Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta sexta-feira

Cautela no exterior continua com investidores monitorando coronavírus e possível novo plano de estímulo nos EUA

Equipe InfoMoney

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As bolsas mundiais estão em queda nesta manhã, enquanto os investidores monitoram os casos de coronavírus na Europa e esperam definições sobre um novo pacote de estímulos à economia dos Estados Unidos.

No Brasil, integrantes do governo pediram ontem a suspensão da votação sobre a prorrogação do seguro-desemprego para quem foi demitido durante a pandemia da covid-19. Segundo o Estadão, a equipe econômica não é contra a medida, mas solicitou um prazo de 15 dias para apresentar uma nova proposta.

Também chama atenção um projeto de lei apresentado pelo Judiciário ao Congresso, permitindo tirar mais de R$ 500 milhões do teto de gastos.

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No noticiário corporativo, os acionistas da Tecnisa rejeitaram as mudanças propostas pela Gafisa para unir as duas empresas. Além disso, a Vulcabras Azaleia aprovou o licenciamento da marca Azaleia à Grendene pelo período de três anos. Ao mesmo tempo, a oferta de ações da Melnick Even foi precificada em R$ 8,50 por ação. O valor é o piso da faixa indicativa de preço, que ia até R$ 12,50.

1. Bolsas mundiais

As bolsas mundiais começaram o dia mistas, mas foram para o território negativo, enquanto os investidores continuam a monitorar o desenvolvimento do coronavírus na Europa e as perspectivas de recuperação econômica.

Na Europa, o índice Euro Stoxx cai 0,59%. O DAX, da Alemanha, cai 1,24%, enquanto o CAC, de Paris, recua 1,29% e FTSE MIB, da Itália, cai 1,12%. Ao mesmo tempo. o FTSE 100, de Londres, perde 0,36%.

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Nos Estados Unidos, os futuros de Wall Street também caem. Na véspera, o mercado local viu pequenas altas, depois de sofrer perdas nos dias anteriores. Os futuros do S&P 500 perdem 0,30%, assim como os do Dow Jones, que também recuam 0,30%. Os futuros da Nasdaq têm queda de 0,32%

No país, a expectativa sobre novos estímulos à economia é o principal foco de atenção dos investidores. Os democratas estão preparando um pacote de US$ 2,4 trilhões que pode ser votado na semana que vem, segundo a CNBC. A medida incluiria apoio a empresas aéreas e maior auxílio-desemprego, mas o valor é bem maior do que os republicanos disseram apoiar.

Na Ásia, o mercado operou misto. No Japão, o Nikkei subiu 0,51%, enquanto o Kospi, da Coreia do Sul, avançou 0,27%. Já o índice Hang Seng, de Hong Kong, registrou queda de 0,32% e o Shangai SE, da China, caiu 0,12%.

No mercado de commodities, os futuros de minério de ferro caem 0,20% na bolsa de Dalian, a 764.500 iuanes. O petróleo mostra avanço nos preços, com o WTI subindo 0,12% e o Brent em alta de 0,26%.

*Veja o desempenho dos mercados, às 7h07 (horário de Brasília):

Nova York

*S&P 500 Futuro (EUA), -0,30%
*Nasdaq Futuro (EUA), -0,32%
*Dow Jones Futuro (EUA), -0,30%

Europa

*Dax (Alemanha), -1,27%
*FTSE 100 (Reino Unido), -0,40%
*CAC 40 (França), -1,29%
*FTSE MIB (Itália), -1,11%

Ásia

*Nikkei (Japão),+0,51% (fechado)
*Kospi (Coreia do Sul), +0,27% (fechado)
*Hang Seng Index (Hong Kong), -0,32% (fechado)
*Shanghai SE (China), -0,12% (fechado)

*Petróleo WTI, +0,12%, a US$ 40,36 o barril
*Petróleo Brent, +0,24%, a US$ 42,04 o barril

**Contratos futuros do minério de ferro para janeiro de 2021 negociados na bolsa de Dalian fecharam em queda de 0,20%, cotados a 764.500 iuanes, equivalente hoje a US$ 112,12 (nas últimas 24 horas).
USD/CNY = 6,81851

*Bitcoin, US$ 10.635,80, +2,85%

2. Agenda

Os investidores acompanham hoje a sondagem da Construção de setembro, que será divulgada pela FGV às 8h. No mesmo horário, a instituição revela o INCC-M. O Banco Central divulga, às 9h30, dados de transações correntes.

Nos EUA, o Departamento de Comércio divulga os dados de encomendas de bens duráveis em agosto às 9h30, enquanto John Williams, presidente distrital do Fed de Nova York,  participa de evento às 10h.

3. Teto de gastos

No noticiário nacional, integrantes do governo pediram ontem a suspensão da votação sobre a prorrogação do seguro-desemprego para quem foi demitido durante a pandemia da covid-19. Segundo o Estadão, a equipe econômica não é contra a medida, mas solicitou um prazo de 15 dias para apresentar uma nova proposta. O projeto prevê a prorrogação do pagamento do seguro por mais duas parcelas.

O custo de cada parcela adicional é de R$ 8,35 bilhões. A proposta das centrais sindicais é pagar duas parcelas adicionais, o que levaria a uma despesa extra de R$ 16,7 bilhões.

Também chama atenção um projeto de lei apresentado pelo Judiciário ao Congresso, permitindo tirar mais de R$ 500 milhões do teto de gastos. Segundo a Folha de S.Paulo, a autoria é do Conselho Nacional de Justiça.

O projeto propõe que as receitas recolhidas com as custas processuais sejam usadas pela Justiça fora do limite estabelecido pela norma. Em 2018, a Justiça Federal e do Trabalho recolheram R$ 576,3 milhões em custas. Ainda segundo o jornal, a ideia foi recebida com surpresa pelo Ministério da Economia, que avalia que o texto é inconstitucional.

Além disso, outro destaque é o plano do ministro da economia, Paulo Guedes, de cortar contribuições do Sistema S e do Simples Nacional. A ideia faz parte do pacote de medidas que inclui a criação de uma nova CPMF para permitir a desoneração da folha de pagamentos.

No caso do Sistema S, Guedes pretende reduzir em 40% as alíquotas que as empresas pagam sobre cada salário acima de um salário mínimo, segundo a Folha de S.Paulo. Para quem ganha até esse patamar, a contribuição seria suspensa. Com o corte planejado, a alíquota média cairia de 2,5% para 1,5%. Esse patamar está acima do corte idealizado no passado pelo ministro, que cogitava algo em torno de 30%. Por ano, essa arrecadação gera cerca de R$ 17 bilhões.

4. IPOs

Ontem, o IPO da Caixa Seguridade foi suspenso. No dia anterior, o banco BR Partners desistiu da sua oferta. Além disso, seis empresas já tinham reduzido o piso da faixa de preço inicial das suas ações. Segundo o Valor Econômico, agora as empresas estudam suspender ou reduzir volumes diante de excesso de ofertas e volatilidade.

Outro destaque é que o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) vai liberar US$ 750 milhões, cerca de R$ 4 bilhões, para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) oferecer linhas de crédito a mais de 11 mil micro, pequenas e médias empresas. Segundo o G1, em contrapartida, o BNDES aporta o valor de US$ 150 milhões, totalizando quase R$ 5 bilhões para o programa. O objetivo é apoiar esses negócios em meio à crise gerada pela pandemia do coronavírus.

Ontem, o governo federal editou uma medida provisória para liberar R$ 2,5 bilhões para o País aderir ao Covax Facility, consórcio global de governos e fabricantes para impulsionar o desenvolvimento de vacinas contra a covid-19. Segundo O Estado de S.Paulo a medida permitirá ao Brasil comprar vacinas para imunizar 10% da população até o final de 2021, o que permite atender populações consideradas prioritárias.

Além disso, o presidente Bolsonaro passará hoje por uma cirurgia para a retirada de um cálculo na bexiga. O procedimento deve ocorrer no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Segundo a Folha de S.Paulo, ele deve voltar a Brasília no sábado.

5. Radar corporativo

No noticiário corporativo, os acionistas da Tecnisa rejeitaram as mudanças propostas pela Gafisa para unir as duas empresas. Além disso, a Vulcabras Azaleia aprovou o licenciamento da marca Azaleia à Grendene pelo período de três anos.

Ao mesmo tempo, a oferta de ações da Melnick Even foi precificada em R$ 8,50 por ação. O valor é o piso da faixa indicativa de preço, que ia até R$ 12,50. A Tenda anunciou o pagamento de dividendos, enquanto a Vale anunciou a remuneração de debenturistas.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) de São Paulo rejeitou uma série de denúncias apresentadas contra o Magazine Luiza, acusando a varejista de racismo por ter criado um programa de trainees voltado exclusivamente para pessoas negras, segundo O Globo.

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