Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta segunda-feira

Investidores mantêm cautela sobre coronavírus após número de mortes ultrapassar 900

Equipe InfoMoney

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Os mercados começam a semana com o fantasma da propagação do surto do coronavírus da China para outros países do mundo. Na China, o número de pessoas infectadas ultrapassou 40 mil e o de mortes chegou a 910; a Grã-Bretanha declarou hoje que o vírus é uma “ameaça à saúde pública” após quatro casos autóctones serem confirmados. Nos Estados Unidos, os mercados aguardam a publicação dos resultados das empresas, com a temporada de balanços chegando ao fim.

No Brasil, a atenção está na divulgação do IPC-S de fevereiro, que pode mostrar desaceleração dos preços no começo do mês. No noticiário corporativo, destaque para o aumento de capital de R$ 4 bilhões do Bradesco, enquanto o Itaú Unibanco divulgará o seu resultado do quarto trimestre de 2019 depois do fechamento do mercado. Confira os destaques desta segunda-feira:

1. Bolsas mundiais

Os futuros de Nova York operam perto da estabilidade na manhã de hoje. As bolsas de valores da Ásia fecharam quase todas em terreno negativo, enquanto os mercados europeus abriram em baixa. O governo chinês informou que o surto do coronavírus atingiu a mais de 40.170 pessoas e matou a 910. Segundo a CNBC News, muitas fábricas que deveriam retomar hoje o trabalho estão fechadas; é o caso da Foxconn, maior produtora mundial de eletrônicos e fornecedora da Apple.

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A Grã-Bretanha declarou o surto uma “séria e iminente ameaça à saúde pública” após quatro casos autóctones serem confirmados. Outro dado que assustou o investidor foi a divulgação da inflação de 5,4% na China em janeiro, bem acima da projeção de 4,9%. Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump deverá apresentar mais tarde na Casa Branca seu projeto de orçamento para 2021, caso seja reeleito.

Veja o desempenho dos mercados, às 7h20 (horário de Brasília):

Nova York
*S&P 500 Futuro (EUA), -0,11%
*Nasdaq Futuro (EUA), -0,08%
*Dow Jones Futuro (EUA), -0,15%

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*Dax (Alemanha) , -0,43%
*FTSE (Reino Unido), -0,46%
*CAC 40 (França), -0,42%
*FTSE MIB (Itália), -0,12%

*Nikkei (Japão), -0,60% (fechado)
*Kospi (Coreia do Sul), -0,49% (fechado)
*Hang Seng (Hong Kong), -0,59% (fechado)
*Xangai (China), +0,51% (fechado)

*Petróleo WTI, -0,64%, a US$ 50,00 o barril
*Petróleo Brent, -0,55%, a US$ 54,17 o barril

**A Bolsa de Dalian fechou em queda. Em 10 de fevereiro, contratos futuros do minério de ferro negociados em Dalian fecharam com queda de 0,68%, cotados a 581,500 iuanes, equivalentes a US$ 83,27 (nas últimas 24 horas). USD/CNY= 6,9832 (+0,29%)
*Bitcoin, US$ 9.839,29 -3,33%

2. Indicadores econômicos

A FGV publica na manhã de hoje o IPC-S relativo a fevereiro, que pode mostrar se a inflação continua a desacelerar no Brasil. O Banco Central publica o boletim Focus. Na União Europeia, será divulgado o índice de confiança do investidor em fevereiro, enquanto nos Estados Unidos deve ser divulgada a inadimplência nas hipotecas.

Confira mais indicadores para acompanhar na semana no InfoMonday:

3. Morte de ex-capitão

O ex-capitão da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Adriano Magalhães da Nóbrega, foi morto na madrugada do domingo em um tiroteio com a Polícia Militar da Bahia. Ele estava escondido em um sítio de um vereador do PSL em Esplanada, no interior baiano. Reportagens dos jornais O Globo e Folha de S. Paulo indicam que Nóbrega chefiava uma milícia na Zona Oeste do Rio de Janeiro e tinha ligações com o senador Flávio Bolsonaro. Nóbrega é citado em investigação sobre pagamento de “rachadinha” no gabinete de Flávio Bolsonaro, quando o senador era deputado estadual no Rio de Janeiro.

4. Agenda econômica

O Ministério da Economia indica que a redução da taxa básica de juros, a Selic, gerou uma economia de R$ 68,9 bilhões no ano passado, superior a todo o investimento feito pelo governo federal em 2019, de R$ 56,6 bilhões. Sem mudanças nas condições gerais, a projeção é de economia de R$ 120 bilhões em 2020 e de R$ 417 bilhões até 2022, informa reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. Segundo o Banco Central, a redução da Selic levou o custo da dívida pública a fechar 2019 no menor nível da história.

Ainda em destaque, o governo corre para finalizar reforma administrativa, mas envio da proposta ainda esta semana é dúvida, diz o Valor. Na sexta-feira, ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que a proposta de reforma administrativa seria encaminhada à Câmara nesta semana, segundo o Valor. A proposta da reforma tributária deverá ser apresentada a um comitê conjunto, formado entre Câmara e Senado.

5. Noticiário Corporativo

O Bradesco (BBDC3 e BBDC4) aumentará o seu capital social em R$ 4 bilhões, com a emissão de 806,3 milhões de novas ações ordinárias e preferenciais. O objetivo do aumento de capital, segundo o banco, é fazer uma bonificação aos atuais acionistas e ampliar a quantidade de papéis em circulação no mercado, “tornando o preço mais atrativo a um número maior de investidores”.

Já a Alpargatas (ALPA4) divulgou seu balanço e informou que o seu lucro líquido cresceu 29,5% no ano passado, para R$ 431,6 milhões. A fabricante das Havaianas vendeu no ano passado mais de 252 milhões de pares das sandálias e de calçados das marcas Osklen e Mizuno, um crescimento superior a 1,8% no volume de vendas.

A BB Seguridade (BBSE3) publicou balanço na manhã de hoje e informou um lucro líquido recorrente de R$ 4,3 bilhões, em crescimento de 21,3% na comparação a 2018.

Já a Petrobras divulga relatório de produção e vendas do quarto trimestre após o fechamento do mercado; desempenho financeiro será divulgado em 19 de fevereiro. O Itaú Unibanco e a São Martinho divulgam balanço após fechamento do mercado.

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