Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta terça-feira

Bolsas mundiais pausam rali após ânimo com nova vacina; falas de presidentes dos bancos centrais e mais destaques da sessão

Equipe InfoMoney

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As bolsas europeias e os índices futuros americanos pausam o rali na sessão desta terça-feira (17) após a forte alta da véspera depois da farmacêutica Moderna ter anunciado dados preliminares indicando que a vacina que desenvolve teve mais de 94% de eficácia na prevenção da covid-19. Os investidores ficam ainda de olho na alta dos casos de coronavírus.

No exterior, dados do varejo e indústria dos EUA e mais uma fala de Christine Lagarde, presidente do BCE, são destaques.

No Brasil, o governo do estado de São Paulo adiou para o dia 30 de novembro a reclassificação das áreas de acordo com o grau de novas contaminações por covid. Segundo o governo, hospitais têm registrado mais internações. Confira no que ficar de olho:

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1. Bolsas mundiais

Os mercados europeus registram leve queda nesta terça-feira (17), assim como os índices futuros nos Estados Unidos, com exceção do Nasdaq, que tem leve alta.

O ajuste para baixo ocorre um dia após a farmacêutica Moderna ter anunciado que dados preliminares indicam que a vacina que desenvolve teve mais de 94% de eficácia na prevenção da covid-19. O anúncio contribuiu para fortes altas nos mercados na segunda-feira (16).

A semana anterior fora marcada por fortes altas após as farmacêuticas Pfizer e BioNTech terem divulgado dados que indicavam eficácia de mais de 90% no produto que desenvolvem contra a doença. Apesar da perspectiva de volta gradual à normalidade com as vacinas, os Estados Unidos continuam a registrar recordes de novos casos de covid.

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Foram 166.581 na segunda-feira, segundo dados compilados pelo jornal The New York Times, patamar recorde que fica atrás apenas do registrado na sexta-feira (13), de 181.196 casos.

Nesta terça, o índice S&P 500 Futuro tem queda de 0,35%; o Nasdaq Futuro (EUA), sobe 0,24%; o Dow Jones Futuro cai 0,27%.

Além disso, o noticiário foca na perspectiva econômica da União Europeia. Na terça, Hungria e Polônia vetaram a aprovação pelos governos do bloco da legislação que reúne tanto o orçamento para o período de 2021 e 2027 quanto a verba do fundo de recuperação da União Europeia.

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Para que o pacote seja aprovado, é necessário apoio unânime, e veto dos governos de Polônia e Hungria deve atrasar a liberação de recursos no valor de 1,8 trilhão de euros. Países europeus importantes vêm registrado aceleração da contaminação, com França, Alemanha e Reino Unidos implementando novos lockdowns, com diferentes níveis de abrangência.

O índice Eurostoxx tem queda de 0,16%; o Dax, da Alemanha, cai 0,11%; o FTSE 100, do Reino Unido, cai 0,54%; o CAC 40, da França, cai 0,07%; o FTSE MIB, da Itália, cai 0,37%.

Na Ásia, as bolsas fecharam em direções mistas, influenciadas pelo otimismo quanto à vacina desenvolvida pela Moderna, que alimenta expectativas de que a economia mundial possa iniciar a volta à normalidade em 2021.

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Veja o que movimenta a bolsa em tempo real

O índice Nikkei, do Japão, fechou em alta de 0,42%; o Hang Seng Index, de Hong Kong, teve alta de 0,13%; o Kospi, da Coreia do Sul, oscilou negativamente em 0,15%; o Shanghai SE , da China, caiu 0,21%.

Confira o desempenho dos principais índices às 7h20 (horário de Brasília):

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Estados Unidos

*S&P 500 Futuro (EUA), -0,35%
*Nasdaq Futuro (EUA), +0,24%
*Dow Jones Futuro (EUA), -0,27%

Europa

*Dax (Alemanha), -0,11%
*FTSE 100 (Reino Unido), -0,54%
*CAC 40 (França), -0,07%
*FTSE MIB (Itália), +0,37%

Ásia

*Nikkei (Japão), +0,42% (fechado)
*Hang Seng Index (Hong Kong) +0,13% (fechado)
*Kospi (Coreia do Sul), -0,15% (fechado)
*Shanghai SE (China), -0,21% (fechado)

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Commodities e bitcoin

*Petróleo WTI, -0,1%, a US$ 41,3 o barril
*Petróleo Brent, -0,04%, US$ 43,78 o barril
*Bitcoin, US$ 16.696,71, +3,18%
Sobre o minério: **Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam em alta de 2,64%, cotados a 855 iuanes, equivalente hoje a US$ 130,52 (nas últimas 24 horas).
USD/CNY = 6,55

2. Agenda

No Brasil, às 5h, a Fipe divulgou seu índice de inflação IPC Fipe-Semanal, indicando alta de 1,12% na inflação na segunda quadrissemana de novembro.

Mais uma vez, as falas de integrantes dos bancos centrais ganham destaque nesta sessão. O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, fala às 13h. Outros integrantes, como Lael Brainard, Raphael Bostic, Mary Daly, Eric Rosengren (15h), John Williams (16h) e Thomas Barkin (17h), falam durante o dia. Às 13h, Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, participa de evento da Bloomberg.

Na Rússia, acontece a XII Cúpula dos BRICS, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Paulo Guedes, ministro da Economia, participa durante a manhã de reunião virtual de cúpula dos Brics com presidente Jair Bolsonaro. Já na Áustria, acontece a reunião da Opep+.

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, participa do evento da Febraban às 9h30.

Na agenda econômica dos EUA, às 10h30, será divulgados os dados de vendas no varejo em outubro e, às 11h15, serão revelados os dados de produção industrial do país. Às 18h30, o API revela os números de estoques de petróleo e derivados.

3. Retomada da agenda de reformas

Após a eleição municipal, Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, disse esperar votar na quarta-feira o projeto de incentivo à navegação; a oposição promete obstruir votações. Barros diz ser possível destrancar a pauta de votações e avançar na análise de temas considerados prioritários.

A expectativa é aprovar o PL do Mar, que está trancando a pauta há bastante tempo, e avançar na discussão de demais matérias, como o BC independente, os projetos que tratam dos fundos públicos e da negociação com os estados e avançarmos também em pautas importantes para a questão econômica do Brasil, disse Barros.

Em palestra na Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados,  considerou “muito difícil” que os liberais mantenham apoio ao governo caso ele adote medidas reprováveis do ponto de vista fiscal. “Eu acho que isso (a pauta emergencial) vai ter sim um pacto na eleição de 2022, porque nós vamos compreender como é que vai ficar a aliança que o ministro (da Economia) chama muito bem de conservadora-liberal. Vai chegar um momento, nas próximas semanas, que nós vamos saber se essa conciliação entre conservadores, que o presidente representa, e os liberais, que o Paulo Guedes diz que representa, como é que vai ficar essa aliança nos próximos meses”, afirmou o presidente da Câmara, lembrando que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) emergencial é urgente para fechar Orçamento do próximo ano e deve ser discutida pelos próximos três meses.

“Vai ser muito difícil, do meu ponto de vista, olhando o cenário, que os liberais, não apenas o ministro Paulo Guedes… certamente de forma nenhuma aceitarão qualquer interpretação heterodoxa do Orçamento público e da sinalização do país para os próximos anos”, avaliou.

Próximo ao fim da vigência do auxílio emergencial, marcado para o final de dezembro, e sem perspectiva de aprovar um substituto mais amplo ao Bolsa Família, o governo estuda regras para aumentar o valor pago pelo programa criado pelos governos anteriores.

Segundo reportagem do portal UOL, assessores da Presidência da República elaboram uma proposta que prevê a criação de um auxílio creche de R$ 52 mensais por criança; um prêmio anual de R$ 200 para os melhores estudantes; uma bolsa mensal de R$ 100 somada a um prêmio anual de R$ 1.000 para alunos de destaque em ciência e tecnologia; uma bolsa mensal de R$ 100 somada a um prêmio anual para alunos de destaque em atividades esportivas.

O auxílio-creche seria pago para 8 milhões de crianças, levando a um gasto total de R$ 5,1 bilhões.
A proposta do Orçamento de 2021 enviada no dia 31 de outubro pelo governo ao Congresso já previa elevar em 18,22% o valor gasto com o Bolsa Família. Pelo texto, a verba deve passar dos R$ 29,485 bilhões dotados em 2020 para R$ 34,858 bilhões em 2021.

E o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso, apresentou novas informações sobre por que houve atrasos na divulgação de resultados das eleições municipais e instabilidade no aplicativo do TSE.

No domingo, Barroso atribuíra a instabilidade a uma falha em um processador. Na segunda, afirmou que a demora na entrega de equipamentos pela empresa Oracle impediu a realização de testes prévios no sistema. “Não mudei a versão. Ontem [domingo], a TI, quando dei entrevista, tinha diagnóstico que o problema era falha no processador, o que efetivamente ocorreu”.

4. Governo confirma aceleração de covid em São Paulo

Na segunda-feira, o governo paulista adiou para o dia 30 de novembro a reclassificação do Plano São Paulo, que define o funcionamento das atividades econômicas durante a pandemia do coronavírus.

Atualmente, seis regiões estão na fase verde: Grande São Paulo, Baixada Santista, Campinas, Piracicaba e Taubaté. As demais estão em fase amarela, o que implica em mais restrições de atividade, como horário reduzido de funcionamento e menor ocupação em comércio, bares e restaurantes.

O plano altera o nível de restrição das atividades com base em indicadores de casos de covid e óbitos, entre outros indicadores. Ele analisa a disponibilidade de leitos de unidades de terapia intensiva, que podem ser necessários para o tratamento de casos graves de covid.

Em coletiva, o governador João Doria afirmou que o adiamento se deve à instabilidade no sistema do Ministério da Saúde para registros de dados de óbitos por covid, que afetou a atualização por seis dias da semana anterior.

Os dados disponíveis até a segunda-feira poderiam levar a maior parte do estado a migrar para a fase verde. Mas o governador confirmou que houve alta nos indicadores de ocupação de UTIs e internações no estado de São Paulo, como havia sido antecipado pela imprensa.

“Indicadores de ocupação de UTI e internações, sob responsabilidade do Governo do Estado de São Paulo, cresceram nesta última semana em relação à anterior. O momento requer precaução para uma análise mais completa para a proteção da população”, disse Doria.

A média diária de novas internações subiu no estado de 859 para 1.099, afirmou Doria, ao lado do secretário da Saúde, Jean Gorinchteyn. Para o secretário, o aumento pode ter ligação com feriados recentes, que levaram a mais aglomerações.

5. Radar corporativo

Segundo fontes do mercado consultadas na segunda-feira pelo jornal Valor, as ações ordinárias da Vale tiveram alta impulsionada desde o início do pregão devido a uma nova venda de papéis pelo BNDES, que teria se desfeito de 40 milhões de ações da empresa, a R$ 63,62, por meio de corretora Bradesco.

O principal comprador teria sido o banco Morgan Stanley, com a compra de cerca de 25 milhões de ações. O movimento marca o interesse de investidores estrangeiros na bolsa brasileira. Mais de R$ 16 bilhões entraram entre o início de novembro até o dia 12.

A gestora de planos de saúde Notre Dame Intermédica divulgou na segunda um salto no lucro líquido do terceiro trimestre sobre o mesmo período de 2019, impulsionado por aumento de beneficiários e leitos ao longo do ano, em uma estratégia marcada por 12 aquisições. A companhia teve lucro de R$ 197 milhões, quase o dobro do obtido um ano antes. O desempenho operacional medido pelo Ebitda ajustado cresceu 43%, para R$ 458,4 milhões. Segundo dados da Refinitiv, analistas, em média, esperavam lucro de R$ 179 milhões no período e Ebitda de R$ 353,8 milhões.

O processo de concessão da companhia de água e saneamento do Rio de Janeiro, Cedae, voltou a caminhar na segunda-feira, após uma reunião no Palácio Guanabara com representantes do Estado e do BNDES. Segundo a agência de notícias Reuters, as partes estão perto de decidir o valor da água que será vendida pela Cedae ao novo concessionário. Segundo fontes da Reuters, os valores em discussão oscilam entre R$ 1,5 e R$ 2 por metro cúbico.

O leilão de privatização dos ativos de distribuição de energia da elétrica gaúcha CEEE deve ser realizado em fevereiro de 2021, projetou na segunda o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que tem assessorado o processo.

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