Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta terça-feira

Reabertura segue sustentando alta nas bolsas mundiais, apesar de protestos nos EUA; expectativa por estímulos na Europa e mais destaques

Equipe InfoMoney

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O mundo segue atento aos protestos que tomam conta dos Estados Unidos, mas isso não impede o otimismo dos investidores com as medidas de reabertura da economia após os meses de confinamento impostos pela pandemia do coronavírus.

Esse otimismo também tem ajudado o mercado internacional de petróleo, com o barril do Brent sendo negociado a quase US$ 40, o que deve beneficiar as ações da Petrobras.

Ainda na seara corporativa, Lojas Americanas e Ser Educacional preparam novos empréstimos e a Alupar divulgou que registrou lucro líquido de R$ 179,1 milhões no primeiro trimestre de 2020, uma queda de 55,3% na comparação com igual período do ano passado.

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1.Bolsas mundiais

Os futuros americanos e as bolsas europeias operam em alta nesta terça-feira refletindo a expectativa positiva em relação à reabertura das atividades econômicas em diversos países. Esse otimismo ocorre apesar dos protestos que tomam conta dos Estados Unidos.

Os futuros do Dow Jones sobem 0,68% e os do S&P 500 registravam variação positiva de 0,56%.

A intensificação das manifestações em território americano, no entanto, pode aumentar a aversão ao risco por parte do investidor.

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“O foco principal mais uma vez aparece nas perspectivas de longo prazo para aliviar as medidas de bloqueios em todo o mundo. Entretanto, se a violência nas ruas dos Estados Unidos continuar por muito mais tempo, os investidores americanos possam ter que lidar com um bloqueio de um tipo diferente, imposto pela Guarda Nacional”, disse, à Bloomberg, Michael Hewson, analista da CMC Markets.

O pregão também é de ganhos nas Bolsas europeias. O DAX, de Frankfurt, avança 3,85%. Em destaque no país, a chanceler alemã Angela Merkel tenta fechar acordo nesta terça-feira para um 2º pacote de estímulo e ajuda à maior economia da Europa.

Também ajudando a animar as bolsas, está a notícia de que exportadores de soja dos Estados Unidos venderam várias cargas para clientes estatais chineses, segundo pessoas com conhecimento do assunto ouvidas pela Bloomberg. É um sinal de que algumas transações ainda estão em andamento, mesmo depois que autoridades do governo chinês ordenaram a pausa de algumas compras.

No mercado de commodities, o preço do petróleo avança no mercado internacional com a negociação entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a Rússia para ampliar o período de corte na produção de petróleo.

A Arábia Saudita sinalizou que deve manter a produção sob controle por mais um a três meses, o que contribui para a valorização da commodity e também deve beneficiar os papéis da Petrobras. O WTI sobe 2,62%, a US$ 36,37 o barril.

Veja o desempenho dos mercados, às 7h37 (horário de Brasília):

Nova York

*S&P 500 Futuro (EUA), +0,56%

*Nasdaq Futuro (EUA), +0,62%

*Dow Jones Futuro (EUA), +0,68%

Europa

*Dax (Alemanha), +3,85%

*FTSE 100 (Reino Unido), +1,11%

*CAC 40 (França), +2,08%

*FTSE MIB (Itália), +2,22%

Ásia

*Nikkei 225 (Japão), +1,19% (fechado)

*Hang Seng Index (Hong Kong), +1,11% (fechado)

*Shanghai SE (China), +0,20% (fechado)

*Petróleo WTI, +2,60%, a US$ 36,36 o barril

*Petróleo Brent, +2,82%, a US$ 39,40 o barril

**Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam em alta de 0,07%, cotados a 757.000 iuanes, equivalente hoje a US$ 106,61 (nas últimas 24 horas).
USD/CNY = 7,1004 (-0,38%)

2. Indicadores econômicos

A agenda de indicadores está mais fraca nesta terça-feira. A principal divulgação só ocorrerá à noite, às 22h45 (horário de Brasília), quando sairão os dados do PMI do setor de serviços China Caixin.

No Brasil, a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) divulgará o resultado das vendas de veículos em maio e no acumulado do ano.

Nos Estados Unidos, está prevista a divulgação do índice “Red Book” de maio, às 9h55, com os dados de vendas no país.

3. Tensão nos EUA e petróleo

O presidente do Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou fazer uso de forças militares para deter o avanço das manifestações que tomam conta do país desde o assassinato de George Floyd, no último dia 26.

“Se uma cidade ou estado se recusar a tomar as medidas necessárias para defender a vida e a propriedade de seus residentes, então enviarei as forças armadas dos Estados Unidos e rapidamente resolverei o problema para elas”, disse Trump durante um discurso em Rose Garden na segunda-feira.

Na segunda-feira à noite, a polícia usou bombas de gás lacrimogêneo para abrir caminho em meio aos manifestantes e permitir que Trump pudesse fazer uma foto do lado de fora da Casa Branca, na Igreja St. John.

Os protestos ganham força no momento em que o país começa a adotar medidas de abertura da economia após as restrições impostos pela pandemia do novo coronavírus. O país, até o momento, conta com o maior número de casos da Covid-19. Mais de 1,8 milhão e o número de mortos passa dos 100 mil.

4. Noticiário político

Em destaque no radar político, de acordo com o G1, o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou o pedido de partidos para que fossem apreendidos celulares do presidente Jair Bolsonaro e do filho, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).

Ainda no noticiário, o presidente brasileiro comunicou pelo Twitter que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, convidou o Brasil para participar da cúpula do G7 deste ano. O grupo reúne as maiores economias do mundo ocidental (EUA, Alemanha, Canadá, França, Reino Unido e Itália) e o Japão. O encontro estava previsto para ocorrer em junho, mas, devido à pandemia do novo coronavírus, Trump anunciou que ele poderá ocorrer em setembro ou novembro.

Também na noite de ontem, perfis no Twitter que dizem pertencer ao grupo hacker Anonymous Brasil divulgaram supostos dados pessoais de Bolsonaro, seus filhos Carlos, Eduardo e Flávio, além de integrantes do governo e aliados do presidente, como a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, e o ministro da Educação, Abraham Weintraub. Uma das contas que vazou os dados foi suspensa minutos depois e o site onde estavam armazenadas as informações saiu do ar.

5. Panorama corporativo

E mais notícias têm potencial de movimentar os papéis da estatal de petróleo. A BR Distribuidora informou, em fato relevante, que recebeu R$ 35,5 milhões da Eletrobras referentes a uma dívida da estatal de energia.

Esses valores são referentes à 25ª da confissão de dívida da Eletrobras. Ao todo, já foram pagos R$ 4,4 bilhões.

A Petrobras divulgou, na segunda-feira, que iniciou a etapa de divulgação de oportunidade, também conhecida como “teaser”, para a venda de sua participação em cinco blocos de exploração de petróleo localizados na Bacia do Espírito Santos.

Já a Lojas Americanas vai emitir R$ 500 milhões em debêntures com prazo de vencimento em três anos. Os papéis serão remunerados a CDI mais 3% ao ano. E a Ser Educacional acessou um empréstimo de R$ 200 milhões junto à Caixa Econômica Federal.

E pela temporada de balanços, a companhia do setor de energia Alupar registrou no primeiro trimestre do ano um lucro líquido societário de R$ 179,1 milhões, uma queda de 55,3% na comparação com igual período do ano passado.

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