Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta sexta-feira

Bolsas mundiais têm sessão mista entre avanço do coronavírus e expectativa por estímulos; notícias sobre auxílio emergencial e mais destaques

Equipe InfoMoney

(Getty Images)

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Os investidores tentam se equilibrar entre os temores de uma segunda onda do novo coronavírus e as expectativas de retomada da economia. Nesta sexta-feira (26), a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, afirmou que o pior da crise já ter passado contribui para esse otimismo.

A notícia ajuda na valorização das Bolsas europeias.

No Brasil, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que irá prorrogar o auxílio emergencial, mas com parcelas menores. A medida deve elevar ainda mais os gastos do governo, mas em uma proporção menor do que a primeira rodada de ajuda às pessoas que perderam a renda durante a crise econômica decorrente da pandemia do novo coronavírus.

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No cenário corporativo, o Banco Carrefour recebeu aval para operar como banco comercial e a Azul afirma que o acordo com a Latam não coloca um fim à concorrência entre as duas companhias aéreas.

1. Bolsas mundiais

Os mercados europeus operam em terreno positivo nesta sexta mesmo com o ressurgimento de casos do novo coronavírus em alguns países. As declarações da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, sobre o pior da crise já ter passado contribuem para esse otimismo.

“Provavelmente já ultrapassamos o ponto mais baixo, e digo com alguma apreensão, porque é claro que podemos ter uma segunda onda”, disse Largarde em conferência virtual do “Northern Light Summit”.

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Ela afirmou ainda que o não mundo será o mesmo após a pandemia e que é necessário será “extremamente atentos aos que são mais vulneráveis”.

O DAX, de Frankfurt, sobe 1,03%.

Já nos Estados Unidos, o sentimento é um pouco diferente e isso se reflete na negociação dos futuros de Nova York, com o Dow Jones operando em queda.

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Com o ressurgimento dos casos de coronavírus em regiões que reabriram sua economia, foram registrados mais de 37 mil casos de Covid-19 nos Estados Unidos em um só dia, o maior número já registrado. A maior economia do mundo tem mais de 2,4 milhões de contaminados.

Os governadores de alguns estados norte-americanos revertem planos de reabrir as atividades após país ter o maior salto em casos de coronavírus. A cidade de NY, contudo, ruma para acionar mais uma etapa de reabertura em 6 de julho, que incluirá aval para refeições dentro de restaurantes, esportes em equipe e serviços de beleza.

Apesar do avanço do vírus, os investidores se apoiam na expectativa de suporte do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) caso necessário.

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“O Fed apoiará o mercado de uma forma ou outra. Acredito que teremos mais alguns mergulhos (dos mercados). É incrível. O mercado não se preocupa com fundamentos ou ganhos nesse momento, eles se preocupam apenas com a pandemia”, disse, à Bloomberg, Sandy Villere, gerente de portfólio da Villere & Co..

*Veja o desempenho dos mercados, às 7h39 (horário de Brasília):

Nova York

Europa

Ásia

2. Agenda

O Banco Central (BC) divulga, às 8h30, os dados de crédito e política monetária referente ao mês de maio. Nesse mesmo relatório, será possível saber o comportamento da inadimplência.

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Nos Estados Unidos, as informações sobre gastos pessoais serão divulgadas às 9h30 (horário de Brasília) e, no mesmo horário, o índice de preços PCE referente ao mês de maio.

Às 11h, a Universidade de Michigan divulga o índice de confiança do consumidor de junho.

No InfoMoney

Na agenda do InfoMoney, às 15h30, o professor Arthur Vieira de Moraes discute o novo cenário de investimentos para FIIs que investem em empreendimentos imobiliários físicos, os chamados fundos de “tijolo”, no programa Fundos Imobiliários. Para isso, conversa com três gestores da Rio Bravo: Alexandre Rodrigues (sócio e gestor dos fundos de lajes corporativas), Felipe Rosa (gestor do fundo residencial) e Everton Carajeleascow (gestor dos fundos de varejo). O programa será transmitido no Youtube do InfoMoney.

3. Saneamento básico

A aprovação do novo marco regulatório para o saneamento básico animou potenciais investidores, segundo reportagem do jornal “Folha de S.Paulo”.

Além dos operadores tradicionais, fundos americanos, como o Macquarie, canadenses e do Oriente Médio já teriam contratado assessorias técnicas para avaliar as oportunidades do segmento.

Entre estrangeiros, há ainda grupos como o espanhol Acciona e os chineses CGGC (Grupo Gezhouba) e CREC 4 (Grupo CTCE), interessados em concessões no ramo.

4. Auxílio emergencial

O presidente Jair Bolsonaro confirmou que o auxílio emergencial deve ser prorrogado por mais três meses, mas será reduzido gradualmente para parcelas de R$ 500, R$ 400 e R$ 300.

Inicialmente, o auxílio proposto pelo governo em março era de R$ 200, mas o Congresso alterou a medida provisória e elevou o valor.

A prorrogação no formato apresentado pelo presidente pode gerar um impacto negativo de até R$ 100 bilhões aos cofres federais. Até o momento, o governo já liberou R$ 152 bilhões para o pagamento das três primeiras parcelas, segundo o jornal “Folha de S.Paulo”.

A declaração do presidente foi feita durante transmissão em redes sociais. Ao lado de Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, reafirmou que a economia brasileira deve surpreender e se recuperar mais rápido que os demais países.

Para o ministro, o Fundo Monetário Internacional (FMI) vai errar sua estimativa de retração de 9,1% para a atividade brasileira neste ano.

“A previsão do FMI, por exemplo, é de queda de mais de 9%. Eu acho que eles vão errar. Eu acho que pode ser menos do que isso”, disse.

Ainda no radar político, o Datafolha apontou que a popularidade do presidente Jair Bolsonaro ficou estável na semana seguinte à prisão do ex-assessor de sua família Fabrício Queiroz. Segundo pesquisa do Datafolha, Bolsonaro manteve sua aprovação em 32%, o mesmo índice do fim de maio (33%). A rejeição ao governo é de 44%, ante 43% da rodada anterior, enquanto os que avaliam Bolsonaro como regular estacionaram nos 23% (eram 22%).

5. Panorama corporativo

O Banco Carrefour, controlado pelo Carrefour Brasil, recebeu autorização do Banco Central para operar como um banco múltiplo, segundo o jornal “O Estado de São Paulo”. A partir de agora, a instituição poderá oferecer novos produtos como investimentos, previdência privada e novas opções de crédito.

O primeiro passo dessa autorização é que o banco agora pode fazer todo o processamento das cobranças internamente, desde a emissão de boletos até a liquidação dos pagamentos.

Já o presidente da Azul, John Rodgerson, afirmou que é errada a ideia de que o governo irá dar recursos ao setor aéreo. “Eles estão dando dinheiro com um grande retorno, com juros, e estão salvando imposto para o futuro”, disse, segundo reportagem do jornal “Folha de S.Paulo”.

O executivo afirmou ainda que o compartilhamento de voos anunciados entre Latam e Azul é só uma estratégia para salvar a indústria e não encerra a rivalidade da dupla.

A Forjas Taurus, por sua vez, conseguiu junto aos credores uma carência para posterior reescalonamento de suas dívidas. Esse “waiver”, que é a dispensa do cumprimento de uma obrigação, dispensa do pagamento de prestações de junho de 2020 até 31 de agosto de 2020

Com isso, a companhia faz um novo aditamento para sua dívida e reescalonamento do pagamento do principal, que ocorreria em junho de 2020, no valor aproximado de R$ 123 milhões. “O montante será adequado ao fluxo de caixa futuro da companhia e diluído nos próximos 31 meses”, informou, em comunicado.

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