Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta sexta-feira

Bolsas mundiais têm nova queda, Banco Central amplia ação no câmbio com novo recorde e dados de emprego nos EUA são destaque

Equipe InfoMoney

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Os mercados devem encerrar a semana com mais um dia de volatilidade e estresse nas bolsas de valores. Na Ásia as bolsas despencaram com o aumento do número de casos do coronavírus na Coreia do Sul e o medo de uma crise econômica mundial.

As bolsas europeias abriram em baixa, com o avanço da doença na Alemanha e na França, enquanto nos Estados Unidos, que chegaram a 233 casos na manhã de hoje, empresas como o Facebook e a Microsoft recomendam aos empregados que evitem sair de casa e trabalhem em home office.

Hoje termina em Viena a reunião da Opep, com a Arábia Saudita defendendo um corte de 1,5 milhão de barris na produção diária de petróleo. No Brasil, o Banco Central já marcou para a manhã de hoje leilões de swap cambial para conter a alta do dólar. No noticiário corporativo, o Pão de Açúcar vendeu 43 imóveis para o fundo TRX, negócio avaliado em R$ 1,25 bilhão. Empresas como Hering, Santos Brasil, Natura e B3 publicaram balanços.

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1.Bolsas mundiais

As bolsas da Ásia fecharam hoje em queda forte, com um sell-off atingindo até Tóquio, onde o índice Nikkei-225 recuou mais de 3% mas depois reduziu um pouco a queda. As bolsas de valores da Europa abriram em baixa, com Milão despencando mais de 3%, enquanto os futuros de Nova York estão negativos.

O número de casos do coronavírus superou 98 mil, informou na manhã de hoje o mapa interativo do Hospital Johns Hopkins, de Baltimore (EUA). Na Áustria, a Opep termina sua reunião de dois dias com a Arábia Saudita defendendo um corte de 1,5 milhão de barris de petróleo na produção diária. A Rússia ainda não se manifestou. Com isso, no mercado de commodities, o petróleo WTI cai a menos de US$ 45 na mínima; brent fechou abaixo de US$ 50 pela 1ª vez desde meados de 2017. Já o minério de ferro recua e reduz ganho semanal com receio sobre coronavírus e metais caem em Londres.

”O foco está na disseminação de coronavírus para fora da China e realmente os mercados não vão se estabilizar até vermos algum tipo de pico”, destacou Susan Buckley, diretora-gerente da QIC, para a Bloomberg TV.

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Veja o desempenho dos mercados, às 7h19 (horário de Brasília):

Nova York
*S&P 500 Futuro (EUA), -1,54%
*Nasdaq Futuro (EUA), -1,68%
*Dow Jones Futuro (EUA), -1,40%

Europa
*Dax (Alemanha), -2,79%%
*FTSE (Reino Unido), -2,35%
*CAC 40 (França), -3,43%
*FTSE MIB (Itália), -3,36%

Ásia
*Nikkei (Japão), -2,72% (fechado)
*Kospi (Coreia do Sul), -2,16% (fechado)
*Hang Seng (Hong Kong), -2,32% (fechado)
*Xangai (China), -1,21% (fechado)

*Petróleo WTI, -1,79%, a US$ 45,07 o barril
*Petróleo Brent, -1,94%, a US$ 49,02 o barril

**Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam com queda de -2,18%, cotados a 650,000 iuanes, equivalentes a US$ 93,73 (nas últimas 24 horas). USD/CNY= 6,9348 (+0,11%)
*Bitcoin, US$ 9.113,50 +0,45%

2. Indicadores econômicos

No Brasil a Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, deve divulgar pela manhã a produção de veículos novos em fevereiro – um termômetro de como anda o consumo de bens duráveis.

Nos Estados Unidos, o Departamento do Trabalho divulga às 10h30 o payroll e a taxa de desemprego de fevereiro. A estimativa é de criação de 175 mil vagas, segundo consenso Bloomberg, enquanto a taxa de desemprego é de 3,6%; ainda saem dados de balança comercial e estoques no atacado.

3. Dólar em alta

Após o dólar atingir uma nova máxima histórica, chegando a R$ 4,66 mesmo após o Banco Central oferecer US$ 3 bilhões em leilões de swap, a autoridade monetária anunciou a oferta de mais 40.000 contratos nesta sexta-feira, equivalentes a US$ 2 bilhões.

Na véspera, questionado sobre a alta do dólar, o ministro da Economia, Paulo Guedes,  que “isso era perfeitamente previsível”. Em seguida, ensaiou uma lista de explicações: “Tem o coronavírus, a desaceleração global, incertezas… O que vocês (imprensa) estavam dizendo há um ou dois dias? Que está um caos, que o presidente não se entende com o Congresso, que não está havendo coordenação política, toda hora tem uma bomba… Se está havendo todo esse frisson, o dólar sobe um pouco.”

Guedes disse também que o câmbio preocupa quando sobe rápido, mas, para isso, o Banco Central (BC) atua. “Está provendo boa liquidez”, comentou. O ministro também afirmou que empresas que remetem recursos para fora do País também influenciam a cotação do câmbio.

4. Coronavírus no Brasil

O Brasil tem 8 casos confirmados do coronavírus, com destaque para o fato de que houve a transmissão local da doença em pelo menos um caso. Seis casos foram confirmados em São Paulo, 1 no Rio de Janeiro e 1 no Espírito Santo. No Distrito Federal, um paciente aguarda contraprova. Duas pessoas contaminadas em São Paulo têm relação com o primeiro caso registrado no país, de um homem de 61 anos que voltou de Milão, no Norte da Itália.

Por conta do surto de coronavírus, Jair Bolsonaro suspendeu viagem à Polônia, Hungria e Itália, segundo aponta o Estadão. Contudo, o presidente se reunirá com Donald Trump neste sábado (7), durante sua viagem aos Estados Unidos.Segundo o porta-voz da presidência, Otávio Rêgo Barros, “esta visita servirá para reforçar os vínculos com um dos principais estados americanos, que abriga uma comunidade de quase 400 mil brasileiros”.

5. Noticiário corporativo

O Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) assinou um acordo para vender 43 imóveis para a gestora de fundos TRX. A transação tem o valor de R$ 1,25 bilhão e inclui combinações de aluguéis das lojas por 15 anos. Os imóveis pertencem ao grupo e neles funcionam supermercados e hipermercados das três bandeiras, Pão de Açúcar, Extra e Assaí.

Ainda em destaque, o Conselho de Administração da CVC anunciou o pedido de renúncia apresentado pelo CEO  Luiz Fernando Fogaça, com efeitos a partir de 30 de março de 2020, sendo certo que até tal data o executivo continuará no exercício de suas funções de forma a contribuir no processo de sucessão. “Para ocupar a posição de Diretor Presidente da Companhia, o Conselho de Administração aprovou a indicação do Sr. Leonel Andrade. Leonel Andrade foi Diretor Presidente da Losango, da Credicard e da Smiles Fidelidade, ocupando por 15 anos o principal cargo de gestão dessas empresas”

Já B3 (B3SA3) Natura (NTCO3), Hering (HGTX3) e a Santos Brasil (STBP3) publicaram balanços na noite de ontem. A operadora da Bolsa brasileira B3 fechou o quarto trimestre de 2019 com lucro líquido de R$ 732,9 milhões, o que representa uma alta de 25,7% sobre o mesmo período do ano passado. No acumulado do ano passado, a companhia teve lucro de R$ 2,713 bilhões, avanço de 29,9% sobre 2018. Veja mais clicando aqui. 

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