Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta sexta-feira

Rali das bolsas globais volta em meio a maiores estímulos; relatório de emprego nos EUA e mais destaques desta sexta

Equipe InfoMoney

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O otimismo marca as negociações desta sexta-feira, com os investidores animados com os novos estímulos concedidos na Europa, na quinta-feira, e a expectativa de que os Estados Unidos também ofereçam um reforço no aumento da liquidez.

Esse otimismo ocorre mesmo com a divulgação, nesta sexta-feira, do “payroll”, que deve mostrar a maior taxa de desemprego dos Estados Unidos desde os anos de 1930.

No Brasil, o número de vítimas fatais pela Covid alcança um novo recorde, com 1.473 óbitos em 24 horas.

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Entre os destaques corporativos, a BR Malls espera abrir todos os seus shoppings até julho e os funcionários da Gol aprovaram programas de demissão, licença e cortes de salários.

1. Bolsas mundiais

As bolsas da Europa e os futuros de NY operam em alta nesta sexta-feira. O ânimo ainda é um reflexo da nova injeção de liquidez anunciada pelo Banco Central Europeu (BCE). Nem mesmo a divulgação de dados do emprego nos Estados Unidos, que deve mostrar a maior taxa de desemprego desde os anos 1930, mitiga esse otimismo.

O DAX, de Frankfurt, sobe 1,41%, e o CAC 40, de Paris, avança 1,92%.

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O BCE anunciou na quinta-feira mais 600 bilhões de euros para compra de títulos, elevando para 1,35 trilhão a injeção de liquidez.

Além do novo estímulo na Europa ter ficado acima do esperado, também é esperada uma nova rodada de injeção de liquidez pelos Estados Unidos.

Já os líderes da grande coalizão que governa a Alemanha aprovaram um pacote de 130 bilhões de euros em gastos públicos.

Os futuros do Dow Jones sobem 0,99% e os do S&P 500 registram variação positiva de 0,60%.

Nos Estados Unidos, será divulgado às 9h30 (horário de Brasília), o relatório de emprego, que deve mostrar uma taxa de desemprego próxima a 20%, a maior desde os anos de 1930.

Para analistas, apesar da taxa elevada, os dados do Departamento de Trabalho americano podem começar a mostrar alguns sinais de melhora.

“Provavelmente temos uma janela de talvez três meses em que os dados continuarão melhorando. Isso vai gerar um cenário muito favorável para as ações continuarem se recuperando”, afirmou, à Bloomberg, Peter Chatwell, chefe de estratégia do Mizuho International.

*Veja o desempenho dos mercados, às 7h36 (horário de Brasília):

Nova York
*S&P 500 Futuro (EUA), +0,60%
*Nasdaq Futuro (EUA), +0,23%
*Dow Jones Futuro (EUA), +0,99%

Europa
*Dax (Alemanha), +1,41%
*FTSE 100 (Reino Unido), +0,95%
*CAC 40 (França), +1,92%
*FTSE MIB (Itália), +1,91%

Ásia
*Nikkei 225 (Japão), +0,74% (fechado)
*Hang Seng Index (Hong Kong), +1,66% (fechado)
*Shanghai SE (China), +0,40% (fechado)
*Petróleo WTI, +2,41%, a US$ 38,31 o barril
*Petróleo Brent, +3,02%, a US$ 41,20 o barril
**Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam em queda de 0,93%, cotados a 746.000 iuanes, equivalente hoje a US$ 105,22 (nas últimas 24 horas).
USD/CNY = 7,0900 (-0,29%)

2. Indicadores econômicos

As atenções do dia estão voltadas para a divulgação do relatório de emprego dos Estados Unidos, o “payroll“. O documento será divulgado às 9h30 (horário de Brasília) e deve apontar para uma taxa de desemprego de 19,1% e perda de 7,5 milhões de vagas de emprego, de acordo com consenso dos estimativas consultados pela Bloomberg.

Às 16h, serão conhecidos os dados sobre crédito ao consumidor no mercado americano.

No Brasil, a agenda de divulgação é mais fraca. A FGV divulga, às 8h, a inflação do mês de maio medida pelo IGP-DI.

Já a Anfavea divulga dados da indústria automotiva de maio em coletiva de imprensa online às 10h, após vendas do setor em abril despencarem de 163.625 mil para 55.735 e produção desabar de 189.958 para apenas 1.847.

3. Política e pandemia no Brasil

Os investigadores do inquérito sobre a suposta interferência de Jair Bolsonaro na Polícia Federal esperam que o presidente preste seu depoimento pessoalmente, segundo relata o jornal “Folha de S.Paulo”. A avaliação é que, por ser investigado, não há previsão legal para que o depoimento seja dado de outra forma – por escrito, por exemplo.

E essa não é a única preocupação do governo federal. Cresce o apoio aos movimentos criados para defender a democracia. No entanto, por enquanto, eles não estão incentivando formalmente a ida a manifestações contrárias ao governo – que Bolsonaro classificou na quinta-feira à noite como “grupos terroristas”.

Evitar aglomerações é um dos motivos que tem inibido o apoio às manifestações no momento que o Brasil registra mais de 34 mil mortes pela Covid-19. Só nas últimas 24 horas foram 1.473 óbitos.

4. Protestos nos EUA

Mesmo com ameaça de mobilização do Exército, as maiores cidades americanas continuam registrando protestos nos Estados Unidos contra o racismo e a violência policial.

Teve início na quinta-feira a série de cerimônias de George Floyd, assassinado no início da semana passada pela polícia de Minneapólis.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apesar de ter condenado a morte de Floyd, tem adotado um tom severo em relação às manifestações. Essa postura fez a associação de defesa dos direitos civis ACLU apresentar uma denúncia judicial contra o presidente, que na última segunda-feira usou a ação da polícia contra uma manifestação pacífica que ocorria em frente à Casa Branca.

5. Panorama corporativo

Mesmo com a escalada das mortes e contaminações pelo novo coronavírus, as empresas começam a se preparar para a reabertura de seus negócios. A brMalls informou esperar que até julho esteja com todos os seus shoppings em funcionamento.

A empresa divulgou, na noite de quinta-feira, um lucro líquido ajustado de R$ 130 milhões no primeiro trimestre, uma queda de 24% na comparação com os três primeiros meses de 2019.

Na mesma base de comparação, a receita líquida caiu 5,8%, para R$ 295,976 milhões. Já o Ebitda passou de R$ 232,512 milhões para R$ 245,812 milhões, uma alta de 5,7%.

Fora da temporada de balanços, a Centauro fixou em R$ 30 o preço de sua ação no “follow on“. Com isso, a varejista de artigos esportivos levantou R$ 900 milhões, segundo informou o jornal “Valor Econômico”.

Os recursos serão utilizados, principalmente para o pagamento da compra da operação brasileira da Nike.

Os funcionários da companhia área Gol aprovaram, na quinta-feira à noite, proposta de acordo coletivo que inclui programas voluntários de licença não remunerada, demissão voluntária (PDV), aposentadoria ou redução de salário e jornal (“part-time”), segundo a “Folha de S.Paulo”.

Caso não ocorra adesão voluntária a esses programas, a empresa pode fazer dois programas de redução compulsória de jornada e salário, que irão vigorar até 2021.

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