*S&P 500 Futuro (EUA), +0,75%
*Nasdaq Futuro (EUA), +0,37%
*Dow Jones Futuro (EUA), +0,93%

Europa
*Dax (Alemanha), +0,89%
*FTSE 100 (Reino Unido), +0,88%
*CAC 40 (França), +1,27%
*FTSE MIB (Itália), +1,48%

Ásia
*Nikkei (Japão), +2,5% (fechado)
*Hang Seng Index (Hong Kong) +0,3% (fechado)
*Kospi (Coreia do Sul), +0,58% (fechado)
*Shanghai SE (China), -0,34% (fechado)

Commodities e bitcoin
*Petróleo WTI, +1,14%, a US$ 43,55 o barril
*Petróleo Brent, +0,96%, US$ 46,5 o barril
*Bitcoin, US$ 19.074,18, +1,79%
Sobre o minério: **Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam estáveis, cotados a 876 iuanes, equivalente hoje a US$ 133,22 (nas últimas 24 horas).
USD/CNY = 6,58

2. Agenda de indicadores

Às 9h, o IBGE divulga dados de inflação medidos pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo)-15, que deve apontar alta de 0,72% em novembro na comparação mensal, segundo estimativa mediana em pesquisa Bloomberg, após avanço de 0,94% na medição anterior. Na comparação anual, a inflação ter acelerado para 4,13% ante crescimento de 3,52% na leitura anterior – acima da meta anual de 4%.

Já a Receita comenta o resultado da arrecadação de outubro em coletiva de imprensa, às 11h. O dado de arrecadação sai às 10h30.

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, Neto participa de evento “Melhores da Bolsa 2020”, do InfoMoney, às 18h.

Às 11h, a presidente do Banco Central Europeu Christine Lagarde falará em um debate virtual.

Às 11h são divulgados nos estados Unidos dados do índice mensal de preço de compra de imóveis e o índice de preço de casas relativos a setembro, pela agência americana de financiamento de habitação. No mesmo horário, a agência S&P também divulga dados sobre o mercado de habitação.

3. Fim do auxílio emergencial em pauta

A eleição da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados tem como um dos focos de disputa visões diferentes sobre o auxílio emergencial, noticia o jornal Valor. O Centrão, do candidato a presidente da Casa, Artur Lira (PP-AL) defende que o auxílio emergencial não se encerre no final de dezembro, como planejado, e seja prorrogado até fevereiro.

A medida esbarra no fim do chamado Orçamento de Guerra, instituído durante o estado de calamidade pública determinado pelo Congresso como reação à pandemia de covid. Isso permite ao governo gastar acima do teto de gastos aprovado durante o mandato de Michel Temer.

Segundo o Valor, a prorrogação do auxílio é defendida por Lira como forma de agradar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Há sinais de que sua popularidade tenha sido impulsionada pela medida, que tirou milhões de brasileiros da pobreza.

Para levar a proposta a cabo, Lira esbarraria no atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), seu adversário. Maia já se disse contrário à prorrogação do auxílio.

Na segunda-feira, o ministro da Economia Paulo Guedes afirmou, no entanto, que o pagamento do auxílio emergencial deve ser encerrado no fim do ano, em palestra. “Do ponto de vista do governo não existe a prorrogação”, afirmou, ao ser questionado sobre a possibilidade de estender o benefício pelos primeiros meses de 2021.

Questionado sobre quais seriam as medidas adotadas pelo governo em uma segunda onda de covid no Brasil, afirmou: “estamos preparados para enfrentar evidências empíricas (…) Estamos preparados para agir, mas não adianta criar fatos que não existem”.

Em evento realizado no dia 12 de novembro pela Abras (Associação Brasileira de Supermercados), Guedes havia feito, no entanto, uma afirmação em sentido contrário. Ele disse que o governo poderia buscar prorrogar o Estado de calamidade que permite que gaste acima do teto, para continuar pagando o auxílio emergencial após o final do ano, no que foi mal recebido pelo mercado.

Naquela ocasião, afirmou: “Prorrogação do auxílio emergencial, se houver segunda onda, não é possibilidade, é certeza. Se houver segunda onda da pandemia, o Brasil reagirá como da primeira vez. Vamos decretar estado de calamidade pública e vamos recriar (o auxílio emergencial)”.

O governo defende a criação de um programa em substituição ao Bolsa Família, que é discutido com o nome provisório de Renda Cidadã, mas ainda não encontrou uma fórmula para viabilizá-lo. Também neste caso, a criação do benefício esbarra no teto de gastos.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, avaliou nesta segunda-feira que o Brasil não está em situação dramática de rolagem de dívida e que a inclinação da curva de juros é natural diante dos questionamentos sobre o futuro das contas públicas.

“Este governo atual está relativamente equacionado”, disse Guedes. “Não espero ter nenhum problema de rolagem neste governo”, acrescentou ele, após dizer que “não achamos que estamos em situação dramática”.

Ele reconheceu que no primeiro quadrimestre de 2021 haverá o vencimento de cerca de 600 bilhões de reais em títulos da dívida, mas afirmou que 300 bilhões de reais para fazer frente ao compromisso “já estão automaticamente provisionados” –em referência a 200 bilhões de reais de transferências de resultados do Banco Central para o Tesouro e “100 bilhões e pouco” vindos com a desalavancagem de bancos públicos.

Segundo o Valor, em caso de segunda onda, a equipe econômica pretende prorrogar o auxílio emergencial, mas a ideia é que isso ocorra com nova redução de valor, hoje em R$ 300. A fonte ouvida pelo jornal citou R$ 200 ou R$ 250, com um universo menor de famílias, mas a decisão só seria tomada próximo ao fechamento do ano e isso só será resolvido se ficar clara a necessidade da medida

4. Disputa pela prefeitura de São Paulo

Pesquisa Datafolha realizada entre os dias 17 e 18 de novembro em São Paulo indica que, a uma semana do segundo turno, o candidato do PSOL, Guilherme Boulos, chegou a 45% das intenções de voto, reduzindo a distância frente o primeiro colocado, o atual prefeito Bruno Covas (PSDB).
Na pesquisa anterior, Boulos tinha 42% das intenções de voto. Assim, Covas teve queda de 58% para 55% das intenções de voto.

O Instituto Datafolha ouviu 1.260 pessoas, e a contagem por votos válidos exclui brancos e nulos, assim como ocorre com a contabilização dos resultados pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral).

Em live do jornal Valor, Covas foi questionado sobre as medidas contra covid durante o período eleitoral. Ele confirmou que há aumento de internações por covid-19 no estado, mas disse que a capital paulista tem um quadro de estabilidade.

Por isso, afirmou que não vê “necessidade de retroceder” na flexibilização das medidas de isolamento. Ele também defendeu a decisão de fechar hospitais de campanha que, em sua visão, já teriam cumprido sua função.

“Fomos trocando leitos provisórios por leitos permanentes. Fomos fechando com a tranquilidade de que, se houvesse necessidade, teríamos espaço na rede permanente”, disse.

Após divulgar dados que indicam até 90% de eficácia de seu produto, AstraZeneca e Universidade de Oxford afirmaram que irão submeter à Anvisa seu imunizante para aprovação.

5. Radar corporativo

A Petrobras informou na segunda-feira que sua subsidiária integral Petrobras Global Finance enviou notificações de resgate antecipado aos investidores de cinco títulos globais com vencimento em 2021 e 2022.

O valor equivale a US$ 2 bilhões, excluindo juros capitalizados e não pagos, e será financiado com recursos próprios da empresa.

As ações do Carrefour Brasil caíram 5,35%, após seis altas seguidas e novos protestos e ataques a lojas da rede desde a sexta-feira, depois que João Alberto Silveira Freitas foi espancado até a morte por seguranças de unidade do grupo em Porto Alegre.

O Grupo Cortel, que opera cemitérios, crematórios e funerárias, pediu nesta segunda-feira aval para realizar uma oferta inicial de ações (IPO).

A companhia atua nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Amazonas e conta com 10 cemitérios em seu portfólio, também atuando em diversos outros “produtos e serviços atrelados ao luto”, segundo o prospecto preliminar da operação.

A Embraer está negociando com potenciais parceiros para desenvolver uma nova aeronave turboélice, disse o chefe da unidade de aviação comercial da empresa à Reuters.

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