Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta sexta-feira

Bolsas têm nova sessão de alta à espera por estímulos nos EUA; dados de inflação no Brasil e mais destaques da sessão

Equipe InfoMoney

Publicidade

As bolsas mundiais buscam alta nesta manhã, enquanto os investidores monitoram conversas sobre um novo pacote de estímulos à economia dos Estados Unidos. Na Ásia, os mercados foram mistos, com as ações na China subindo depois de um feriado nacional, enquanto os futuros de Wall Street sinalizam uma abertura positiva dos mercados. Na Europa, as bolsas também estão mistas.

No Brasil, a falta de clareza do governo sobre medidas econômicas está sendo acompanhada pelas agências de classificação de risco, e pode causar um rebaixamento da nota do país. Ontem, a analista principal para o Brasil da S&P Global Ratings, Livia Honsel, disse à Folha que a falta de visibilidade a partir do ano que vem poderia levar a agência a rever a trajetória fiscal e começar a assumir uma situação de dívida mais alta, com riscos maiores sobre a nota.

Em meio ao alerta da S&P, os investidores ainda aguardam definições que impactam a economia. O relator do Renda Cidadã, Márcio Bittar, deixou a apresentação da proposta para depois das eleições, que serão realizadas em novembro. Ele, no entanto, acredita na aprovação do texto ainda neste ano, apesar do curto espaço de tempo, de acordo com a CNN Brasil.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

No noticiário corporativo, o conselho de administração da Localiza aprovou a união dos negócios com a Unidas e chamou uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) em 12 de novembro para deliberar sobre a incorporação de ações. Além disso, a Totvs aprovou a prorrogação da oferta de combinação com a Linx até o dia 17 de novembro.

1. Bolsas mundiais

As bolsas mundiais buscam alta nesta manhã, enquanto os investidores monitoram conversas sobre um novo pacote de estímulos à economia. O presidente norte-americano Donald Trump reacendeu as esperanças sobre um pacote de estímulos ontem, ao dizer à Fox News que conversas entre a Casa Branca e o Congresso estão de volta e que existem boas chances de um acordo ser firmado.

A declaração ocorreu dias depois de Trump ter anunciado via Twitter que as negociações seriam suspensas até as eleições de novembro. Além disso, os Estados Unidos anunciaram sanções a 18 bancos iranianos, em uma tentativa de cortar receitas do governo local, elevando a tensão política global.

Continua depois da publicidade

O índice Euro Stoxx avança 0,26%. Ao mesmo tempo, o CAC, de Paris, sobe 0,35% e o FTSE 100, de Londres, tem alta de 0,70%. Já o FTSE MIB, da Itália, registra queda de 0,27%, enquanto o DAX, da Alemanha, cai 0,09%.

Hoje, a economia do Reino Unido mostrou crescimento de 2,1% em agosto na comparação mensal, abaixo da expectativa de expansão de 4,6%.

Nos Estados Unidos, os futuros do S&P 500 estão em alta de 0,39%, enquanto os do Dow Jones sobem 0,36%. Os futuros da Nasdaq avançam 0,27%.

Na China, os mercados reabriram depois de um feriado nacional, com alta de 1,68% do índice Shanghai. O índice de gerente de compras Caixin/Markit de serviços foi de 54,8 em setembro, indicando uma expansão da atividade local.

O índice Kospi, da Coreia do Sul, subiu 0,21%, enquanto o Nikkei, no Japão, caiu 0,12%, e o índice Hang Seng, de Hong Kong, recuou 0,31%.

Veja o desempenho dos mercados, às 6h57 (horário de Brasília):

Nova York
*S&P 500 Futuro (EUA), +0,39%
*Nasdaq Futuro (EUA), +0,27%
*Dow Jones Futuro (EUA), +0,36%

Europa
*Dax (Alemanha), -0,08%
*FTSE 100 (Reino Unido), +0,74%
*CAC 40 (França), +0,35%
*FTSE MIB (Itália), -0,26%

Ásia
*Nikkei 225 (Japão), -0,12% (fechado)
*Hang Seng Index (Hong Kong), -0,31% (fechado)
*Shanghai SE (China), +1,68% (fechado)

Commodities e bitcoin
*Petróleo WTI, -0,92%, a US$ 40,81 o barril
*Petróleo Brent, -0,83%, a US$ 42,98 o barril
**Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam em alta de 4,8%, cotados a 830.000 iuanes, equivalente hoje a US$ 123,77 (nas últimas 24 horas).
USD/CNY = 6,70589
*Bitcoin, US$ 10.884,86, +2,77%

2. Agenda

Em um dia de agenda tranquila, os investidores acompanham hoje, às 9h, a divulgação do índice de inflação IPCA de setembro, com o consenso Bloomberg esperando alta de 0,54% na comparação mensal e 3,04% na base anual, depois da primeira prévia do IGP-M mensal, que sai às 8h.

Nos Estados Unidos, serão conhecidos os dados sobre estoques do atacado, às 11h.

3. Medidas econômicas

A falta de clareza do governo sobre medidas econômicas está sendo acompanhada pelas agências de classificação de risco, e pode causar um rebaixamento da nota do país. Ontem, a analista principal para o Brasil da S&P Global Ratings, Livia Honsel, disse à Folha que a falta de visibilidade a partir do ano que vem poderia levar a agência a rever a trajetória fiscal e começar a assumir uma situação de dívida mais alta, com riscos maiores sobre a nota.

Apesar de ter mais seis meses para uma nova avaliação sobre o país, a agência pode fazer uma revisão a qualquer momento caso entenda que precisa ajustar as expectativas de investidores.

O vai e vem de anúncios do governo contribuem para a falta de clareza citada pela agência. Por exemplo, o ministro da Economia Paulo Guedes diz que o estado de calamidade pública termina este ano, enquanto membros do governo falam que pode ser prorrogado para 2021. Outro caso emblemático foi o anúncio de que o Renda Cidadã seria bancado por recursos de precatórios e do Fundeb, o que depois foi negado por Guedes.

De acordo com a analista da S&P, a indefinição é mais um risco a jogar contra o Brasil, ao lado de fatores como a dívida já elevada em relação ao PIB, a perspectiva de baixo crescimento no médio prazo e o atraso na agenda de reformas.

Em meio ao alerta da S&P, os investidores ainda aguardam definições que impactam a economia. O relator do Renda Cidadã, Márcio Bittar, deixou a apresentação da proposta para depois das eleições, que serão realizadas em novembro. Ele, no entanto, acredita na aprovação do texto ainda neste ano, apesar do curto espaço de tempo, de acordo com a CNN Brasil.

Bittar disse ontem que, independentemente da fonte de recursos, o Renda Cidadã vai gerar alguma oposição. “Qualquer que seja ela, vai incomodar porque para arrumar recurso para essas pessoas vai ter que tirar de algum lugar. E do lugar que for tirar, tem alguém que estará incomodado”, disse.

A reforma tributária não deve ser votada nem na Câmara dos Deputados nem no Senado neste ano. Presidente da Comissão Mista dedicada ao tema, o senador Roberto Rocha (PSDB-MA) afirmou ao Valor que pedirá a extensão dos trabalhos do colegiado até 10 de dezembro, para tentar até lá chegar, ao menos, em uma proposta que possa ser votada pela comissão. O Congresso funcionará por somente mais 12 dias após a data em 2020, até 22 de dezembro.

Já o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que a prioridade, agora, é votar a PEC Emergencial, que cria mecanismos de ajuste fiscal. Ao lado do ministro da Economia, o deputado participou da apresentação da proposta de agenda legislativa da frente da reforma administrativa, segundo a Folha. Ele negou ter desistido de aprovar a reforma tributária este ano, mas disse que hoje a PEC Emergencial deve ser a preocupação número um.

4. Ministério da Economia

O mercado acompanha também a discussão sobre um possível desmembramento de parte do Ministério da Economia. A mudança incluiria a separação da secretaria de Previdência e Trabalho da pasta e a recriação do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, para ser entregue ao Centrão, segundo o Estadão, devido a cobranças de aliados políticos do presidente Jair Bolsonaro.

Na noite de ontem, Bolsonaro negou que existem planos de recriar as pastas do Trabalho e da Indústria, e disse que estas são “fake news” para desgastar o ministro da Economia, Paulo Guedes. O ministro também negou que existam conversas neste sentido. De acordo com o jornal, apesar da ameaça de Paulo Guedes perder o status de superministro, auxiliares do presidente dizem que ele segue tendo o respaldo do governo.

Apesar das negativas, aliados e assessores dizem que Bolsonaro planeja uma reforma ministerial após as eleições municipais deste ano, de acordo com a Folha de S.Paulo. O objetivo é abrir mais espaço para o bloco partidário que tem garantido apoio ao presidente.

Além disso, ontem o presidente determinou que, a partir da agora, cada ministro fale apenas sobre temas diretamente relacionados à sua respectiva pasta. Foi mais um gesto de apoio ao ministro Paulo Guedes. Com a decisão, segundo a Folha, o ministro do Desenvolvimento Regional Rogério Marinho não teria mais autorização para se pronunciar sobre a formulação de programas sociais, o cumprimento do teto de gastos ou qualquer outra ação ligada ao Ministério da Economia.

5. Radar corporativo

No noticiário corporativo, o conselho de administração da Localiza aprovou a união dos negócios com a Unidas e chamou uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) em 12 de novembro para deliberar sobre a incorporação de ações. Além disso, a Minerva encerrou as tratativas para uma possível combinação de negócios de sua subsidiária Athena Foods com sociedade de propósito específico para aquisição, listada na Nasdaq.

A Totvs aprovou a prorrogação da oferta de combinação com a Linx até o dia 17 de novembro. Hoje o mercado vai reagir às prévias operacionais do terceiro trimestre divulgadas pela Even, pela MRV, pela Direcional e pela Helbor. Além disso, a Camil informou lucro líquido de R$ 138,6 milhões no segundo trimestre.

Semana dos Vencedores: aprenda a fazer operações com potencial de ganho de R$ 50 a R$ 500, operando apenas 10 minutos por dia, em um workshop gratuito!