Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta sexta-feira

Bolsas mundiais caem com novo capítulo da tensão entre EUA e China; IPCA no Brasil, payroll e mais destaques

Equipe InfoMoney

Donald Trump (Foto de: John Minchillo-Pool/Getty Images)

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Os ataques do presidente do Estados Unidos, Donald Trump, às empresas de tecnologia chinesa azedam o humor dos investidores nesta sexta-feira. As Bolsas europeias e os futuros de Nova York operam em terreno negativo nesta sexta-feira.

Além do conflito geopolítico, os investidores estão de olho nos dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos, que serão divulgados nesta manhã.

E no Brasil, a temporada de balanços vai mostrando como a pandemia da Covid-19 afetou as empresas. A construtora Tenda registrou recuo de 45% no lucro e a Multiplan, de 39%. Já a Valid apresentou prejuízo.

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O setor bancário deve repercutir o projeto de lei aprovado pelo Senado que estabelece um teto para taxas de juros de cheque especial e cartão de crédito enquanto durar o estado de calamidade pública imposto pela pandemia.

E entre as ofertas de ações, a Quero-Quero levantou R$ 2,2 bilhões e a d100, braço no varejo farmacêutico da Profarma, R$ 460,1 milhões.

1.Bolsas mundiais

Os ataques do presidente do Estados Unidos, Donald Trump, às empresas de tecnologia chinesa elevam a aversão ao risco nos mercados. As Bolsas europeias e os futuros de Nova York operam em terreno negativo nesta sexta-feira.

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Trump assinou ordens executivas proibindo os residentes dos Estados Unidos de realizarem negócios com os proprietários dos aplicativos WeChat e TikTok. O banimento é válido por 45 dias e foi feito com a justificativa de que os dados pessoais dos americanos estão expostos. Os Estados Unidos tentam conter o avanço da China na área de tecnologia.

Os futuros do Dow Jones caem 0,58% e os do S&P 500 registram desvalorização de 0,55%.

Stephen Innes, estrategista-chefe de mercados globais da AxiCorp, disse à Bloomberg que o banimento é algo indesejável. “As ordens executivas podem ser um sinal, especial frente das negociações comerciais da China esperadas para o final deste mês”, disse.

As medidas tomadas pelo governo americano também refletiram nos mercados asiáticos. O Shangai SE fechou em queda de 0,98% e o Hang Seng Index, de Hong Kong, registrou desvalorização de 0,96%. Em Tóquio, o Nikkei 225 apresentou desvalorização de 0,39%.

Entre os indicadores econômicos do continente, o saldo comercial da China sobe inesperadamente em julho para US$ 62 bilhões, após surpresas com alta das exportações e queda das importações. As exportações da China aumentaram em julho com fortalecimento da demanda global e embarques aos EUA.

A semana também chega ao fim sem um acordo entre democratas e republicanos em relação a um novo pacote de alívio para a economia americana, que sente os efeitos da pandemia do novo coronavírus.

Já na Europa, nem dados mais positivos da produção industrial da Alemanha animam os investidores. O DAX, de Frankfurt, ainda tenta reagir e registra leve queda de 0,06%, mas o CAC 40, de Paris, cai 0,43%.

A produção industrial da Alemanha cresceu 8,9% em junho ante maio, recuperando-se pelo segundo mês consecutivo à medida que restrições motivadas pela pandemia de coronavírus foram gradualmente suspensas, segundo dados com ajustes sazonais publicados nesta sexta-feira, 7, pela Destatis, a agência de estatísticas do país. O resultado ficou bem acima da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam acréscimo de 7,8% em junho.

Veja o desempenho dos mercados, às 7h43

Nova York

*S&P 500 Futuro (EUA), -0,51%

*Nasdaq Futuro (EUA), -0,53%

*Dow Jones Futuro (EUA), -0,49%

Europa

*Dax (Alemanha), -0,06%

*FTSE 100 (Reino Unido), -0,10%

*CAC 40 (França), -0,43%

*FTSE MIB (Itália), -0,51%

Ásia

*Nikkei 225 (Japão), -0,39% (fechado)

*Hang Seng Index (Hong Kong), -1,60% (fechado)

*Shanghai SE (China), -0,96% (fechado)

*Petróleo WTI, -0,91%, a US$ 41,57 o barril

*Petróleo Brent, -0,82%, a US$ 44,72 o barril

**Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam em queda de 1,05%, cotados a 896.000 iuanes, equivalente hoje a US$ 128,76 (nas últimas 24 horas).
USD/CNY = 6,9588 (+0,08%)

*Bitcoin, US$ 11.828, +0,89%

2.Agenda

No Brasil, a inflação medida pelo IPCA, divulgada às 9h pelo IBGE, deve ter registrado variação positiva de 0,35% em julho na comparação mensal, segundo estimativa mediana em pesquisa Bloomberg, depois de 0,26% na medição anterior. Na comparação anual, a alta esperada é de 2,30%, depois de 2,13% na medição anterior.

Nos EUA, o destaque fica para o relatório de emprego de julho às 9h30, com estimativa de 1,48 milhão de vagas, ante dado anterior de criação de 4,8 milhões. A expectativa é de que a taxa de desemprego caia a 10,6%, ante dado anterior de 11,1%.

Na agenda do InfoMoney, às 15h30, o professor Arthur Vieira de Moraes apresenta o programa Fundos Imobiliários. O programa é transmitido no Youtube do portal.

Já o Stock Pickers tem duas lives especiais sobre Cogna. Às 9h, o tema será como usar (e como não usar) o mercado de opções, usando o case Cogna como exemplo, com a participação de Fernando Goes, analista da Clear e especialista em opções. Já às 16h, Paola Mello, da gestora GTI, explica por que tem posição comprada nas ações da companhia. As lives serão transmitidas no Youtube do Stock Pickers.

3. Auxílio emergencial

O secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal, admitiu a possibilidade de o governo estender novamente a duração do auxílio emergencial. Segundo ele, essa decisão será política e dependerá da situação da economia e a discussão deve ocorrer ainda neste mês.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, defende desde o começo do programa que o valor concedido seja de R$ 200, mas a tese foi vencida após pressões do Congresso e quantia subiu para R$ 600. Na equipe econômica, a sugestão é de novamente cortar o valor do benefício.

4. Reeleição no Senado

A possibilidade de reeleição dos presidentes da Câmara e do Senado, hoje proibida, pode ser avaliada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), segundo reportagem do jornal “Folha de S.Paulo”.

A estratégia em andamento é fazer com que o STF considere que dentro de uma mesma legislatura seja aplicado o entendimento que permitiu a reeleição para presidente da República, ou seja, que seja autorizado um segundo mandato consecutivo.

5. Radar corporativo

E na sequência da temporada de balanços, a construtora Tenda registrou um lucro líquido de R$ 40,3 milhões no segundo trimestre do ano, um recuo de 45% na comparação com o mesmo período do ano passado.

O mesmo ocorreu com a administradora de shoppings Multiplan, que viu o lucro cair 39% no comparativo anual, para R$ 70,8 milhões.

Já a Valid registrou prejuízo de R$ 148,1 milhões entre abril e junho de 2020, ante um lucro de R$ 6,3 milhões no segundo trimestre de 2019.

O setor bancário deve continuar sob pressão após o Senado aprovar o projeto de lei que estabelece um teto para taxas de juros de cheque especial e cartão de crédito enquanto durar o estado de calamidade pública por conta da pandemia da Covid-19.

O projeto, que segue agora para a Câmara dos Deputados, limita os juros para o crédito rotativo do cartão de crédito e todas as demais modalidades de crédito ofertadas por meio de cartões de crédito e da linha de crédito do cheque especial a 30% ao ano durante o estado de calamidade pública.

No caso das sociedades de crédito financiamento e investimento e as sociedades de crédito direto, o teto fixado pelo texto é de 35% ao ano. Contudo, conforme informa o jornal O Globo, os bancos confiam que o projeto não vai vingar na Câmara, porque Rodrigo Maia é contra.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) não tem preferência sobre outros credores no plano de recuperação judicial da operadora Oi, que se arrasta desde 2016.

A Oi deve à Anatel mais de R$ 11 bilhões relativos a multas e outras penalidades.

O STJ considerou que os créditos reivindicados pela Anatel têm natureza administrativa e, portanto, não podem ter o tratamento prioritário destinado aos créditos tributários.

A varejista de material de construção Quero-Quero levantou R$ 2,2 bilhões em sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). O preço da ação foi fixado em R$ 12,65, no centro da faixa indicativa de 11,30 a 14 por ação, segundo informações publicadas no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Foram vendidas 154.300.318 ações pela gestora norte-americana de fundos de private equity Advent International é vendedora na oferta secundária. Na primária, em que os recursos vão para o caixa, a oferta foi de 22.123.894 ações.

Também foi finalizado o IPO da d100, braço no varejo farmacêutico da Profarma. A companhia levantou R$ 400,1 milhões que serão investidos na expansão da rede.

(Com Agência Estado e Bloomberg)

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