Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta segunda-feira

Bolsas europeias sobem forte impulsionadas por bancos e futuros dos EUA avançam; no Brasil, atenção para reforma tributária e mais destaques

Equipe InfoMoney

(Shutterstock)

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As bolsas mundiais começaram a semana com um tom otimista, com alta nos mercados europeus, nos Estados Unidos e na Ásia – com exceção apenas da China, onde o mercado teve um leve recuo. Na Europa, chama atenção a alta das ações do setor bancário.

No Brasil, o mercado acompanha hoje informações sobre os projetos de reforma tributária e do programa social Renda Cidadã, que devem ser apresentados ao presidente Jair Bolsonaro e aos líderes do Congresso. No entanto, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), já sinalizou que o novo imposto não vai passar no Congresso.

Além disso, chama atenção a notícia de que os governos estaduais deflagraram uma articulação junto ao Congresso Nacional para incluir na reforma tributária dois fundos bilionários de compensação para os Estados e municípios. A estratégia é tentar contornar a resistência da equipe econômica a esses repasses, que somariam R$ 485 bilhões em dez anos, segundo O Estado de S.Paulo.

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No noticiário corporativo, a Invepar teve seus ratings rebaixados pela S&P Global Ratings, enquanto a BR Distribuidora decidiu pagar dividendos em 30 de setembro. Já a Engie Brasil informou que a subsidiária Usina Termelétrica Pampa Sul pediu registro de oferta pública de distribuição de 582 mil debêntures simples, que somarão R$ 582 milhões.

1. Bolsas mundiais

As bolsas mundiais começaram a semana em alta, buscando recuperação das quedas vistas na semana passada, mesmo com aumento nos casos de coronavírus e expectativas no front político. Na Europa, os investidores mostram maior otimismo, com altas principalmente nas ações dos bancos.

As bolsas europeias sinalizam recuperação depois da pior semana desde meados de julho. O índice Euro Stoxx está em alta de 1,76%. Na última sexta-feira, o índice europeu de blue-chips registrou uma queda semanal de 3,7%.

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O DAX, da Alemanha, sobe 2,60%, enquanto o CAC, de Paris, ganha 1,86% e FTSE MIB, da Itália, avança 1,83%. Ao mesmo tempo. o FTSE 100, de Londres, sobe 1,37%. O HSBC Holdings é um destaque do dia em Londres, subindo 10% depois que seu maior acionista aumentou sua participação, em uma aposta de que o banco voltará a pagar dividendos.

Na região, também chama atenção a notícia de que a gigante ArcelorMittal está negociando fundir seus ativos nos Estados Unidos com a Cleveland-Cliffs, maior produtora de pelotas de minério do país. Ainda em destaque, estão as negociações entre o Reino Unido e União Europeia para a conclusão do Brexit.

Notícias da Ásia ajudam a impulsionar o mercado. No final de semana, o National Bureau of Statistics da China informou que o lucro da indústria local cresceu 19,1% em agosto. Os lucros das empresas industriais da China cresceram, impulsionados em parte pela recuperação nos preços de commodities e fabricação de equipamentos, informou no domingo a agência de estatísticas. A recuperação da China vem ganhando força uma vez que a demanda reprimida, o estímulo do governo e exportações surpreendentemente resilientes impulsionam a recuperação.

Nos Estados Unidos, houve um aumento de números de casos diários da doença, e os investidores continuam a monitorar novos estímulos à economia, que podem ser votados na semana que vem. Ao mesmo tempo, o mercado aguarda o primeiro debate entre o presidente Donald Trump e o candidato Joe Biden, marcado para amanhã.

Os futuros do S&P 500 sobem 0,91%, enquanto os do Dow Jones avançam 0,94%. Os futuros da Nasdaq têm alta de 1,23%. Vale destacar que o S&P 500 e o Dow acumulam quatro semanas consecutivas de queda, segundo a CNBC, pela primeira vez desde agosto de 2019.

Na Ásia, o mercado operou majoritariamente em alta, com exceção da China. No Japão,o Nikkei subiu 1,32%, enquanto o Kospi, da Coreia do Sul, avançou 1,29%. Já o índice Hang Seng, de Hong Kong, registrou alta de 1,04%. Ao mesmo tempo, o Shangai SE, da China, caiu 0,06%.

*Veja o desempenho dos mercados, às 7h12 (horário de Brasília):

Nova York

*S&P 500 Futuro (EUA), +0,91%
*Nasdaq Futuro (EUA), +1,23%
*Dow Jones Futuro (EUA), +0,94%

Europa

*Dax (Alemanha), +2,60%
*FTSE 100 (Reino Unido), +1,33%
*CAC 40 (França), +1,82%
*FTSE MIB (Itália), +1,79%

Ásia

*Nikkei (Japão),+1,32% (fechado)
*Kospi (Coreia do Sul), +1,29% (fechado)
*Hang Seng Index (Hong Kong), +1,04% (fechado)
*Shanghai SE (China), -0,06% (fechado)

*Petróleo WTI, -0,84%, a US$ 39,91 o barril
*Petróleo Brent, -0,62%, a US$ 41,66 o barril

**Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam em alta de 0,92%, cotados a 770.000 iuanes, equivalente hoje a US$ 112,92 (nas últimas 24 horas).
USD/CNY = 6,81866

*Bitcoin, US$ 10.877,98, +1,96%

2. Agenda

Os investidores acompanham hoje a divulgação semanal do Boletim Focus do Banco Central. A projeção para o PIB passou de queda de 5,05% para queda de 5,04% em 2020, e foi mantida em alta de 3,50% para 2021. A expectativa para a Selic foi mantida em 2%. O IPCA deste ano teve a expectativa elevada de 1,99% para 2,05% e mantida para 2021 em 3,01%.

Para as 9h30, é aguardada a nota do Banco Central sobre política monetária e operações de crédito em agosto. Além disso, também será revelado o relatório mensal da dívida pública do Tesouro, referente a agosto.

3. Reforma tributária e Renda Cidadã

Os projetos de reforma tributária e do programa social Renda Cidadã devem ser apresentados ao presidente Jair Bolsonaro e aos líderes do Congresso hoje. A informação foi dada no domingo pelo líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). Segundo a Folha de S.Paulo, eles vão se reunir hoje no Palácio da Alvorada para avaliar as propostas.

No sábado, ele se reuniu com o ministro da Economia Paulo Guedes e sua equipe, para definir as propostas tributárias. Já no domingo, ele esteve com o senador Márcio Bittar (MDB-AC), o líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), e o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, para acertar os detalhes do Renda Cidadã, de acordo com o jornal O Globo.

Também no sábado, Guedes e Barros afirmaram à imprensa que querem reduzir os encargos sobre a contratação formal de empregados, a chamada desoneração da folha de pagamentos. Para isso, a ideia seria reduzir estas cobranças e criar um novo imposto, o que manteria a carga tributária estável, segundo a Folha. Junto das medidas que serão apresentadas hoje, os técnicos do governo devem sugerir o corte nas contribuições do Sistema S e do Simples Nacional.

No entanto, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), já sinalizou que o novo imposto não vai passar no Congresso. Segundo O Estado de São Paulo, Alcolumbre expressou esta opinião pelo menos duas vezes na semana passada. Além disso, empresários reagiram contra a criação do tributo, que vem sendo chamado de “nova CPMF”.

Além disso, chama atenção a notícia de que os governos estaduais deflagraram uma articulação junto ao Congresso Nacional para incluir na reforma tributária dois fundos bilionários de compensação para os Estados e municípios. A estratégia é tentar contornar a resistência da equipe econômica a esses repasses, que somariam R$ 485 bilhões em dez anos, segundo O Estado de S.Paulo.

Os governos querem usar parte da alíquota do novo imposto sobre valor agregado (IVA), que vai ser criado com o objetivo de fundir outros tributos, para irrigar os fundos. Por outro lado, Guedes, vê nessa proposta uma tentativa de “sangrar” os cofres da União, de acordo com o jornal.

4. Portaria de Aras

Outra notícia que repercutiu no final de semana foi sobre o pagamento de uma gratificação a procuradores que acumulam mais de um ofício. Em mensagem enviada em 14 de setembro a todos os integrantes do Ministério Público Federal, o procurador-geral Augusto Aras informou ter assinado portaria que estabelece critérios para procuradores receberem um benefício por acúmulo de função.

Segundo o Estadão, o valor estipulado para a gratificação é de um terço do salário de R$ 33,6 mil fixado para os cargos de entrada dos procuradores no órgão. Caso seja adotada, a gratificação pode elevar o número de membros do MPF que recebem o benefício para até 70% do total.

Os senadores receberam aval de Paulo Guedes para uma terceira fase do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), formulado para socorrer pequenos negócios durante a crise da covid-19. Segundo o Estadão, o programa de financiamento terá mais R$ 10 bilhões neste ano. Apesar disso, congressistas ligados ao setor pedem mais e querem que o programa se torne permanente.

Outro destaque de hoje deve ser a reunião do presidente Bolsonaro com o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Jorge Oliveira. Segundo a CNN Brasil, eles vão conversar sobre a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) aberta pela saída do ministro Celso de Mello.

A antecipação da aposentadoria do decano da corte era uma possibilidade, mas o presidente não acreditava que iria ocorrer, de acordo com auxiliares ouvidos pela CNN. O presidente retornou para Brasília, neste sábado, após cirurgia em São Paulo.

Além disso, começou ontem a campanha eleitoral para os cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador. Os candidatos estão liberados para a pedir votos e divulgar propostas nas ruas, na internet e na imprensa escrita. Já a propaganda gratuita em rádio e televisão do primeiro turno – marcado para 15 de novembro – será veiculada de 9 de outubro a 12 de novembro, segundo a Agência Brasil.

5. Radar corporativo

No noticiário corporativo, a Invepar teve seus ratings rebaixados pela S&P Global Ratings, enquanto a BR Distribuidora decidiu pagar dividendos em 30 de setembro. Já a CCR viu aumento de 2,8% no tráfego total de suas rodovias entre 18 e 24 de setembro deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado.

A Engie Brasil informou que a subsidiária Usina Termelétrica Pampa Sul pediu registro de oferta pública de distribuição de 582 mil debêntures simples, que somarão R$ 582 milhões. Além disso, o leilão de privatização da elétrica CEB Distribuição (CEB-D), responsável pelo fornecimento no Distrito Federal, deverá ter preço mínimo de R$ 1,42 bilhão pela totalidade das ações da companhia.

(Com Reuters e Bloomberg)

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