Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta sexta-feira

Cautela nas bolsas mundiais à espera de bateria de dados e fala de Trump; no Brasil, destaque para os dados do PIB do 1º tri

Equipe InfoMoney

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No exterior, a escalada da tensão entre China e Estados Unidos derruba as bolsas europeias e faz os futuros americanos operarem em queda. Os investidores aguardam a coletiva do presidente Donald Trump que prometeu falar “sobre a China”.

No Brasil, será divulgado o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, que deve apresentar um recuo de 1,5%.

Além disso, a crise política e a disseminação do coronavírus seguem no radar dos investidores.

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Na temporada de balanços, o varejo segue sendo um dos setores mais afetados pelas medidas restritivas geradas pelo coronavírus. A Lojas Marisa registrou no primeiro trimestre do ano um prejuízo líquido de R$ 107,1 milhões, ante R$ 32,4 milhões nos primeiros três meses de 2019.

Já a Cia. Hering registrou no primeiro trimestre do ano um lucro líquido de R$ 5 milhões, queda de 89,2% na comparação com igual período de 2019.

1. Bolsas mundiais

A escalada da tensão entre China e Estados Unidos derruba as Bolsas europeias e faz os futuros americanos operarem em queda. O temor do agravamento na relação entre as principais economias do mundo mitiga o otimismo causado pela reabertura da economia em diversos países.

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Na quinta-feira, o presidente dos Estados Unidos, afirmou que irá fazer uma coletiva de imprensa “sobre a China”, o que levantou temores sobre medidas de retaliação.

Os futuros do Dow Jones caem 0,58% e os do S&P 500 registram variação negativa de 0,49%.

Esse acirramento e a possibilidade de uma segunda onda de contágio pelo coronavírus fazem analistas avaliar se o atual preço das ações em está em um patamar adequado a esse cenário.

“Eu estou muito cautelosa com as perspectivas para médio e longo prazos nos mercados. Percebo que há uma desconexão muito grande entre as avaliações do mercado em todo mundo e os fundamentos das empresas”, disse, à Bloomberg, Kate Jaquet, gerente de portfólio da Seafarer Capital Partners.

Já na Europa, contribuiu de forma positiva durante a semana a expectativa de estímulos econômicos para dar suporte à região no momento em que se reinicia a retomada das atividades. Nesta sexta-feira, no entanto, o pregão é de perdas.

Veja o desempenho dos mercados, às 7h39

Nova York

*S&P 500 Futuro (EUA), -0,25%

*Nasdaq Futuro (EUA), -0,24%

*Dow Jones Futuro (EUA), -0,34%

Europa

*Dax (Alemanha), -1,00%

*FTSE 100 (Reino Unido), -0,87%

*CAC 40 (França), -0,79%

*FTSE MIB (Itália), -0,30%

Ásia

*Nikkei 225 (Japão), -0,18% (fechado)

*Hang Seng Index (Hong Kong), -0,74% (fechado)

*Shanghai SE (China), +0,22% (fechado)

*Petróleo WTI, -2,91%, a US$ 32,73 o barril

*Petróleo Brent, -2,32%, a US$ 34,47 o barril

**Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam em alta de 6,44%, cotados a 752.000 iuanes, equivalente hoje a US$ 105,31 (nas últimas 24 horas).
USD/CNY = 7,1405 (-0,07%)

2. Indicadores econômicos

Na agenda doméstica, o destaque fica para os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre de 2020.  Os dados de atividade serão revelados às 9h (horário de Brasília) desta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com a expectativa de uma queda expressiva de 1,5% na comparação com o quarto trimestre de 2019, de acordo com estimativa mediana da Bloomberg em consulta feita com 31 economistas. Na comparação anual, a expectativa é de queda de 0,3%.

A retração do primeiro trimestre reflete apenas o início das medidas de isolamento social adotadas para conter o avanço do coronavírus no país, que começaram na segunda quinzena de março.

Já o Banco Central, às 9h30, publica o relatório sobre as contas do setor público.

Nos Estados Unidos, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o BC americano), faz pronunciamento ao meio-dia.

Às 09h30, saem nos EUA dado de renda pessoal de abril, com estimativa de queda de 6,0%, assim como os dados de gastos pessoais de abril, com expectativa de queda de 12,8%. Atenção ainda aos números de estoques no atacado. Também serão divulgados os dados do PMI de Chicago de maio às 9h30 e do sentimento de Universidade Michigan às 11h.

3. Câmbio

Na noite de quinta-feira, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que a autarquia estava preparada para atuar de mais intensa no mercado de câmbio, mas que o real passou a se valorizar.

“Nós fizemos intervenções maiores, até estávamos preparados em algum momento para fazer uma intervenção maior, acabou que o câmbio voltou recentemente um pouco”, disse em transmissão pela internet realizada pelo BTG Pactual.

No ano, o dólar acumula uma alta de 34% e na quinta-feira fechou a R$ 5,3812. No dia 13, chegou aos R$ 5,90.

Apesar de estar preparado para intervir, Campos Neto reforçou que o câmbio é flutuante.

O presidente do BC falou ainda que mesmo com os juros baixos, em 3% ao ano, a política monetária não está esgotada.

4. Panorama político

A temperatura política em Brasília deverá continuar concentrando atenções. Após os ataques do presidente Jair Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF), que conduz o inquérito que investiga a propagação de fake news, os ministros da Corte se uniram na defesa da instituição.

Segundo o jornal “O Globo”, os magistrados acreditam que, apesar das agressões, não haverá uma ofensiva contra a Corte. Para eles, caso seja necessário reagir, o ideal é “não se igualar” aos que os atacam.

O governo também lida com a crise causada pela pandemia do coronavírus. O posto de ministro da Saúde segue vago e o pais alcançou, na quinta-feira, o total de 26.754 mortes causadas pela Covid-19.

5. Noticiário corporativo

O varejo segue sendo um dos setores mais afetados pelas medidas restritivas geradas pelo coronavírus. A piora dos resultados têm sido mais intensa nas empresas desse segmento.

A Lojas Marisa registrou no primeiro trimestre do ano um prejuízo líquido de R$ 107,1 milhões, antes R$ 32,4 milhões nos primeiros três meses de 2019.

A receita líquida somou entre janeiro e março R$ 571,7 milhões, uma queda de 5,4%. O desempenho do canal de venda eletrônico contribuiu para amenizar à queda das vendas nas lojas físicas a partir de meados de março. O aumento foi de 47,3%.

Já a Cia. Hering registrou no primeiro trimestre do ano um lucro líquido de R$ 5 milhões, queda de 89,2% na comparação com igual período de 2019.

A empresa informou que cerca de 30% de suas lojas estão abertas atualmente e que as operações fabris foram parcialmente retomadas.

Já a fabricante de móveis Unicasa, dona das marcas Dell Anno e Favorita, teve prejuízo de R$ 108 milhões, ante R$ 2,973 bilhões de lucro em igual período do ano passado.

No caso da Cosan Logística, prejuízo líquido foi de R$ 80 milhões no primeiro trimestre do ano, ante lucro de R$ 7 milhões em igual período do ano passado.

A Eletrobras, por fim, reportou lucro líquido de R$ 306,83 milhões no primeiro trimestre de 2020, o que representa queda de 77,23% na comparação com o lucro líquido de R$ 1,347 bilhão de igual período do ano anterior.

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