Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta terça-feira

Bolsas europeias buscam alta após forte baixa da véspera; fala de Powell, ata do Copom, discurso de Bolsonaro na ONU e mais destaques

Equipe InfoMoney

(Getty)

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As bolsas mundiais buscam alta nesta manhã, após um forte movimento de vendas ocorrido na véspera, quando acusações contra bancos globais e temores sobre o coronavírus preocuparam os investidores. Na Europa, as principais bolsas têm ligeira alta, enquanto os futuros de Nova York operam sem direção definida. Já na Ásia, as bolsas fecharam em queda.

No Brasil, os investidores repercutem a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central nesta manhã. No documento, o Copom reiterou que, devido a questões prudenciais e de estabilidade financeira, o espaço remanescente para corte de juros, se houver, deve ser pequeno. O mercado também ficará atento ao discurso do presidente Jair Bolsonaro na 75ª edição da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), que será exibido em vídeo.

Também no cenário doméstico, foi noticiado que o reforço para o Renda Brasil poderá vir de cortes na máquina pública. Segundo o Estado de S.Paulo, o presidente Jair Bolsonaro tem sido aconselhado pela sua equipe a rever os custos com servidores ou condicionar o programa à aprovação de novas iniciativas. Entre elas, estaria a criação de um novo imposto.

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Já na esfera corporativa, a Totvs afirmou ontem que o comitê especial independente da Linx tem trabalhado para retardar, ou mesmo impedir, a análise da proposta da Totvs para unir as empresas, com o objetivo de favorecer a proposta feita pela Stone. Além disso, a Ultrapar Participações e a Cosan confirmaram que estão disputando a compra da Refinaria Presidente Getúlio Vargas da Petrobras, no Paraná.

1. Bolsas mundiais

As bolsas mundiais buscam alta nesta manhã, tentando se recuperar das perdas vistas na véspera, quando receios sobre o coronavírus e acusações contra bancos globais derrubaram os mercados. Na Europa, as bolsas mostram ligeira alta, enquanto os futuros de Nova York não têm direção única. Já na Ásia, os mercados fecharam no negativo.

Na Europa, os índices das bolsas têm ganhos após a forte queda da véspera. O índice Euro Stoxx sobe 0,66%. O FTSE MIB, da Itália, sobe 0,99%, enquanto o DAX, da Alemanha, sobe 1,02%. Já o CAC, de Paris, e o FTSE 100, de Londres, flutuavam entre o negativo e o positivo, mas se firmaram com altas de 0,30% e 0,38%, respectivamente.

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Ontem, ações de bancos e das empresas de turismo pressionaram os índices, em meio a um temor de que países europeus voltem a impor restrições para conter o novo avanço do coronavírus na região.

Nos Estados Unidos, os índices futuros estão com dificuldade de se firmar no positivo. Os futuros do S&P 500 estão em alta de 0,13%, enquanto os do Dow Jones recuam 2,07%. Os futuros da Nasdaq sobem 0,58%.

Na Ásia, os mercados fecharam em queda liderada pela Coreia do Sul, onde o índice Kospi caiu 2,38%. Na China, o Shangai SE recuou 1,29%, enquanto o índice Hang Seng, de Hong Kong, recuou 0,98%.

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No mercado de commodities, os futuros de minério de ferro voltaram a cair, com baixa de 2,03% na bolsa de Dalian, a 772.500 iuanes. Já o petróleo mostra recuperação, com alta de 0,81% do WTI e avanço de 1,38% do tipo Brent.

*Veja o desempenho dos mercados, às 7h04 (horário de Brasília):

Nova York

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*S&P 500 Futuro (EUA), +0,13%
*Nasdaq Futuro (EUA), +0,58%
*Dow Jones Futuro (EUA), -2,07%

Europa

*Dax (Alemanha), +0,98%
*FTSE 100 (Reino Unido), +0,35%
*CAC 40 (França), +0,26%
*FTSE MIB (Itália), +0,98%

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Ásia

*Kospi (Coreia do Sul), -2,38%
*Hang Seng Index (Hong Kong), -0,98% (fechado)
*Shanghai SE (China), -1,29% (fechado)

*Petróleo WTI, +0,81%, a US$ 39,63 o barril
*Petróleo Brent, +1,33%, a US$ 41,99 o barril

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**Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam em queda de 2,03%, cotados a 772.500 iuanes, equivalente hoje a US$ 113,81 (nas últimas 24 horas).
USD/CNY = 6,78717

*Bitcoin, US$ 10.459,05 -4,56%

2. Agenda

Os investidores repercutem a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária do Banco Central. No documento, o Copom reiterou que, devido a questões prudenciais e de estabilidade financeira, o espaço remanescente para corte de juros, se houver, deve ser pequeno.

A ata ainda repetiu que eventuais ajustes futuros no atual grau de estímulo ocorreriam com gradualismo adicional e dependerão da percepção sobre a trajetória fiscal e inflação prospectiva. O documento também aponta que, apesar de uma assimetria em seu balanço de riscos, o Comitê não pretende reduzir o grau de estímulo monetário. Ainda em destaque, a ata avalia que perseverar no processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira é essencial para permitir a recuperação sustentável da economia.

O comunicado do BC que acompanhou a decisão de manutenção da Selic em 2% ao ano na última quarta (16) foi visto como levemente dovish, ao reiterar forward guidance de que a autoridade monetária não deve subir os juros tão cedo.

No exterior, após a postura mais dovish do Fomc, o comitê de política monetária do banco central americano, o Federal Reserve, ter ajudado a desvalorizar o dólar globalmente nos últimos dias, o presidente do Fed, Jerome Powell, fará pronunciamentos em três dias diferentes desta semana, a começar por hoje.

Em comentários divulgados antes de seu testemunho nesta terça-feira perante o Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados dos EUA, Powell destacará que o Federal Reserve continua empenhado em usar todas as ferramentas à sua disposição para ajudar a economia dos EUA a se recuperar do golpe desferido pela pandemia do coronavírus.

Em destaque, para ajudar os investidores a encontrar as melhores oportunidades diante desse cenário, o InfoMoney realiza o maior evento de fundos imobiliários do país, entre este dia 22 e 24 de setembro.

Online e gratuito, o FII Summit – Fórum de Fundos Imobiliários vai reunir executivos de algumas das maiores construtoras e incorporadoras do país, além de economistas, analistas e gestores de FIIs, que vão discutir as tendências desse mercado nos seus diversos segmentos (comercial, hoteleiro, logístico e residencial).

Para participar do FII Summit, que conta com apoio da XP Investimentos, basta se cadastrar gratuitamente no site do evento. Confira a programação desta terça-feira clicando aqui.

3. De olho no exterior

O mercado segue acompanhando hoje o cenário externo, que ontem trouxe um forte movimento de aversão ao risco, levando o índice Ibovespa ao menor nível desde o início de julho. Depois da revelação de que alguns dos maiores bancos do mundo estariam envolvidos em transações suspeitas envolvendo US$ 2 trilhões, os analistas avaliam que a inspeção sobre o setor deve aumentar no curto prazo.

No entanto, segundo o Estado de S.Paulo, não deve haver uma nova rodada de aperto regulatório. Além disso, os especialistas avaliam que o Brasil deve sentir o efeito via mercado, ou seja, no efeito sobre os preços das ações, somente devido à maior aversão a risco. Isso porque a legislação brasileira já é mais rígida.

Outro assunto no radar internacional é o avanço do coronavírus na Europa, onde foram registrados 300 mil casos na última semana. A segunda onda de contaminação, na França, Espanha, Alemanha e Reino Unido pode levar a região de volta ao lockdown, indicando que o continente vive a fase mais delicada da epidemia desde meados de maio.

No cenário doméstico, foi noticiado que o reforço para o Renda Brasil poderá vir de cortes na máquina pública. Segundo o Estado de S.Paulo, o presidente Jair Bolsonaro tem sido aconselhado pela sua equipe a rever os custos com servidores ou condicionar o programa à aprovação de novas iniciativas. Entre elas, estaria a criação de um novo imposto.

4. Discurso do presidente

Os investidores também vão ficar atentos hoje ao discurso do presidente Jair Bolsonaro na 75ª edição da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), que será exibido em vídeo. Segundo o G1, existe uma expectativa de que ele trate da questão ambiental, já que o país sofre críticas internacionais pelo aumento das queimadas na Amazônia e no Pantanal.

Na véspera, Bolsonaro comemorou a ampliação da cota de açúcar que o Brasil poderá exportar a mais para os Estados Unidos. No entanto, segundo a Folha de S.Paulo, o aumento da cota já era esperado desde abril.

O setor sucroalcooleiro não celebrou a medida. Em nota, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Única) afirmou que a medida tem sido praxe e não representa “qualquer avanço estrutural para um maior acesso do açúcar brasileiro àquele país”, segundo o Estado de S.Paulo.

No noticiário nacional, também chama atenção a informação de que o Brasil é um dos países que mais sentem a inflação da Covid. Segundo a Folha de S.Paulo, um estudo do economista argentino Alberto Cavallo, professor da escola de negócios da Universidade Harvard, comparou a inflação causada pela crise sanitária com a variação capturada pelos índices de preços ao consumidor.

Entre 18 países analisados, o Brasil mostrou a maior disparidade entre a inflação da Covid e o IPCA. O Brasil aparece no topo da lista porque apresentou uma combinação entre alta forte nos preços de alimentos (9% anuais em maio) e queda no custo de transporte (de 2,5%).

5. Radar corporativo

No noticiário de empresas, um dos destaques foi a declaração da Totvs de que o comitê especial independente da Linx tem trabalhado para retardar, ou mesmo impedir, a análise da proposta da Totvs para unir as empresas, com o objetivo de favorecer a proposta feita pela Stone. Além disso, a Ultrapar Participações e a Cosan confirmaram que estão disputando a compra da Refinaria Presidente Getúlio Vargas da Petrobras, no Paraná.

Outro destaque é a notícia de que a Petrobras deve adiar a oferta dos 37,5% ainda detidos pela petroleira na BR Distribuidora até que haja uma melhoria das condições do mercado de capitais, de acordo com o Valor Econômico. Ao mesmo tempo, a B2W homologou um aumento de capital de R$ 4 bilhões, enquanto a B3 anunciou pagamento de proventos.

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