Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta terça-feira

Bolsas sobem entre dados da China e possíveis afrouxamentos de restrições no mundo; IBC-Br no Brasil e mais destaques

Equipe InfoMoney

Máscara é segurada por pessoa na pandemia de Covid-19 (Getty Images)

Publicidade

Os mercados iniciam a terça-feira com um viés um pouco mais positivo, após dados do governo chinês mostrarem que o comércio exterior do país asiático caiu muito menos do que o esperado em março, quando a China ainda estava nos estágios finais das medidas de isolamento social e da epidemia do coronavírus. Impulsionadas pelos dados, as bolsas de valores da Ásia fecharam hoje em alta, sem exceções, enquanto os futuros de Nova York avançam.

Nos EUA, contudo, a expectativa do mercado está nos balanços do primeiro trimestre que os bancos JP Morgan e Wells Fargo publicarão ainda pela manhã, antes da abertura da NYSE. No Brasil, a Câmara aprovou ontem o pacote de R$ 89,5 bilhões de socorro aos Estados e municípios, mas a aprovação da matéria no Senado pode ser mais difícil.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, defenderá o veto se não houver contrapartida dos entes federativos. No noticiário corporativo, destaque para novidades na oferta da Eneva pela AES Tietê.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

1. Bolsas mundiais

Dados melhores que os esperados para o comércio exterior da China em março, divulgados na madrugada de hoje, deram impulso às bolsas de valores da Ásia, que fecharam em alta nesta terça-feira.

Segundo a Administração Geral das Alfândegas da China, as exportações caíram 6,6% e as importações 0,9% no mês passado, enquanto a previsão de economistas era de que cairiam 14% e 9,5%, respectivamente.

As bolsas da Europa abriram em leve alta, com exceção de Londres, enquanto os futuros de Nova York avançam. Nos Estados Unidos, a expectativa está nos balanços que os bancos JP Morgan e Wells Fargo, e a indústria Johnson & Johnson, publicam na manhã de hoje, antes da abertura de Wall Street, informa a CNBC.

Continua depois da publicidade

Já na Europa, os investidores repercutem uma possível política de afrouxamento de restrições em relação ao isolamento social no Velho Continente. Itália e Espanha estão se mobilizando para levantar algumas das restrições impostas por causa do coronavírus, uma vez que os números de casos e mortes pela covid-19 vêm dando sinais de desaceleração. Já nos Estados Unidos, Donald Trump, afirma que seu governo está muito perto de concluir um plano para reabrir a economia americana, visto que o coronavírus aparentemente também se aproxima de seu pico no país.

Veja o desempenho dos mercados, às 7h27 (horário de Brasília):

Nova York
*S&P 500 Futuro (EUA), +1,03%
*Nasdaq Futuro (EUA), +1,37%
*Dow Jones Futuro (EUA), +1,18%

Continua depois da publicidade

Europa
*Dax (Alemanha), +1,05%
*FTSE (Reino Unido), -0,51%
*CAC 40 (França), +0,02%
*FTSE MIB (Itália), +0,39%

Ásia
*Nikkei (Japão), +3,31% (fechado)
*Kospi (Coreia do Sul), +1,72% (fechado)
*Hang Seng (Hong Kong), +0,56% (fechado)
*Xangai (China), +1,59% (fechado)

*Petróleo WTI, -2,05%, a US$ 21,97 o barril
*Petróleo Brent, -1,26%, a US$ 31,34 o barril

Publicidade

**Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam em alta de 1,17%, cotados a 606.500 iuanes, equivalentes a US$ 85,94 (nas últimas 24 horas). USD/CNY= 7,0572 (-0,10%)

*Bitcoin, US$ 6.810,79 -0,77%

2. Agenda econômica

O Banco Central divulgará às 9h da manhã o IBC-Br de fevereiro deste ano. O dado, anterior à epidemia do coronavírus, mostrará como foi a economia brasileira. O IBC-Br deve ter registrado alta de 0,20% em fevereiro na comparação mensal, segundo estimativa mediana em pesquisa Bloomberg, depois de avançar 0,24% na medição anterior. Na comparação anual, indicador deve ter registrado alta de 0,70%, após crescimento de 0,69% na medição anterior do índice.

Continua depois da publicidade

Nos Estados Unidos, o governo divulgará às 9h30 os índices de preços de importação e exportação em março. Os dados podem mostrar algum impacto da epidemia do coronavírus.

Além disso, dirigentes do Fed falam ao longo do dia; James Bullard (Saint Louis) às 12h35, Charles Evans (Chicago) às 13h30 e Raphael Bostic (Atlanta) às 16h.

3. Política

O projeto de lei complementar de auxílio aos Estados e municípios, aprovado ontem pela Câmara, segue agora para o Senado, onde precisará dos votos de pelo menos 41 dos 81 senadores para passar. Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, defende que a Lei, caso aprovada no Senado, seja vetada pelo presidente Jair Bolsonaro.

Publicidade

Embora o socorro aos Estados e municípios preveja gastos de R$ 89,5 bilhões – bem abaixo da estimativa inicial de R$ 200 bilhões feita pelo Ministério da Economia, que chamou a proposta de “bomba fiscal” – Guedes quer que os Estados e municípios apresentem contrapartidas de ajuste fiscal por parte dos chefes de Executivo estaduais e municipais.

4. Brasil tem mais de 300 mil casos

Cientistas da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade de Brasília (UNB), que participam do portal Covid-19 Brasil, estimam que o país já tenha 313 mil pessoas infectadas pelo coronavírus, informa o jornal O Globo. O Brasil é um dos países que menos testam no mundo para o coronavírus e existe falta crônica de kits para testagem.

Os cientistas alertam que a saúde em São Paulo, que concentra a maioria dos casos e das mortes pelo coronavírus, pode entrar em colapso já na próxima segunda-feira, se não aumentar a adesão às medidas de isolamento social. Segundo o Ministério da Saúde, na noite de ontem o Brasil tinha 23.430 casos confirmados e 1.328 mortes pelo coronavírus.

5. Noticiário corporativo 

A Eneva Energia comunicou na noite de ontem que a AES Tietê já tem conhecimento detalhado da proposta de aquisição feita pela empresa há mais de 40 dias. No começo de março, a AES Tietê classificou a oferta como hostil (não solicitada), mas as empresas continuam a negociar. A Eneva informou que discutirá a transação em uma reunião do seu Conselho em 21 de abril. A Eneva ressaltou aos acionistas da AES Tietê que a proposta, que prevê o pagamento de R$ 2,75 bilhões em dinheiro, mais a troca de 91,9 milhões de ações, é “vantajosa”.

Já a rede de laboratórios Instituto Hermes Pardini informou que captará R$ 200 milhões com o Itaú Unibanco e o Santander para reforçar seu caixa.

Como se tornar um trader consistente? Aprenda em um curso gratuito os set-ups do Giba, analista técnico da XP, para operar na Bolsa de Valores!