Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta sexta-feira

Bolsas sobem com investidores atentos a balanços e medidas da China para conter o coronavírus; Caged e Campos Neto em destaque no Brasil

Equipe InfoMoney

(Shutterstock)

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Os futuros de Nova York estão em alta e Wall Street deve ter hoje uma abertura em terreno positivo, após o balanço da Intel e de outras empresas, divulgados ontem, terem injetado otimismo nos mercados.

As bolsas de valores da Europa abriram e operam em alta, enquanto na Ásia, com o começo do feriado do Ano Novo Lunar chinês, os mercados operaram parcialmente. Embora a OMS tenha descartado um alerta por causa do surto do coronavírus na China, o número de pessoas contaminadas subiu para 850 e o de pessoas mortas, para 25. Os mercados, contudo, parecem ter superado os temores de uma pandemia mundial e se preparam para uma sessão de ganhos. Confira os destaques da sessão desta sexta-feira (24):

1. Bolsas mundiais

Os futuros de Nova York estão em terreno positivo e apontam para uma abertura em alta, com os investidores repercutindo positivamente as medidas da China para conter o coronavírus (apesar das incertezas sobre o contágio) e com a divulgação dos resultados de empresas como American Express e Intel, este último bem acima das expectativas e que gerou certo otimismo nos mercados. Na Europa, as bolsas abriram e operam em alta, tentando recuperar as perdas das últimas sessões.

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Na Ásia, Xangai não abriu com o começo do feriado do Ano Novo Lunar chinês, enquanto Hong Kong funcionou com horário reduzido. Após a OMS ter descartado ontem um alerta mundial por causa do surto do coronavírus na China, uma certa calma parece ter voltado aos mercados.

Hoje, o governo chinês informou que o número de pessoas infectadas subiu para 850, bem como o de mortos pelo vírus, para 25 pessoas. Japão e Coreia do Sul confirmaram cada país o segundo caso.

O petróleo WTI tem leve alta esta manhã, mas caminha para fechar semana com queda intensa; minério de ferro caminha para baixa semanal com China; cobre sobe e níquel cai em Londres.

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Veja o desempenho dos mercados, às 7h38 (horário de Brasília):

Nova York
*S&P 500 Futuro (EUA), +0,20%
*Nasdaq Futuro (EUA), +0,30%
*Dow Jones Futuro (EUA), +0,19%

*Dax (Alemanha) , +1,29%
*FTSE (Reino Unido), +1,62%
*CAC 40 (França), +1,32%
*FTSE MIB (Itália), +1,16%

*Hang Seng (Hong Kong), +0,15% (fechado)
*Xangai (China), (Feriado – sem sessão)
*Nikkei (Japão), +0,13% (fechado)
*Kospi (Coreia do Sul), -0,93% (fechado)

*Petróleo WTI, +0,14%, a US$ 55,67 o barril
*Petróleo Brent, +0,16%, a US$ 62,14 o barril

**Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam com queda de 2,33%, cotados a 649,500 iuanes, equivalentes a US$ 97,65 (nas últimas 24 horas). USD/CNY= 6,9348 (-0,14%)
*Bitcoin, US$ 8.295,00, -1,17%

2. Indicadores 

No Brasil, a FGV publica às 8h a sua pesquisa Confiança do Consumidor Brasileiro, relativa a janeiro. Mais tarde, às 10h, o governo federal deve publicar o Caged, pesquisa de emprego. O Brasil deve ter perdido 324.000 vagas formais de emprego em dezembro, segundo estimativa mediana em pesquisa Bloomberg, após criar 99.232 vagas na medição anterior e fechar dezembro de 2018 com perdas de 334.462 vagas.

Destaque da agenda é palestra de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, em São Paulo, após sua entrevista ao Valor ontem mostrar tranquilidade com inflação e elevar apostas em corte da Selic.

Nos Estados Unidos, a Markit publica o seu índice composto da atividade econômica para janeiro às 16h45.

3. “Imposto do pecado” e reforma tributária

O Ministério da Economia estuda elevar os impostos sobre cigarros, bebidas alcoólicas, refrigerantes e alimentos com açúcar, disse ontem em Davos o ministro Paulo Guedes, que apelidou a iniciativa de “imposto do pecado”. “Estou doido para elevar o imposto do açúcar. Pedi para simular tudo”, afirmou Guedes durante o Fórum Econômico Mundial na Suíça. Países europeus já taxam mais pesadamente os refrigerantes e alimentos com excesso de açúcar, embora nos Estados Unidos isto ainda não ocorra.

Em Davos, Guedes disse ainda que começa a enviar reforma tributária ao Congresso em duas ou três semanas. O ministro acredita que a aprovação da reforma saia ainda este ano.

4. Noticiário político

O presidente Jair Bolsonaro estuda retirar da pasta do ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) as políticas de combate à criminalidade, informa o jornal O Estado de S. Paulo. Com isto, ocorreria um esvaziamento do ministério e Moro perderia o controle da Polícia Federal. A criação da pasta de Segurança faz parte da proposta de secretários estaduais. Segundo o Estadão, interlocutores de Moro têm aconselhado o ministro a deixar o governo federal, caso Bolsonaro decida executar as mudanças.

Ao chegar à Índia, contudo, o presidente recuou e disse que a chance de recriar a pasta da Segurança Pública é “zero”. “O Brasil está indo muito bem. Segurança pública, os números indicam que está indo no caminho certo, e a minha máxima é: em time que está ganhando não se mexe”, afirmou.

Ainda em destaque, o procurador-geral da República, Augusto Aras, anunciou ontem (23) que a subprocuradora Lindora Maria Araújo será a nova coordenadora do grupo de trabalho (GT) da Operação Lava Jato na procuradoria. A confirmação foi feita após o chefe anterior da equipe, o procurador José Adonis Callou de Araújo Sá, pedir demissão por divergências com Aras.

Além de Lindora, farão parte da nova equipe os procuradores Wladmir Aras e Raquel Branquinho, que atuaram na Lava Jato durante os mandatos dos então procuradores Rodrigo Janot e Raquel Dodge. Ao todo, o grupo será composto por oito procuradores.

5. Noticiário corporativo

A CSN informou que venderá US$ 1 bilhão (R$ 4,16 bilhões) em notes nos Estados Unidos, com vencimento para 2028. Segundo a siderúrgica, o dinheiro levantado com a operação será usado no pagamento de outras notes emitidas pela empresa no passado e que vencem em 2020. Já a Petrobras comunicou que iniciou a fase não vinculante para a venda da sua participação na BSBios, produtora de biocombustível no Sul do Brasil.

A Minerva, por sua vez, comunicou que a oferta de ações da companhia movimentou R$ 1,235 bilhão a um preço de R$ 13, ou desconto de 8,90% frente o fechamento de quinta-feira.

(Com Agência Brasil)

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