Mercado financeiro vê contração de 6,48% do PIB em 2020, segundo Focus

Economistas consultados esperam ainda que a Selic encerre 2020 em 2,25% ao ano, com aumento para 3,50%, em 2021

Mariana Zonta d'Ávila

Brasil em queda/crise (Foto: Getty Images)

SÃO PAULO – Com a deterioração da economia brasileira em meio à pandemia de coronavírus, o mercado financeiro já estima uma contração de 6,48% da atividade em 2020. É o que mostra o relatório Focus, divulgado pelo Banco Central na manhã desta segunda-feira (8).

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A projeção, que vem sendo reduzida há 17 semanas consecutivas, é pior do que a divulgada na última semana, quando os economistas previam uma retração de 6,25% do Produto Interno Bruto (PIB).

Antes da chegada do coronavírus no Brasil, o mercado estimava um crescimento de 2,30% do PIB, percentual que passou a ser reduzido a partir de 17 de fevereiro.

No primeiro trimestre, o Brasil registrou uma queda de 1,5% do PIB, mostrando os impactos iniciais da pandemia.

Para 2021, a expectativa foi mantida em uma expansão de 3,50% da economia.

As medidas de isolamento social e a crise econômica que já se instaura no país também levaram a uma nova redução – a 13ª consecutiva – na projeção para a inflação neste ano.

Agora, é esperada uma alta de 1,53% para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2020, ante expectativa de 1,55% na semana passada. Para 2021, a projeção é de 3,10%, sem alterações em relação ao último levantamento.

Com relação à taxa básica de juros, o Focus vê a Selic encerrando dezembro a 2,25% a.a. (sem mudanças na comparação com a semana passada), com um corte de 0,75 ponto percentual na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que acontece entre os dias 16 e 17 de junho.

Ainda segundo o relatório do BC, a Selic deve subir para 3,50% a.a. ao fim de 2021, frente expectativa de 3,38% anteriormente. Já para 2022, houve queda na estimativa, de 5,13% para 5,00% ao ano.

Por fim, no que tange às previsões para o câmbio, o Focus revelou que a estimativa para o dólar neste ano é de R$ 5,40 e de R$ 5,08, em 2021, sem alterações em relação ao boletim passado.

Top 5

Entre os economistas que mais acertam as previsões, reunidos na categoria “Top 5” do relatório do BC, houve revisões nas estimativas para inflação, juros e câmbio.

Segundo o Focus, o grupo “Top 5 médio prazo” vê alta de 1,67% para a inflação este ano, frente à estimativa de 1,31% na semana anterior. A projeção para 2021, por sua vez, teve alta de 3,00% para 3,25%.

Com relação à taxa básica de juros, houve queda nas expectativas, de 2,25% para 2,13% a.a., em 2020, de 2,88% para 2,75% a.a., em dezembro de 2021, e de 6,00% para 5,75%, ao fim de 2022.

Já o dólar deve encerrar este ano em R$ 5,20, ante estimativa anterior de R$ 5,40, e permanecer neste patamar até o fim do próximo ano, segundo os especialistas ouvidos pela autoridade monetária.

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