Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta terça-feira

Bolsas mundiais têm mais uma sessão de cautela à espera do Fomc; posse do presidente da Argentina e mais destaques

Equipe InfoMoney

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Os mercados futuros operam em baixa em Nova York, antes da reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc) que começa hoje (10).

No Brasil os mercados também aguardam o início da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que se inicia hoje e amanhã deve realizar mais um corte na taxa básica de juros, de 0,5 ponto porcentual.

Nos EUA, a expectativa é que o Fomc mantenha os juros entre 1,5% e 1,75%. Os mercados também são afetados pela divulgação da inflação na China, que acelerou para 4,5% em novembro, e pela indefinição de um acordo entre Washington e Pequim que impeça a guerra comercial a partir do dia 15.

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Na Argentina, Alberto Fernández toma posse hoje como presidente. Na agenda política, o Senado brasileiro poderá aprovar hoje a prisão em segunda instância. No noticiário corporativo, o destaque é a venda de 34 poços de petróleo da Petrobras na Bacia Potiguar.

Também em destaque, a Polícia Federal cumpre nesta terça-feira (10) a 69ª fase da Operação Lava Jato, denominada Mapa da Mina. Foram 200 policiais federais, com o apoio de 15 auditores fiscais da Receita Federal, que cumpriram 47 mandados de busca e apreensão nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e no Distrito Federal. Os mandados foram expedidos pela 13ª Vara Federal em Curitiba/PR.

A ação é desdobramento da 24ª fase da Lava Jato, em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi alvo de condução coercitiva, em 4 de março de 2016.

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1. Bolsas internacionais

Os mercados futuros em Nova York operam em queda nesta terça-feira, à espera do começo da reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc), do Federal Reserve, que se inicia hoje mas que apenas amanhã (11) divulgará se altera ou mantém a taxa de juros nos Estados Unidos entre 1,5% e 1,75%, que é a aposta dos analistas.

Os investidores estão se posicionando para a reunião do Fomc. Segundo a CNBC News, os preços da dívida do governo americano estão mais altos hoje. O yield das notas de 10 anos do Tesouro, que se move inversamente ao preço, estava em 1.8156%, enquanto o yield dos Treasuries do bônus de 30 anos estava mais baixo ao redor de 2.2482%.

Enquanto isso, os mercados esperam por algum sinal de acordo que impeça a guerra comercial até o domingo, quando o governo americano poderá impor novas tarifas sobre produtos chineses.

As bolsas europeias operavam em baixa na manhã de hoje, onde além dos temores da guerra comercial pesam a eleição da quinta-feira na Grã-Bretanha e a reunião do Banco Central Europeu (BCE). Na Ásia, as bolsas de Tóquio e Hong Kong fecharam em queda, mas Xangai encerrou o pregão em leve alta.

Veja o desempenho dos mercados, às 7h13

*S&P 500 Futuro (EUA), -0,37%
*Nasdaq Futuro (EUA), -0,37%
*Dow Jones Futuro (EUA), -0,42%

*DAX (Alemanha), -1,43%
*FTSE (Reino Unido), -1,28%
*CAC-40 (França), -0,95%
*FTSE MIB (Itália), -0,64%

*Hang Seng (Hong Kong), -0,22% (fechado)
*Xangai (China), +0,10% (fechado)
*Nikkei (Japão), -0,09% (fechado)

*Petróleo WTI, -0,08%, a US$ 58,97 o barril
*Petróleo Brent, -0,03%, a US$ 64,22 o barril

**Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam com alta de 1,25%, cotados a 649,50 iuanes, equivalentes a US$ 92,28 (nas últimas 24 horas). USD/CNY= 7,0378 (-0,156%)
*Bitcoin, US$ 7.324,51, -2,15%

2. Indicadores econômicos

A inflação ao consumidor chinês subiu 4,5% em novembro, a maior alta em 8 anos, em grande parte por causa da peste suína africana, que dizimou os rebanhos suínos do país. Só o preço da carne de porco, item da cesta básica chinesa, subiu 110% no mês passado, informa a CNBC News.

Atenção ainda para o primeiro dia da reunião do Copom e do Fomc, que se encerram na próxima quarta-feira. A expectativa é por um corte de juros de 0,5 ponto percentual pelo BC brasileiro.

3. Posse do presidente argentino

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, decidiu enviar o vice-presidente da República, Hamílton Mourão, à posse do presidente argentino, Alberto Fernández, que hoje assume o cargo junto com sua companheira de chapa, a vice-presidente eleita Cristina Fernández de Kirchner, que presidiu a Argentina entre 2007 e 2015. Os dois são do Partido Justicialista (peronista).

Terceira maior parceira comercial do Brasil e sócia do país desde a criação do Mercosul, em 1991, a Argentina atravessa uma forte recessão, com a projeção de que seu PIB tenha caído 3% em 2019. Fernández tem a missão de cumprir o acordo que seu antecessor Maurício Macri fechou em 2018 com o Fundo Monetário Internacional (FMI), pelo qual a Argentina recorreu a empréstimos de US$ 57 bilhões.

Em 2018, o comércio entre Brasil e Argentina movimentou US$ 28 bilhões. A Argentina é a maior importadora de bens industrializados do Brasil, como automóveis, autopeças, telefones celulares, calçados e bens de capital, entre outros. Fernández assume a presidência para governar a Argentina por quatro anos.

4. Pesquisa e segunda instância

A maioria da população considerou justa a libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no início de novembro, após a decisão do STF,  indica a pesquisa Datafolha divulgada a partir do último domingo. De acordo com a sondagem, para 54% dos entrevistados a libertação foi justa, enquanto 42% consideraram injusta. Outros 4% não sabem ou não responderam.

Lula pôde voltar à liberdade graças à decisão do Supremo, que mudou antigo entendimento da corte e considerou inconstitucional a prisão de réus condenados que ainda tenham recursos pendentes em cortes superiores, como é o caso do petista.

Sobre o tema, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado pode votar nesta terça um projeto que permite a retomada da prisão após a condenação em segunda instância. A proposta é o primeiro item da pauta da CCJ, com reunião está prevista para as 10h.

5. Noticiário corporativo

A Petrobras finalizou a venda da sua participação em 34 poços petrolíferos no litoral do Estado do Rio Grande do Norte, na chamada Bacia Potiguar, para a empresa Potiguar E&P S.A., subsidiária da Petrorecôncavo S.A.

Segundo a Petrobras, a operação de venda foi concluída com o pagamento de US$ 266 milhões (R$ 1,096 bilhão) pela Potiguar E&P. A Petrobras já havia recebido US$ 28,8 milhões em abril deste ano, quando as duas empresas assinaram o contrato. Informações das empresas revelam que os campos produzem em média 5,8 mil barris diários na Bacia Potiguar.

Já a Multiplan ampliou a fatia no Ribeirão Shopping por R$ 28,7 milhões.

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