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As bolsas de valores da Europa abriram em alta nesta sexta-feira e os futuros do petróleo têm leve avanço, após o governo chinês informar que a produção industrial cresceu 3,9% em abril, acima das projeções de 1,5%. As bolsas da Ásia fecharam muito próximas à estabilidade, enquanto os futuros de Nova York têm leve alta. No Brasil, o Banco Central publica às 9h o IBR-Br de março e a temporada de balanços trimestrais chega ao último dia oficial. Contudo, vale destacar, diversas companhias divulgarão balanço após esta data.
Na noite de ontem, a Petrobras reportou um prejuízo de R$ 48 bilhões, enquanto CSN, JBS, Suzano, B3, Localiza e diversas outras também divulgaram resultado. Confira os destaques:
1. Bolsas mundiais
As bolsas de valores da Europa abriram em alta nesta sexta-feira, em parte motivadas pelo indicador positivo da produção industrial chinesa, que cresceu 3,9% em abril (acima das projeção de 1,5%), em parte pela reabertura das economias com a epidemia da Covid-19 dando sinais que enfraqueceu na Zona do Euro. Contudo, vale destacar, as vendas no varejo na China caíram 7,5%, mais que estimativa de queda de 6%. As bolsas da Ásia fecharam muito próximas à estabilidade, enquanto os futuros de Nova York estão em avanço modesto.
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O S&P futuro também opera em alta moderada, sugerindo o encerramento mais calmo de uma semana marcada por fortes quedas nos EUA diante da visão pessimista do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, sobre economia americana. O mercado ainda tenta superar receios de que a pandemia tenha uma segunda onda e que o vírus reviva os piores cenários da relação EUA-China.
Os futuros do petróleo estão em leve alta, impulsionados pelo indicador industrial chinês de abril – a China é a maior importadora de petróleo do mundo -, além de cortes de produção e melhora da demanda.
O minério de ferro sobe a US$ 90 a tonelada pela primeira vez desde março, à medida que os investidores se preocupam cada vez mais com o impacto da pandemia nos embarques brasileiros com o país se tornando um novo epicentro global da doença. O surto de vírus no estado do Pará é particularmente preocupante para o mercado da commodity.
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Veja o desempenho dos mercados, às 7h39 (horário de Brasília):
Nova York
*S&P 500 Futuro (EUA), +0,15%
*Nasdaq Futuro (EUA), +0,40%
*Dow Jones Futuro (EUA), +0,18%
Europa
*Dax (Alemanha), +1,89%
*FTSE (Reino Unido), +1,25%
*CAC 40 (França), +1,01%
*FTSE MIB (Itália), +0,90%
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Ásia
*Nikkei (Japão), +0,62% (fechado)
*Kospi (Coreia do Sul), +0,12% (fechado)
*Hang Seng (Hong Kong), -0,14% (fechado)
*Xangai (China), -0,07% (fechado)
*Petróleo WTI, +1,92%, a US$ 28,09 o barril
*Petróleo Brent, +2,18%, a US$ 31,91 o barril
**Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam em alta de +3,33%, cotados a 668.000 iuanes, equivalentes hoje a US$ 94,05 (nas últimas 24 horas). USD/CNY= 7,1023 (-0,10%)
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*Bitcoin, US$ 9.614,79 -1,97%
2. Indicadores econômicos
O Banco Central do Brasil publicará às 9h o IBC-Br de março, indicador que deve mostrar como a economia refletiu o impacto inicial da chegada da epidemia da Covid-19 no país, a partir de meados do mês. O índice, considerado referência mensal para o PIB, deve ter registrado queda de 5,95% em março na comparação mês a mês, segundo estimativa mediana nem pesquisa Bloomberg, depois da alta de 0,35% na medição anterior.
No mercado de câmbio nacional, o BC ampliou na véspera as intervenções quando o dólar ameaçava buscar R$ 6,00, levando alguns analistas a cogitarem uma dinâmica mais ativa da instituição.
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Na Europa, o Eurostat publicou o resultado consolidado do PIB no 1º trimestre, com queda de 3,3% na União Europeia e de 3,8% na Zona do Euro. Os resultados vieram em linha com as projeções. O governo alemão publicou que o PIB da Alemanha recuou 2,2% no 1º trimestre.
Nos Estados Unidos serão publicados uma série de indicadores a partir das 9h30: vendas no varejo em abril, produção industrial em abril e o índice Empire State de atividade industrial no Estado de Nova York – maio. No Michigan, será publicado às 11h o índice de confiança do consumidor em maio.
3. Política
A transcrição fornecida pela Advocacia Geral da União (AGU) da fatídica reunião ministerial de 22 de abril mostra que o presidente Jair Bolsonaro, ao contrário do que declarou, cita em voz a Polícia Federal, ao dizer que iria interferir na atuação da polícia judiciária nacional. O mandatário classifica como “vergonha” não ter acesso a informações de órgãos de inteligência e avisa: “Por isso, vou interferir. Ponto final”, de acordo com jornais O Globo, Estadão e Folha de S. Paulo. A transcrição foi entregue ontem ao Supremo Tribunal Federal (STF), que investiga a denúncia do ex-ministro e ex-juiz Sergio Moro.
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Em videoconferência na tarde de ontem com empresários da Fiesp, Bolsonaro incitou a entidade a enfrentar o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e lutar contra um possível “lockdown” (tranca-rua), que pode ser declarado hoje pelo governador para frear a epidemia do coronavírus, que já matou mais de 4 mil pessoas em São Paulo e 13,9 mil no Brasil. Doria pediu a Bolsonaro que abandone o “discurso de ódio” e “comece a ser um líder”.
Por outro lado, Bolsonaro reúne-se com Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, e diz que vivem em harmonia, indicando um alívio na tensão política que vinha preocupando os investidores. Maia teria sugerido debate do veto ao reajuste com governadores e defendido reformas no pós-crise.
Ainda do lado fiscal, o Ministério da Economia recomenda dois vetos a projeto de ajuda a estados. A permissão para reajustes salariais aprovada pelo Congresso tem perda potencial de R$ 120 bilhões nos próximos 18 meses, segundo a nota do ministério.
4. Mercado de trabalho
O governo federal estima que o Brasil encerrará 2020 com a perda de 3 milhões de postos de trabalho formais, informa o jornal O Globo. Se a projeção for confirmada, será a maior destruição de vagas com carteira assinada da história recente do Brasil, e o mercado formal voltará aos patamares de 2010. Na recessão entre 2015 e 2017, foram destruídas 2,9 milhões de vagas formais.
5. Noticiário corporativo
O noticiário corporativo é movimentado, com destaque para a Petrobras, mas atenção também para os números de Suzano, B3, JBS, CSN, entre outras companhias (veja mais clicando aqui).
A Localiza, maior locadora de carros do país e que teve lucro líquido de R$ 230 milhões no 1º trimestre, informou que o aluguel e a venda de seminovos despencaram do 1º trimestre para abril, com a taxa de utilização caindo de 78,2% para 53%, enquanto a diária média recuou de R$ 69,22 para R$ 47,00. A empresa disse que tem R$ 2 bilhões no caixa para atravessar a crise provocada pela epidemia. Já a Light, concessionária de energia no Rio, informou que alocará R$ 315,3 milhões dos dividendos de 2019, que deveriam ser pagos aos acionistas, mas irão para o caixa da empresa para atravessar a recessão.
Ainda haverá a estreia das ações da Allpark/Estapar no Novo Mercado da B3.
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(Com Agência Estado e Bloomberg)