Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta terça-feira

Bolsas mundiais caem com novo vírus na China aumentando aversão ao risco e se somando a corte do rating e protestos em Hong Kong; foco também em Davos

Equipe InfoMoney

(Shutterstock)

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Os futuros de Nova York operam em terreno negativo na manhã de hoje, após as bolsas de valores da Ásia terem fechado em queda e as da Europa aberto em baixa.

A nota de crédito de Hong Kong foi rebaixada pela agência de classificação de risco Moody’s, enquanto o governo chinês confirmou que o “Vírus de Wuhan” é propagado de pessoa a pessoa. Com medo, investidores retiraram ativos dos mercados chineses.

Essas notícias acabam ofuscando o Fórum Econômico Mundial em Davos, Suíça, onde o ministro da Economia, Paulo Guedes, fará duas palestras hoje. No noticiário corporativo, destaque para a nova empresa que a Caixa Seguridade Participações e a Icatu Seguros criarão, um investimento de R$ 180 milhões.

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1. Bolsas mundiais

Os futuros de Nova York estão em terreno negativo na manhã de hoje, na volta do feriado, após as bolsas da Ásia terem fechado em queda firme. A Bolsa de Hong Kong fechou com recuo superior a 2,80% após a agência de classificação de risco Moody’s rebaixar a nota da região. As outras bolsas de valores da China fecharam em queda com os temores da propagação do chamado “Vírus de Wuhan” que o governo chinês confirmou hoje se propagar de pessoa a pessoa. As bolsas da Europa abriram em baixa.

A questão do coronavírus entrou no radar devido ao risco de contágio, uma vez que centenas de milhões de pessoas na China se preparam para viajar durante o feriado do ano-novo lunar chinês, que começará na sexta-feira (24) e se estenderá por uma semana.

No radar econômico, como se previa, o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) decidiu hoje manter sua política monetária, incluindo a taxa de depósitos de curto prazo em -0,10% e a meta para o rendimento do bônus do governo japonês (JGBs, na sigla em inglês) de 10 anos em torno de 0%. Segundo o presidente do BoJ, Haruhiko Kuroda, ainda não há necessidade de o BC japonês reavaliar a atual estrutura de relaxamento da política monetária.

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Veja o desempenho dos mercados, às 7h14 (horário de Brasília):

Nova York
*S&P 500 Futuro (EUA), -0,43%
*Nasdaq Futuro (EUA), -0,53%
*Dow Jones Futuro (EUA), -0,35%

*Dax (Alemanha) , -0,55%
*FTSE (Reino Unido), -1,29%
*CAC 40 (França), -1,18%
*FTSE MIB (Itália), -1,41%

*Hang Seng (Hong Kong), -2,81% (fechado)
*Xangai (China), -1,41% (fechado)
*Nikkei (Japão), -0,91% (fechado)
*Kospi (Coreia do Sul), -1,01% (fechado)

*Petróleo WTI, -1,01%, a US$ 57,95 o barril
*Petróleo Brent, -1,27%, a US$ 64,38 o barril

**Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam com alta de +0,07%, cotados a 671,000 iuanes, equivalentes a US$ 97,16 (nas últimas 24 horas). USD/CNY= 6,9058 (-0,64%)
*Bitcoin, US$ 8.634,96, -2,54%

2. Indicadores econômicos

No Brasil, a FGV publica às 8h o IGP-M de janeiro. Mais tarde, o Ministério da Economia publica a arrecadação do governo federal em dezembro. Estimativa, segundo consenso Bloomberg, para arrecadação é de R$ 154 bilhões, contra R$ 125,161 bilhões em novembro e R$ 141,528 bilhões em dezembro de 2018.

3. Paulo Guedes em Davos 

O ministro da Economia, Paulo Guedes, fará hoje duas palestras no Fórum Econômico Mundial em Davos, Suíça. Guedes falará sobre a possibilidade de investimentos no Brasil em painéis sobre a América Latina e os mercados emergentes.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez um discurso na manhã de hoje em Davos. Trump afirmou que os Estados Unidos estão “no meio de um boom econômico que o mundo nunca viu antes”. Os “ótimos números” da economia, acrescentou, ocorrem apesar da política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

Trump voltou a criticar o Fed por ter elevado juros “muito rápido” ao longo de 2018 e por os cortar “muito devagar” ao longo de 2019, quando a instituição realizou três reduções na taxa dos Fed funds, hoje na faixa entre 1,50% e 1,75%. Para 2020, a expectativa é de manutenção. O republicano voltou a criticar o Fed por “obrigar” os EUA a competirem com países com taxas de juros negativas, como no caso da zona do euro. “Eles pagam para emprestar [dinheiro]”, criticou.

4. Sergio Moro no Roda Viva 

O ministro da Justiça, Sergio Moro, foi ao programa Roda Viva da TV Cultura na noite de ontem. Instado pelos jornalistas a fazer avaliações sobre os mais de doze meses de governo do presidente Jair Bolsonaro, Moro respondeu que não é “comentarista político”. Moro também afirmou que a Operação Lava-Jato não condenou ninguém injustamente e que as trocas de mensagens entre ele e procuradores vazadas pelo site The Intercept foram uma “bobageirada”. Moro definiu o episódio que envolveu o ex-secretário da Cultura, Roberto Alvim, que copiou um discurso do ministro nazista Joseph Goebbels, como “bizarro”.

5. Noticiário corporativo

A Caixa Seguridade Participações fechou um acordo com a Icatu Seguros para vender títulos de capitalização, durante 20 anos, nas agências da Caixa Econômica Federal (CEF). A Icatu investirá R$ 180 milhões na nova empresa que fará essa operação. Já o Banco Inter comprou 70% do capital da DLM, uma gestora que tem uma carteira de R$ 4,5 bilhões.

A construtora e incorporadora imobiliária Even publicou uma prévia dos seus resultados do quarto trimestre de 2019, informando que teve uma expansão de 46% na receita líquida, para R$ 583 milhões no período. Já a Cyrela anunciou que as vendas contratadas somaram R$ 2,06 bilhões no quarto trimestre de 2019. A Hering divulgou na noite de ontem uma prévia do seu resultado do quarto trimestre de 2019. A empresa informou que teve uma queda de 5,2% no faturamento bruto, que foi de R$ 502,9 milhões no período.

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