Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta segunda-feira

Aceno de autoridade americana para acordo sino-americano ainda este ano e falas de Trump e Xi Jinping de sexta ajudam mercados a abrirem em alta

Equipe InfoMoney

(Shutterstock)

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As bolsas mundiais registram alta na manhã desta segunda-feira (25), impulsionados pelas declarações do conselheiro de segurança nacional dos EUA, Robert O’Brien, de que um acordo comercial inicial com a China ainda é possível até o final deste ano. As falas se juntam às dos presidentes americano, Donald Trump, e chinês, Xi Jinping, de sexta-feira – otimistas ao fechamento da fase um. Nesta manhã, Global Times, jornal do Partido Comunista chinês, disse ainda que os dois países estão “muito perto” de acordo

Nos EUA, o bilionário e ex-prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, anunciou a sua candidatura às primárias do Partido Democrata, com o objetivo de derrotar o republicano Donald Trump nas eleições presidenciais de 2020.

“Concorro à presidência para derrotar Donald Trump e para reconstruir a América. Não podemos permitir mais quatro anos de ações imprudentes e antiéticas do presidente Trump”, disse Bloomberg, num comunicado de sua equipa de campanha.

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Na Ásia, os mercados de Hong Kong fecharam com valorização expressiva, em meio à vitória esmagadora dos candidatos a favor da democracia, após uma participação recorde de eleitores nas eleições do conselho distrital, aumentando a pressão sobre o governo de Carrie Lam e puxando outros índices da região.

No Brasil, o governo do presidente Jair Bolsonaro tenta reforçar o combate à pobreza na tentativa de redução das críticas que vem recebendo sobre a área social, considerada um gargalo, diz o Estadão. Já o ministro Paulo Guedes participa de evento nos EUA.

Entre as commodities, os preços futuros do minério de ferro fecharam com alta expressiva de 3,34%, enquanto o petróleo opera entre perdas e ganhos.

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Confira os destaques desta segunda-feira:

1. Bolsas Internacionais

Em Nova York, os índices futuros apontavam para uma expressiva alta no início da manhã, em meio às declarações do conselheiro de segurança nacional dos EUA, Robert O’Brien, de que um acordo comercial inicial com a China ainda é possível até o final deste ano. Entretanto, ele alertou que Washington não fechará os olhos para o que acontece em Hong Kong.

“Esperávamos concluir (a primeira fase) do negócio até o final do ano. Ainda acho que isso é possível ”, disse O’Brien a repórteres no sábado, segundo a Reuters. “Ao mesmo tempo, não vamos fechar os olhos para o que está acontecendo em Hong Kong ou no Mar do Sul da China ou em outras áreas do mundo onde estamos preocupados com as atividades da China”, acrescentou.

Em meio a um maior otimismo comercial, os mercados acionários asiáticos fecharam em alta generalizada. Ajudou no humor dos investidores a vitória dos candidatos favoráveis a democracia. As eleições são consideradas um referendo após seis meses de protestos na cidade controlada pela China.

Segundo a Bloomberg, o Partido Comunista e o Conselho de Estado chinês publicaram diretrizes visando fortalecer os direitos de propriedade intelectual que o governo deve implementar e buscando endurecer as penas para violações. O tema está no centro dos embates entre EUA e China para o fechamento da fase um do acordo comercial.

Pesa favoravelmente ainda nos mercados as declarações de sexta-feira do presidente Donald Trump de que os EUA e a China estavam “potencialmente muito próximos” de chegar a um acordo, enquanto líder chinês, Xi Jinping, declarou que Pequim trabalha para um acordo baseado no “respeito mútuo e igualdade”.

Na Europa, o índice de sentimento das empresas da Alemanha subiu de 94,7 pontos em outubro para 95 pontos em novembro. Apesar da melhora, o resultado ficou um pouco abaixo da previsão de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, de 95,1 pontos. A leitura de outubro foi ligeiramente revisada para cima, de 94,6 pontos originalmente.

O chamado subíndice de expectativas econômicas do Ifo avançou de 91,6 pontos em outubro para 92,1 pontos em novembro, enquanto o subíndice de condições atuais aumentou marginalmente, de 97,8 para 97,9 pontos, no mesmo período.

No corporativo, destaque para a compra pela LVMH da Tiffany, por cerca de US$ 16,2 bilhões, em uma transação que deverá ser concluída em meados de 2020 e está sujeita à aprovação dos acionistas da Tiffany e às aprovações regulatórias.

Confira o desempenho dos mercados, segundo cotação das 07h23 (horário de Brasília)
*S&P 500 Futuro (EUA), +0,25%
*Nasdaq Futuro (EUA), +0,36%
*Dow Jones Futuro (EUA), +0,27%

*DAX (Alemanha), +0,52%
*FTSE (Reino Unido), +0,69%
*CAC-40 (França), +0,55%
*FTSE MIB (Itália), +0,73%

*Hang Seng (Hong Kong), +1,50% (fechado)
*Xangai (China), +0,72 (fechado)
*Nikkei (Japão), +0,78% (fechado)

*Petróleo WTI, -0,03%, a US$ 57,75 o barril
*Petróleo Brent, -0,05%, a US$ 63,37 o barril

**Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam com alta de 3,34%, cotados a 665,50 iuanes, equivalentes a US$ 94,62 (nas últimas 24 horas). USD/CNY= 7,0332 (-0,0767%)

*Bitcoin, US$ 6.780,13, -6,80%

2. Agenda de indicadores

No Brasil, destaque para o Boletim Focus, às 8h25. Antes, às 8h00, a FGV divulga o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) e a confiança do consumidor.

Às 9h30, saem as transações correntes e o investimento estrangeiro direto, enquanto às 10h30 será a vez da arrecadação federal. Por fim, às 15h00, será publicado o resultado semanal da balança comercial.

Na agenda ainda, o ministro da Economia, Paulo Guedes, participa em Washington do Fórum de CEOs Brasil-EUA. Está prevista uma entrevista coletiva de Guedes hoje ao final de tarde.

Nos EUA, saem, às 10h30, o índice de atividade nacional do Fed Chicago e, às 12h30, de atividade manufatureira do Fed Dallas.

3. Noticiário Econômico

Especialistas consultados pelo Estadão observam que o risco de um “apagão” de mão de obra qualificada no Brasil poderá se tornar um fator limitador ao crescimento econômico.

O Brasil deverá ter ano que vem 1,8 milhão de vagas abertas ou preenchidas por trabalhadores sem a especialização exigida pelo mercado, o que deverá gerar o apagão de empregados qualificados, gerando uma perda de R$ 183 bilhões até o final de 2020 às empresas brasileiras, de acordo com a pesquisa da empresa de recursos humanos Korn Ferry.

Esse número deve crescer a uma taxa de 12,4% ao ano, até alcançar 5,7 milhões de postos com funcionários sem competência ideal ou vagos até 2030.

Já o jornal Valor Econômico traz que o governo do presidente Jair Bolsonaro se prepara para um possível cenário de ruptura do Mercosul, por conta da visão do novo governo argentino.

Segundo a publicação, a ruptura não é o plano A, diz o chanceler Ernesto Araújo, “mas aparentemente há na Argentina uma visão profunda que vai contra os postulados básicos do Mercosul”.

Uma sequência de tuites de Paula Espanõl, conselheira econômica do presidente eleito Alberto Fernández e cotada a futura secretária de Comércio Exterior da Argentina deixou o Araújo ainda mais temeroso com o que vem pela frente, acrescenta o Valor.

Já o Globo destaca que a crise na Argentina derrubou as exportações brasileiras para o país, dificultando a recuperação da indústria nacional. A publicação destaca que, pela primeira vez em 16 anos, o Brasil terá déficit comercial com o vizinho, que enfrenta forte recessão.

O cenário é agravado pelas incertezas sobre como será o relacionamento entre os presidentes Bolsonaro e Fernández, que toma posse no próximo dia 10. O desempenho contamina as vendas para o Mercosul e demais países da região, destino de boa parte dos manufaturados brasileiros.

Nos dez primeiros meses do ano, as exportações para a América do Sul caíram 23%. Os segmentos de automóveis, autopeças e calçados estão entre os mais afetados.

4. Noticiário Político

Sob pressão, o presidente Jair Bolsonaro tenta reforçar a política de combate à pobreza e reduzir as críticas à área social, considerada um gargalo na gestão, diz o jornal O Estado de S.Paulo. Segundo a publicação, mesmo em um cenário de restrição fiscal, o governo se mobiliza para ampliar benefícios às famílias de baixa renda.

O jornal destaca que em busca da conquista do eleitorado do Bolsa Família o governo chamou o economista Ricardo Paes de Barros, um dos criadores do programa no mandato do ex-presidente Lula. A preocupação com a agenda social, diz o Estadão, aumentou diante do temor do “efeito Chile”, o primeiro de uma onda de protestos que se espalharam pela América Latina.

O governo também busca um plano de ação após o lançamento da agenda de combate à pobreza do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e a libertação de Lula.

Ainda na política, deputados e senadores devem derrubar na próxima sessão conjunta do Congresso Nacional, convocada para amanhã nove dos onze vetos do presidente Bolsonaro a projetos aprovados pelo Legislativo. Cinco deles trancam a pauta e impedem a análise de outras matérias pelo Congresso.

O acordo definido entre os líderes do Congresso prevê a votação nominal de apenas dois destaques em separado, um da Rede e outro do Novo.

Entre os destaques que devem ser votados em separado figura o que trata do veto parcial à reforma partidária e eleitoral. A norma teve 45 dispositivos barrados por Bolsonaro.

A Rede defende a manutenção do dispositivo que proíbe o uso de dinheiro do Fundo Eleitoral para o pagamento de multas aplicadas aos partidos pela Justiça Eleitoral. O destaque do Novo trata da propaganda eleitoral.

5. Noticiário Corporativo

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) acatou liminar da Petrobras impedindo que os petroleiros entrem em greve na segunda-feira, 25. A programação era parar por quatro dias, com o argumento de que a empresa está descumprindo partes do acordo coletivo de trabalho, de cláusulas que dizem respeito à segurança do trabalho e do meio ambiente e direitos garantidos aos concursados, segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP).

A FUP, porém, informou que vai manter as mobilizações solidárias nacionais programadas para ocorrer entre os dias 25 e 29 de novembro. Elas serão realizadas parcialmente, sem prejuízo do abastecimento dos combustíveis.

No Pão de Açúcar, os acionistas aceitaram a oferta pela Éxito – a operação de aquisição de ações da companhia custará R$ 9,5 bilhões aos cofres da controladora, Sendas, disse o grupo em comunicado ao mercado. Já a CVC aprovou a recompra de até 7,26 milhões de ações até maio de 2021.

(Com Agência Estado, Agência Brasil, e Bloomberg)

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