B3 lucra R$ 1 bi no 1º tri, alta de 69%; prejuízos bilionários de JBS, Suzano e CSN e mais balanços

Confira os destaques dos resultados corporativos

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – A temporada de resultados é bastante movimentada. Além de Petrobras (PETR3;PETR4), o destaque fica para os números da B3 (B3SA3), que teve expressiva alta do lucro, o forte prejuízo da Suzano (SUZB3) e CSN (CSNA3) e a queda do lucro da Cyrela (CYRE3). Confira os balanços abaixo:

B3 (B3SA3)

A B3 registrou lucro líquido de R$ 1,02 bilhão no primeiro trimestre de 2020, alta de 69,1% frente os R$ 606,1 milhões em igual período do ano passado. Já o lucro recorrente teve alta de 57%, a R$ 1,156 bilhão.

A receita líquida, por sua vez, totalizou R$ 1,91 bilhão, 38% superior frente os R$ 1,378 bilhão nos primeiros três meses de 2019. Enquanto isso, o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) teve alta de 61,6%, a R$ 1,569 bilhão, levando a margem Ebitda (Ebitda/receita líquida) a subir 12 pontos percentuais, passando de 70,4% para 82,4%.

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“As incertezas geradas pela disseminação da Covid-19 durante o primeiro trimestre de 2020 provocaram intensa volatilidade nos mercados financeiros e de capitais mundiais. Nesse cenário turbulento, com aumento significativo de volume negociado nas plataformas de produtos listados e de balcão, testamos e demonstramos, sob condições extremamente adversas, a robustez de nossas plataformas tecnológicas e a solidez de nossos modelos de gerenciamento de risco como contraparte central. A gestão da B3 durante esse cenário de stress permitiu que cumpríssemos nosso papel de infraestrutura de mercado e garantindo aos clientes da B3 a realização de seus negócios com segurança”, afirmou a B3 em seu release de resultados.

Segundo destacou no documento Daniel Sonder, Vice-Presidente Financeiro, Corporativo e de Relações com Investidores, os altos volumes transacionados nos mercados, decorrentes da volatilidade intensa no trimestre, foram traduzidos em sólido desempenho financeiro e forte geração de caixa, com receitas totais de R$2,1 bilhões e lucro líquido recorrente de R$1,2 bilhão, refletindo alavancagem operacional.

No mercado de ações e instrumentos de renda variável listados, houve crescimento de 72,2% no volume financeiro médio diário negociado (ADTV) no mercado à vista de ações e de 70,3% no volume de contratos futuros de índice de ações. No mercado à vista, a alta reflete tanto o aumento de 12,4% da capitalização de mercado média quanto o maior giro de mercado, que atingiu 158,8% no trimestre.

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A B3 ainda vê capex no ano entre R$ 300 milhões e R$ 330 milhões e vê o payout de dividendo no ano 120% a 150%. Ainda vê depreciação e amortização no ano de R$ 1,03 bilhão a R$ 1,08 bilhão.

JBS (JBSS3)

A JBS passou de lucro para prejuízo no primeiro trimestre, afetada pela forte alta do dólar que atingiu o a linha financeira da companhia. A companhia teve prejuízo de R$ 5,9 bilhões no primeiro trimestre de 2020, revertendo lucro de R$ 1,09 bilhão do mesmo período do ano passado.

Isso porque houve resultado negativo de R$ 8,2 bilhões na linha “variações cambiais ativas e passivas”, que também tinha ficado no vermelho, mas em R$ 172 milhões, em igual período de 2019.

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A receita líquida, por outro lado, subiu 27,3%, a R$ 56,5 bilhões, com destaque para JBS USA Beef (+21,8%), Pilgrim’s Pride (+33,5%), impactadas pela variação cambial, e Seara (+39%). O Ebitda ajustado, por sua vez, subiu 22,6%, a R$ 3,9 bilhões.

A JBS comentou que os efeitos da pandemia, como interrupções na cadeia de suprimentos e escassez de mão de obra “podem impactar unidades produtivas, gerando redução no processamento de proteínas, bem como impactando o preço da matéria prima”.

A empresa adotou férias coletivas entre 19 março e 9 de abril em algumas unidades, enquanto a unidade de processamento de frango da Seara em Passo Fundo (RS) teve as operações suspensas em 24 de abril.

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“Nesse trimestre os impactos decorrentes destas ações não são representativos nos números e indicadores consolidados e, para os futuros trimestres, ainda estão sendo apurados pelas respectivas unidades de negócio”, destaca no release de resultados.

Nos Estados Unidos, a JBS USA suspendeu temporariamente as atividades em algumas plantas, mas já retomando as operações. Nos demais mercados fora do Brasil, a JBS disse que segue operando normalmente.

Com o efeito cambial, a dívida líquida foi de R$ 48,7 bilhões a R$ 57 bilhões, enquanto a alavancagem caiu de 3,2 vezes para 2,77 vezes, no comparativo anual. A companhia fechou março com R$ 18,5 bilhões em caixa.

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Suzano (SUZB3)

A companhia de papel e celulose Suzano encerrou o primeiro trimestre com um prejuízo líquido de R$ 13,42 bilhões, contra um resultado negativo de R$ 1,23 bilhão um ano antes.

Em release, a Suzano disse que o prejuízo maior foi explicado em grande parte pelo resultado financeiro negativo, que foi decorrente da variação cambial sobre a dívida e pelo resultado de operações com derivativos. Estes números foram parcialmente compensado pelo crédito de IR/CSLL diferido, impacto ainda parcialmente compensado pelo maior lucro operacional na comparação com ambos os trimestres.

A receita líquida, por sua vez, avançou 22% em um ano, passando de R$ 5,70 bilhões para R$ 6,98 bilhões. Já o Ebitda ajustado ficou em R$ 3,03 bilhões nos três primeiros meses do ano, uma alta de 10%.

A margem Ebitda teve um recuo de 5 pontos percentuais, passando de 48% para 43% entre o início de 2019 e 2020.

Segundo a companhia, houve uma alta de 65% na venda de celulose no primeiro trimestre ante o mesmo período do ano passado, para 2,86 milhões de toneladas, enquanto o preço médio da commodity no mercado externo recuou 34%, a US$ 469 por tonelada.

Sobre os efeitos do coronavírus, a companhia destacou quatro impactos: (i) significativo aumento na demanda por celulose em função principalmente do aquecimento do segmento de papéis sanitários; (ii) redução da demanda de papel de imprimir & escrever, o que levou a uma parada de produção nas unidades de Mucuri e Rio Verde; (iii) restrições de oferta pelo setor e alteração nos calendários de paradas programadas; e (iv) a forte desvalorização da moeda nacional frente ao dólar, que beneficia a geração de caixa da companhia.

CSN (CSNA3)

A CSN reverteu o lucro de R$ 87 milhões registrado ano passado e teve prejuízo líquido de R$ 1,31 bilhão no primeiro trimestre de 2020, em função principalmente de apontamentos não-operacionais e não-caixa como o hedge accounting e a perda de valor de mercado nas ações da Usiminas (USIM5).

Já o Ebitda ajustado atingiu R$ 1,331 bilhão no primeiro trimestre, versus R$ 1,580 milhões no quarto trimestre (queda de 16%) e R$ 1,724 bilhão no primeiro trimestre de 2019 (queda de 23%), em função da baixa produção de minério de ferro em virtude das chuvas, no entanto parcialmente compensado pela evolução gradativa do resultado na siderurgia. A margem Ebitda ajustada atingiu 24,1%, ou 0,6 ponto percentual superior na mesma base de comparação.

A dívida líquida consolidada atingiu R$32,804 bilhões, enquanto a relação dívida líquida/Ebitda atingiu
4,78 vezes, ou 1,01 vez maior em relação ao quarto trimestre. A evolução do endividamento foi afetada fortemente pela variação cambial, sem impacto em caixa, tendo em vista o prazo mais longo da dívida em dólares.

Já a receita líquida de vendas foi de R$ 5,33 bilhões, queda de 18% frente os R$ 6 bilhões de igual período do ano anterior.

A produção de minério de ferro somou 5,9 milhões de toneladas, 39% inferior ao mesmo período do ano anterior, em função da alta pluviometria na região e atrasos em novas frentes de lavra. Já o volume de vendas da siderurgia somou 1,14 milhão de toneladas, 2% superior ao quarto trimestre de 2019.

Sabesp (SBSP3)

A companhia de saneamento paulista Sabesp reverteu o lucro líquido de R$ 637,3 milhões registrados no primeiro trimestre de 2019 e registrou prejuízo de R$ 657,9 milhões no mesmo período deste ano.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado da companhia recuou 3,9% na comparação entre os períodos, de R$ 1,544 bilhão para R$ 1,483 bilhão. Já a margem Ebitda ajustada ficou em 36,7%, ante 39,8% no primeiro trimestre do ano passado. A receita operacional líquida avançou 4,2% no mesmo intervalo, para R$ 4,042 bilhões.

A Sabesp pontuou a “instabilidade econômica agravada pela covid-19”, com destaque para a desvalorização do real. De acordo com a companhia, as variações cambiais representaram impacto de R$ 1,796 bilhão nos empréstimos e financiamentos. Além disso, as perdas estimadas com créditos de liquidação duvidosa chegaram a R$ 149,7 milhões, a partir do aumento da inadimplência e da expectativa de maiores perdas futuras.

A receita operacional bruta cresceu 7,6%, de R$ 3,536 bilhões no primeiro trimestre de 2019 para os atuais R$ 3,803 bilhões. O indicador foi impulsionado pelo reajuste tarifário de 4,7%, a partir de maio de 2019; pelo aumento de 2,2% no volume faturado total, incluindo água e esgoto, além do início das operações em Santo André, cidade da região metropolitana de São Paulo. As operações em Santo André resultaram em R$ 80,1 milhões adicionais na receita operacional bruta na companhia, além de R$ 65 milhões adicionais em despesas.

Copel (CPLE6)

A Companhia Paranaense de Energia obteve um lucro líquido ajustado de R$ 593,9 milhões no 1º trimestre de 2020, uma expansão de 16,1% sobre igual período de 2019. O lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da estatal paranaense foi de R$ 1,23 bilhão, um avanço de 11,5% sobre o 1º trimestre de 2019. Já a receita líquida da Copel avançou 6,6% sobre o 1º trimestre do ano passado, para R$ 4,15 bilhões no 1º trimestre de 2020. A margem líquida da Copel recuou 5,3 pontos entre os dois períodos, para 12,3% no 1º trimestre deste ano.

Os resultados da Copel vieram um pouco mais fracos, na comparação com o 1º trimestre do ano passado, na Copel Geração e Transmissão (GeT). A unidade GeT teve queda de 3,7% no Ebitda, para R$ 613,5 milhões, por causa de fatores como um aumento nas provisões, de R$ 12,2 milhões (1º tri/19) para R$ 78,7 milhões (1º tri/20). Os custos com matéria-prima subiram para R$ 133,4 milhões, com o despacho da UTE de Araucária, movida a gás natural comprado da Petrobras.

Já o Ebitda da Copel Distribuição avançou 28,2% no 1º trimestre deste ano, para R$ 422,7 milhões. A venda de energia para o mercado cativo recuou 1,2% no trimestre, para 5,18 GWh, “como consequência da migração de clientes industriais para o mercado livre e do menor consumo na classe comercial, parcialmente compensado pelo crescimento de 1,3% no consumo residencial”, informou a empresa. A dívida líquida da Copel caiu de R$ 8,2 bilhões para R$ 7,8 bilhões no final do 1º trimestre de 2020. A relação dívida líquida sobre o Ebitda é de 1,9 vezes (1,9x).

Cyrela (CYRE3)

A construtora Cyrela reportou lucro líquido de R$ 48,235 milhões no primeiro trimestre de 2020. O valor representa queda de 21,44% na comparação com o lucro líquido de R$ 61,400 milhões de igual período do ano anterior.

A companhia registrou ainda lucro líquido atribuído aos controladores de R$ 27,934 milhões. O valor representa queda de 42,3% na comparação com o lucro líquido atribuído aos controladores de R$ 48,409 milhões em igual período do ano anterior.

O lucro bruto da Cyrela no primeiro trimestre somou R$ 261 milhões, uma alta de 4,8% frente ao mesmo período de 2019. A receita líquida caiu 7,4% na comparação anual, para R$ 765 milhões. A margem líquida caiu de 5,9% para 3,7%, na mesma base de comparação.

O resultado financeiro da construtora fechou o trimestre positivo em R$ 3 milhões, crescimento de 73,8% na comparação com o mesmo período do ano passado. A dívida líquida fechou março em R$ 839 milhões, queda de 1,4% em relação ao final de 2019. Assim, o nível de alavancagem da Cyrela, medido pela relação dívida líquida/patrimônio líquido, saiu de 16,4% para 16,1% em três meses.

CCR (CCRO3)

A CCR teve uma queda de 19% do lucro líquido no primeiro trimestre deste ano, a R$ 289,7 milhões. Já o Ebitda ajustado subiu 6,1%, a R$ 1,46 bilhão, enquanto a receita líquida teve alta de 8,2%, totalizando R$ 2,39 bilhão no período.

O impacto das medidas de isolamento social foram vistos apenas parcialmente, uma vez que eles se intensificaram a partir de meados de março. No trimestre, o tráfego consolidado da CCR teve aumento de 4,2% frente igual período de 2019.

Petrobras (PETR3PETR4)

A Petrobras registrou um prejuízo líquido de R$ 48,523 bilhões no primeiro trimestre de 2020, revertendo o lucro de R$ 4,031 bilhões apresentados no mesmo período do ano passado.

Em release, a estatal disse que este prejuízo se deu pelo “impairment proveniente da revisão das premissas de longo prazo para o Brent frente ao novo cenário mundial”, no valor de R$ 65,3 bilhões.

“Nossos resultados também foram impactados pela queda do Brent e pelas perdas com variação cambial decorrentes da forte desvalorização do real frente ao dólar. Estes fatores foram atenuados por maiores volumes de exportação, maiores margens nos derivados, menores despesas, incluindo gastos gerais e administrativos, exploratórios e tributários, bem como ganhos com hedge”, explicou a Petrobras.

“A alta qualidade dos ativos do pré-sal da Petrobras é evidente em um trimestre onde, mesmo após uma grande baixa contábil, o fluxo de caixa ainda aumenta.  A liquidez parece abundante e, com preços do petróleo aparentemente se recuperando do fundo do poço, continuamos confortáveis com a nossa recomendação de exposição acima da média (overweight) para as ações da companhia”, avalia o Morgan Stanley.

Localiza (RENT3)

A Localiza registrou alta de 9,5% do lucro líquido no primeiro trimestre de 2020 na comparação anual, a R$ 230,9 milhões. A receita líquida consolidada somou R$ 2,794 bilhões no período, superior em 17,7% frente igual período de 2019. O Ebitda da empresa teve alta de 17,6% na comparação anual, a R$ 632,7 milhões.

“Trouxemos sólidos resultados, apesar de começarmos a sentir, nas ultimas semanas de março, os
efeitos da pandemia Covid-19 no Brasil. O crescimento continuou acelerado nas divisões de Aluguel de Carros e Gestão de Frotas, com a frota média alugada no primeiro trimestre de 2020 aumentando 36,4% e 20,2%, respectivamente, em relação a igual período de 2019. Seminovos apresentou venda de 38.361 carros, já refletindo o fechamento das lojas nas últimas semanas de março. A frota total apresentou aumento de 31,3%, com 325 mil carros em uma rede de 608 agências em 6 países da América do Sul”, destacou.

Gafisa  (GFSA3)

A construtora e incorporadora imobiliária Gafisa reportou um prejuízo líquido de R$ 25,4 milhões no 1º trimestre deste ano, reduzindo em 45,1% o prejuízo registrado em igual período de 2019, quando a perda financeira foi de R$ 46,3 milhões. No 4º trimestre de 2019, a Gafisa teve lucro líquido de R$ 38,5 milhões.

O Ebitda foi de R$ 4,1 milhões, um avanço de 117% sobre igual período do ano passado, quando o Ebitda da Gafisa foi negativo em R$ 23 milhões. A margem Ebitda ajustada foi de 5,7%, resultado superior a igual trimestre de 2019, quando a margem foi negativa em 24,1%. Já a receita líquida da Gafisa foi de R$ 71,7 milhões, uma queda de 24,9% sobre o 1º trimestre de 2019 e de 38,3% sobre o 4º trimestre do ano passado.

A Gafisa fechou março com redução de 52,3% na sua dívida líquida, que estava no dia 31 daquele mês em R$ 346,8 milhões. A construtora informou que em 31 de março tinha caixa líquido de R$ 363,3 milhões.

A construtora teve dois destaques no 1º trimestre: renegociou suas dívidas de R$ 138 milhões com o Banco do Brasil, postergando o pagamento para 2025; e concluiu a aquisição da Upcon, uma construtora de pequeno porte em São Paulo. Entre os projetos, a Gafisa entregou um prédio residencial em um bairro nobre de Santos (SP), com um valor geral de vendas (VGV) de R$ 65 milhões.

A Gafisa afirma que tem atualmente 16 obras em andamento e prepara 10 lançamentos para quando a epidemia da Covid-19 acabar. “Os esforços continuarão sendo para a retomada do crescimento, considerando porém o cenário atual da Covid-19. Estamos preparados para retomar os lançamentos tão logo a epidemia esteja controlada e o mercado apresente as condições adequadas”, comentou a empresa no balanço.

Tecnisa (TCSA3)

A Tecnisa encerrou o primeiro trimestre com prejuízo de R$ 58 milhões, que se compara a uma perda de R$ 2 milhões na comparação com igual período de 2019. Ou seja, uma alta de 29 vezes na base anual.

Segundo apontou a construtora, o desempenho do período ainda está impactado pelo baixo volume de lançamentos, que prejudica a diluição de custos fixos; bem como pela existência de eventos não recorrentes, tais como a [i] provisão para remensuração de unidades do hotel do projeto The Five, o qual está temporariamente fechado por conta da pandemia de COVID-19, no valor de R$ 11 milhões; e [ii] pelo reforço nas provisões para riscos e obrigações legais de R$ 7 milhões.

Já a receita líquida operacional da Tecnisa foi de R$ 44 milhões, queda de 61% frente igual período de 2019. O Ebitda ajustado ficou negativo a R$ 41,8 milhões, ante lucro de R$ 21,3 milhões na base anual.
*A margem Ebitda ajustada ficou negativa em 95%, ante dado positivo de 19% na comparação com o mesmo período de 2019.

A geração de caixa do período, medida pela variação da dívida líquida, totalizou uma queima de caixa de R$ 75 milhões no trimestre. Caso seja considerada [i] a redução de R$ 13 milhões da dívida líquida dos projetos consolidados por equivalência patrimonial; [ii] o desembolso de R$ 57 milhões com a compra de terrenos; bem como [iii] o crescimento de R$ 20 milhões na carteira de recebíveis performados, dado a retomada da oferta financiamento direto aos clientes; a geração de caixa total ajustada resultaria em R$ 15 milhões, informou a empresa.

EzTec (EZTC3)

A EzTec teve um lucro líquido de R$ 77,7 milhões no primeiro trimestre, alta de 349% frente os R$ 17,3 milhões em igual período do ano passado. A receita líquida, por sua vez, foi a R$ 249,5 milhões, 70% maior na comparação anual.

O Ebitda totalizou R$ 54,4 milhões, 256% superior, levando a margem Ebitda a 21,8%, alta de 11,4 pontos percentuais na base anual.

“Com um passo atrás, é possível constatar um ciclo bem delineado de um ano e meio, desde o quarto trimestre de 2018, em que entoou R$ 3,0 bilhões de VGV lançados e R$ 2,3 bilhões vendidos – respaldada por uma demanda represada volumosa, uma condição de financiamento inédita, e um influxo de liquidez que impulsionava tanto vendas quanto lançamentos. Este momentum operacional foi cerceado com a pandemia provocada pelo Covid-19, um fenômeno de caráter inédito e exógeno”, afirma a empresa.

Segundo ela, a frente de atuação mais impactada, de imediato, é a comercial. “Desde o anúncio oficial da pandemia e o desenrolar das restrições impostas pelas autoridades, ainda no primeiro trimestre, plantões de vendas foram paralisados, impossibilitando o trabalho regular de corretores imobiliários. Enquanto as vendas semanais do ano até esse evento eram, na média, de R$ 45 milhões, esse ritmo desacelerou para R$ 4 milhões ao longo da segunda quinzena de março e o mês de abril. Embora preliminar, é promissor observar que, do final de abril até o momento, os últimos esforços de vendas via lives dobraram o ritmo semanal de vendas.

Ômega Geração (OMGE3)

A Omega Geração teve prejuízo líquido de R$ 51,7 milhões no primeiro trimestre de 2020, alta de 141% frente as perdas de R$ 24 milhões em igual período de 2019. A receita operacional líquida, por sua vez, totalizou R$ 192,9 milhões, 3% menor frente a receita de R$ 198,1 milhões no mesmo intervalo de 2019.

O Ebitda, por sua vez, subiu 65%, a R$ 123 milhões, enquanto que, em termos ajustados, a queda foi de 2,9%, a R$ 99,7 milhões. A margem Ebitda ajustada foi de 69,1%, queda ante 78,8% registrados um ano antes.

Iochpe-Maxion (MYPK3)

A Iochpe-Maxion teve lucro líquido de R$ 9,2 milhões no primeiro trimestre (lucro por ação de R$ 0,0601), uma redução de 85,5% em relação ao lucro líquido de R$ 63,1 milhões no mesmo período do ano passado (lucro por ação de R$ 0,4229).

Já a receita operacional líquida consolidada foi de R$ 2,224 bilhões no período, uma redução de 9,9%. Segundo a companhia, a variação cambial impactou de forma positiva a receita operacional da Companhia em R$ 227,0 milhões no período. Desconsiderando este efeito, a receita operacional líquida consolidada teria apresentado uma queda de 19,1%. O Ebitda, por sua vez, foi de R$ 205,0 milhões, uma redução de 15,5%.

A companhia destaca que, em março deste ano, com o início das restrições de mobilidade diante da pandemia, o cenário mundial para a indústria começou a apresentar mudanças significativas. As primeiras controladas da Iochpe-Maxion a sentirem os efeitos da pandemia foram aquelas localizadas na Ásia e Europa, primeiros continentes impactados pelo COVID-19. Sentimos uma queda na última quinzena de março, que se intensificou com as orientações de restrição social nos países que a Iochpe-Maxion opera. As operações localizadas nas Américas (Brasil, EUA, México e Argentina), com a adoção das medidas restritivas na última semana de março, passaram a sentir também o impacto.

EzTec (EZTC3)

A EzTec teve um lucro líquido de R$ 77,7 milhões no primeiro trimestre, alta de 349% frente os R$ 17,3 milhões em igual período do ano passado. A receita líquida, por sua vez, foi a R$ 249,5 milhões, 70% maior na comparação anual.

O Ebitda totalizou R$ 54,4 milhões, 256% superior, levando a margem Ebitda a 21,8%, alta de 11,4 pontos percentuais na base anual.

“Com um passo atrás, é possível constatar um ciclo bem delineado de um ano e meio, desde o quarto trimestre de 2018, em que entoou R$ 3,0 bilhões de VGV lançados e R$ 2,3 bilhões vendidos – respaldada por uma demanda represada volumosa, uma condição de financiamento inédita, e um influxo de liquidez que impulsionava tanto vendas quanto lançamentos. Este momentum operacional foi cerceado com a pandemia provocada pelo Covid-19, um fenômeno de caráter inédito e exógeno”, afirma a empresa.

Segundo ela, a frente de atuação mais impactada, de imediato, é a comercial. “Desde o anúncio oficial da pandemia e o desenrolar das restrições impostas pelas autoridades, ainda no primeiro trimestre, plantões de vendas foram paralisados, impossibilitando o trabalho regular de corretores imobiliários. Enquanto as vendas semanais do ano até esse evento eram, na média, de R$ 45 milhões, esse ritmo desacelerou para R$ 4 milhões ao longo da segunda quinzena de março e o mês de abril. Embora preliminar, é promissor observar que, do final de abril até o momento, os últimos esforços de vendas via lives dobraram o ritmo semanal de vendas.

Ânima (ANIM3)

A Ânima, empresa de educação, teve lucro líquido ajustado de R$ 43,9 milhões no primeiro trimestre, alta de 9,8% na base anual.

A receita líquida, por sua vez, totalizou R$ 338,6 milhões, 20% superior, enquanto o Ebitda avançou 21%, a R$ 118,3 milhões, levando a uma margem Ebitda ajustada de 34,9%. A base de alunos subiu 11% na comparação anual, para 125.809.

Fleury (FLRY3)

O Fleury observou uma queda de 36,6% em seu lucro líquido no primeiro trimestre de 2020, ante igual período do ano passado, para R$ 58,7 milhões.

A companhia conseguiu registrar uma alta modesta nas receitas, mas a geração operacional de caixa medida pelo Ebitda não escapou de ser prejudicada pela crise causada pela Covid-19, que diminuiu a demanda por exames diagnósticos de outras doenças.

A receita líquida do Fleury ficou em R$ 713,9 milhões, uma alta de 1,9% sobre o valor visto um ano antes. Já a receita bruta cresceu 1,7% no mesmo período, para R$ 770,6 milhões.

Enquanto isso, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) do grupo registrou uma queda de 16,7% na comparação anual, para R$ 195,9 milhões.

Assim, a margem Ebitda (relação percentual entre receita líquida e a geração operacional de caixa, o Ebitda) fechou março em 27,4% — no primeiro trimestre de 2019, estava em 33,6%. Veja mais clicando aqui. 

CPFL (CPFE3)

A CPFL apurou lucro líquido de R$ 904,126 milhões no primeiro trimestre de 2020, um aumento de 58,5% ante os R$ 570,358 milhões registrados um ano antes.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia de energia elétrica no trimestre ficou em R$ 1,696 bilhão, alta de 10,8% na comparação anual. Segundo explica a CPFL, o resultado é reflexo principalmente do desempenho do segmento de distribuição. A empresa destaca que os segmentos de geração renovável e convencional também apresentaram bons resultados.

A receita operacional líquida da CPFL, excluindo construção, foi de R$ 6,786 bilhões entre janeiro e março deste ano, alta de 1,1% na comparação anual. O resultado financeiro ficou positivo em R$ 121 milhões no trimestre, revertendo resultado negativo de R$ 220 milhões do mesmo período de 2019.

A dívida líquida da CPFL fechou março em R$ 14,682 bilhões, queda de 10,7% em relação ao final do primeiro trimestre do ano passado. Dos R$ 20,252 bilhões de dívida bruta da companhia, R$ 12,797 bilhões são do segmento de distribuição.

Ser Educacional (SEER3)

A Ser Educacional, maior grupo de educação privada no Norte e Nordeste do país, reportou lucro líquido de R$ 29 milhões no 1º trimestre de 2020, uma queda de 54% em comparação a igual período do ano passado. O lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de R$ 77,6 milhões no 1º trimestre, um recuo de 20% sobre igual período de 2019. A receita líquida da empresa avançou 1,6% para R$ 304,1 milhões no 1º trimestre de 2020.

Vivara (VIVA3)

A rede de joalherias Vivara teve um lucro líquido de R$ 19 milhões no 1º trimestre de 2020, uma queda de 34,8% em comparação a igual período do ano passado. O lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de R$ 29,8 milhões, um recuo de 23,7% na base anual trimestre a trimestre. A receita líquida da Vivara foi de R$ 206,2 milhões, uma queda de 6,4% em comparação ao 1º trimestre de 2019.

Energisa (ENGI11)

A Energisa reportou lucro líquido de R$ 581,7 milhões no 1º trimestre de 2020, um crescimento de 352% em comparação a igual período do ano passado. O lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) consolidado avançou para R$ 929 milhões, crescimento de 2,7% em relação ao 1º trimestre do ano passado.

Já a receita líquida da Energisa foi de R$ 4,23 bilhões no 1º trimestre, uma queda de 2,2% sobre igual período de 2019. A Energisa informou que sua dívida líquida cresceu 21,8% no 1º trimestre deste ano para R$ 13,7 bilhões. Os investimentos avançaram 30,9% no 1º trimestre para R$ 713,9 milhões.

A quantidade de energia elétrica vendida no mercado cativo cresceu 1,8% no período, para 7,7 GWh. O número de consumidores totais avançou 1,9% para 7,8 milhões. Com sede em Minas Gerais, onde também é geradora de energia, a Energisa atua atualmente em 12 estados brasileiros, do Paraná ao Acre. A empresa atua principalmente como distribuidora de energia, embora também opere na transmissão, onde possui subsidiária no estado de Goiás.

Kepler Weber (KEPL3)

A Kepler Weber teve lucro líquido de R$ 8,7 milhões no primeiro trimestre de 2020, alta de 114,3% na comparação anual.

A receita líquida foi de R$ 127,5 milhões no período, queda de 7,3%, enquanto o Ebitda foi a R$ 17,5 milhões de janeiro a março, 14,3% maior ante os R$ 15,3 milhões alcançados no mesmo intervalo do ano passado. A margem Ebitda do trimestre foi de 13,7%, 2,6 pontos percentuais acima na mesma base de comparação.

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(Com Agência Estado)