Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta segunda-feira

Dados de emprego nos EUA seguem impulsionando mercado em NY, enquanto Europa tem sessão de cautela

Equipe InfoMoney

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A expectativa de uma recuperação da economia impulsiona os futuros dos mercados americanos, embora na Europa os investidores atuem com mais cautela.

No Brasil, atenção ainda para a alta do preço das commodities no mercado global, enquanto o país tenta chegar a um acordo sobre a melhor saída da pandemia e das incertezas em relação ao acompanhamento da doença.

Entre as notícias corporativas, o destaque é a paralisação do complexo de Itabira, da Vale.

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1.Bolsas mundiais

Os futuros de Nova York operam em alta ainda estimulados pelos melhores dados de emprego divulgados na última sexta-feira, que reforçaram a expectativa de uma recuperação mais rápida da economia. Esse otimismo, no entanto, não foi suficiente para contaminar as Bolsas europeias, que operam em queda.

Os futuros do Dow Jones opera em alta de 0,56% e os do S&P 500 sobem 0,39%.

“Os mercados responderam positivamente à queda nas taxas de contágio (do coronavírus) nas principais economias e aos sinais de maior consumo à medida que os países saem do bloqueio”, escreveram, em nota, analistas da Gavekal Research, segundo a Bloomberg.

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O otimismo com um maior consumo no mercado americano vem, principalmente, dos dados de emprego divulgados na última sexta-feira. Era esperado uma destruição de cerca de 8 milhões de vagas em maior e o que ocorreu foi a criação de 2,5 milhões novas posições de trabalho.

Na Europa, a cautela impera mesmo com a reabertura das principais economias, e as Bolsas operam em terreno negativo.

As economias na região começam a relaxar as medidas de isolamento impostas pela pandemia do coronavírus, que já atingiu mais de 7,1 milhões de pessoas em todo o mundo.

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O pregão é de ganhos para as commodities. Os contratos do petróleo do tipo WTI e do brent sobem após Opep+ decidir neste fim de semana estender as reduções de produção e promover um corte histórico.

Veja o desempenho dos mercados, às 7h40 (horário de Brasília):

Nova York
*S&P 500 Futuro (EUA), +0,39%
*Nasdaq Futuro (EUA), +0,08%
*Dow Jones Futuro (EUA), +0,56%

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Europa
*Dax (Alemanha), -0,53%
*FTSE 100 (Reino Unido), +0,22%
*CAC 40 (França), -0,58%
*FTSE MIB (Itália), +0,25%

Ásia
*Nikkei 225 (Japão), +1,38% (fechado)
*Hang Seng Index (Hong Kong), +0,03% (fechado)
*Shanghai SE (China), +0,24% (fechado)
*Petróleo WTI, +0,78%, a US$ 39,85 o barril
*Petróleo Brent, +1,28%, a US$ 42,89 o barril
**Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian têm alta de 5,53%, cotados a 783.000 iuanes, equivalente hoje a US$ 110,69 (nas últimas 24 horas).
USD/CNY = 7,0736 (-0,14%)

2. Agenda econômica

O Banco Central divulga pesquisa Focus com expectativas de economistas para indicadores como PIB, câmbio, inflação e juros.

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Economistas reduziram pela décima sétima vez seguida a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB), mostra pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira (8). Para 2020, a projeção passou de queda de 6,25% para baixa de 6,48%. Para o próximo ano, a previsão do mercado financeiro permaneceu em alta de 3,50%.

Os analistas reduziram, de 1,55% para 1,53%, a estimativa de inflação para 2020. Para 2021, o mercado financeiro manteve em 3,10% sua previsão para o IPCA.  A previsão dos analistas para a taxa Selic, ao fim de 2020, ficou estável em 2,25% ao ano.

Às 15h, sairão os dados da balança comercial semanal até 7 de junho.

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No exterior, o principal destaque é o pronunciamento, às 10h45 (horário de Brasília), da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde.

3. Recuperação no Brasil

A falta de um plano unificado para a saída da pandemia do novo coronavírus pode fazer com que o Brasil sofra por mais tempo os efeitos da doença, segundo o jornal “O Estado de São Paulo”.

As diferenças regionais também podem fazer com que o Brasil conviva com mais tempo com a Covid-19.

O país convive ainda com a divulgação de dados divergentes sobre a doença pelo próprio Ministério da Saúde. No domingo, a pasta divulgou que o número de mortes confirmadas em 24 horas tinha sido de 1.382 mortes. Depois, alterou o número para 525. O número total de mortes com o número revisado ficou em 37.312. O Ministério da Saúde não esclareceu o que levou a essa modificação.

Ainda em destaque, depois de forte reação de especialistas, políticos e integrantes do Judiciário sobre a forma de divulgação dos dados do coronavírus nos últimos dias, o governo anunciou um recuo e prometeu retomar a divulgação detalhada dos impactos da doença.

Além da pandemia, o presidente Jair Bolsonaro também enfrentou uma série de protestos contra seu governo. As manifestações, que contribuíram para o aumento da aglomeração de pessoas, ocorreram em diversas cidades do país.

4. Alta das commodities

O minério de ferro passa dos US$ 100 no mercado de Cingapura e na China. A razão para isso é o choque de oferta causado pela Vale, que precisou suspender a operação no complexo de Itabira.

O pregão também é positivo para o petróleo. O do tipo Brent chega perto dos US$ 43 após os maiores produtores de petróleo concordarem em estender os cortes de produção.

O ministro de Energia da Arábia Saudita, Abdelaziz bin Salman, afirmou que é fundamental manter o pacto atual de redução e que a perspectiva para o futuro é otimista, mas o mundo enfrenta “tempos desafiadores” em razão da pandemia do novo coronavírus.

5. Noticiário corporativo

A principal notícia desse início de semana é a suspensão das operações do complexo de mineração de Itabira (MG) da Vale, atendendo a determinação da Justiça do Trabalho. O local tem uma produção mensal de 2,7 milhões de toneladas de minério de ferro.

A Vale informou que, apesar da suspensão, não é necessária revisar a projeção de produção de minério para o ano. Isso porque a empresa já tinha feito uma provisão relacionada à pandemia do coronavírus de 15 milhões de toneladas.

Ainda assim, pode ocorrer um “desabastecimento temporário de pelotas para o mercado interno”, o que atingiria as siderúrgica do complexo de Tubarão (SC).

Enquanto isso, a Petrobras anunciou que as exportações de óleo combustível subiram 231% em maio.

Já a A SulAmérica divulgou acordo para a compra da operadora de planos de saúde Paraná Clínicas. O acordo foi fechado com a Rede D’Or no valor de R$ 385 milhões.

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