Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta segunda-feira

Dados da China e da Europa diminuem aversão ao risco do mercado; Bolsonaro dá aval a Guedes para novo imposto e mais destaques

Equipe InfoMoney

(Shutterstock)

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Agosto começa com menor aversão ao risco, com os investidores se apoiando em dados mais positivos sobre a economia, ainda que monitorando o avanço da pandemia do novo coronavírus.

No Brasil, o presidente Jair Bolsonaro deu aval para que o ministro Paulo Guedes (Economia) discuta a criação de um imposto nos modelos da antiga CPMF. No entanto, alertou para deixar claro que haverá uma substituição tributária.

No cenário corporativo, André Brandão deve ser o novo presidente do Banco do Brasil. A Latam Brasil vai demitir 2.700 funcionários e a BB Seguridade registrou queda de 9% no lucro do segundo trimestre.

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1. Bolsas mundiais

Agosto começa com ganhos nos mercados financeiros estimulados por dados econômicos mais positivos. No entanto, a atenção do mercado se divide entre a divulgação de dados que mostrem a recuperação da economia e o avanço das infecções por coronavírus, que tem levado à adoção de medidas mais restritivas em algumas regiões.

Na Europa, os dados do PMI (índice dos gerentes de compra) do setor industrial medidos pelo IHS Markit animaram os investidores. Os dados de julho mostram que a atividade na zona do euro registrou expansão pela primeira vez desde o início de 2019. O indicador chegou a 55,3 pontos, acima da expectativa e também do número registrado em junho (48,9 pontos).

O DAX, de Frankfurt, avança 1,83%.

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O apetite por risco, no entanto, é contido pelo avanço das infecções pelo novo coronavírus. Algumas regiões dos Estados Unidos precisaram voltar a adotar medidas mais restritivas de circulação, o que coloca em dúvida a velocidade da recuperação da economia americana.

Os futuros do Dow Jones sobem 0,27% e os do S&P 500 têm alta de 0,37%.

“Haverá uma recuperação, mas voltar para onde estávamos antes de começar (a pandemia) será um verdadeiro desafio e exigirá suporte monetário e fiscal contínuo”, destacou, à Bloomberg, Anne Anderson, chefe de renda fixa da UBS Asset Management Australia.

Na Ásia, dados do PMI da industrial medido pela Caixin também mostraram avanço, beneficiando os mercados acionários. O indicador mostrou que a atividade fabril cresceu em um ritmo mais acelerado em julho do que em qualquer ponto desde janeiro de 2011.

O Shangai SE subiu 1,75%, mas o Hang Seng Index, de Hong Kong, recuou 0,56%. Em Tóquio, o Nikkei 225 avançou 2,24%.

Ainda no radar, os investidores monitoram a tensão entre os EUA e a China. O governo Donald Trump deverá anunciar medidas contra “uma grande variedade” de softwares de propriedade chinesa considerados como riscos à segurança nacional, disse o secretário de Estado dos EUA, Michael Pompeo.

Vale destacar que a Microsoft anunciou no último domingo (2) que continuará as negociações com o TikTok após conversa entre o seu presidente-executivo, Satya Nadella, e Trump. Em um blog da empresa, a Microsoft afirmou que considera as preocupações de Trump e confirmou que está agilizando as discussões com a ByteDance, dona do aplicativo de vídeos, notificando o governo dos EUA sobre uma possível compra de ativos da TikTok no país.

Entre as commodities, o  petróleo cai com início de mais oferta pela Opep+; cobre e níquel recuam em Londres, enquanto minério de ferro sobe em meio às expectativas de que a forte demanda na China e a menor oferta deixem o mercado em déficit este ano.

Veja o desempenho dos mercados, às 7h45

Nova York

*S&P 500 Futuro (EUA), +0,37%

*Nasdaq Futuro (EUA), +0,83%

*Dow Jones Futuro (EUA), +0,27%

Europa

*Dax (Alemanha), +1,83%

*FTSE 100 (Reino Unido), +0,47%

*CAC 40 (França), +0,94%

*FTSE MIB (Itália), +0,63%

Ásia

*Nikkei 225 (Japão), +2,24% (fechado)

*Hang Seng Index (Hong Kong), -0,56% (fechado)

*Shanghai SE (China), +1,75% (fechado)

*Petróleo WTI, -0,99%, a US$ 39,87 o barril

*Petróleo Brent, -0,64%, a US$ 43,24 o barril

**Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam em alta de 4,21%, cotados a 873.00 iuanes, equivalente hoje a US$ 125 (nas últimas 24 horas).
USD/CNY = 6,9829 (+0,11%)

*Bitcoin, US$ 11.135, -0,66%

2. Agenda

O Banco Central (BC) publicou o boletim Focus, que compila as projeções econômicas feitas por uma série de instituições. A projeção para o PIB de 2020 passou de queda de 5,77% para baixa de 5,66% e do IPCA passou de 1,67% para 1,63%. A Selic ao fim do ano foi mantida em 2% e a projeção do dólar segue em R$ 5,20. Às 15h, será a vez da Secretaria de Comércio Exterior divulgar a balança comercial referente ao mês de julho.

Ainda no Brasil, às 10h saem os dados da Markit sobre o PMI Manufatura referente ao mês de julho.

Nos Estados Unidos, o mesmo PMI será divulgado às 10h45 (horário de Brasília). Já os dados sobre dados da construção serão conhecidos às 11h. Por último, às 20h, serão divulgados os dados sobre venda de veículos.

Na agenda do InfoMoney, tem início a série Por dentro dos resultados, que trará lives com os CEOs e principais executivos de companhias da Bolsa, em que eles vão comentar os números do ano e detalhar as estratégias dos próximos meses. A primeira empresa da lista é a rede de laboratórios Fleury, que fará uma live às 15h no Youtube do InfoMoney no dia 3 de agosto (cadastre-se para participar da live do Fleury).

Já às 16h, o Stock Pickers entrevista Breno Guerbatin, da Studio, que explicará por que possui posição vendida nas ações da Cogna. A conversa será transmitida no Youtube do Stock Pickers.

3. Nova CPMF

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deu aval para que o ministro Paulo Guedes (Economia) discuta a criação de um novo imposto nos moldes da antiga CPMF, segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo.

Em sua campanha e até o ano passado, o presidente se manifestava contra a criação de novos impostos. Por isso, pede que o ministro esclareça que não seria um novo imposto e sim uma substituição tributária.

4. Menor arrecadação

Os estados brasileiros registraram uma queda de R$ 16,4 bilhões na arrecadação no primeiro semestre do ano em relação a igual período de 2019, segundo reportagem do jornal “Folha de S.Paulo”. Das 27 unidades da federação, 20 apresentaram queda.

Ao todo, os estados tiveram uma receita com impostos, taxas e contribuições de R$ 251 bilhões entre janeiro e junho de 2020 contra R$ 267,6 bilhões no mesmo período de 2019, em valores atualizados pela inflação; uma queda de 6%. Esse resultado, segundo a reportagem, é pior do que o registrado nas crises de 2008 e 2015.

A queda na receita aprofundou a crise em estados que já vinham enfrentando um cenário de dificuldade nas contas públicas, caso de Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Os três estados mantêm o pagamento escalonado de servidores públicos.

5. Radar corporativo

André Brandão é o nome escolhido para assumir a presidência do Banco do Brasil em substituição à Rubem Novaes, que pediu demissão no último dia 24.

Brandão tem cerca de duas décadas de experiência no mercado financeiro e já passou por bancos como HSBC , Citi e outros.

No domingo, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que “a princípio” o nome de Brandão estava confirmado, mas que iria falar com o ministro Paulo Guedes.

Ainda sobre estatais, a Eletrobras projeta investir R$ 6 bilhões por ano até 2035 na expansão de seu parque de geração e transmissão de energia. O montante pode dobrar caso ocorra a capitalização e privatização da companhia, informou a empresa em fato relevante.

Esses níveis de investimento seriam possíveis sem que a empresa se afastasse da disciplina financeira, com um indicador de alavancagem medido pela relação entre dívida líquida e geração de caixa (Ebitda) abaixo de 2,5 vezes, afirma a Eletrobras nos documentos do planejamento estratégico 2020-2035.

E a BB Seguridade registrou um lucro líquido ajustado de R$ 981,8 milhões, uma queda de 9% no comparativo anual.

Já a Latam divulgou a demissão de ao menos 2.700 funcionário no Brasil.

A decisão ocorre após o fracasso das negociações com o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) sobre salários dos trabalhadores. A empresa tentava conseguir uma redução de salários permanentes, enquanto os trabalhadores queriam que ela fosse apenas temporária.

E na sexta-feira à noite, o grupo de energia e logística Cosan apresentou pedido de registro para realização de uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) de sua controlada Compass Gás e Energia.

A quantidade de ações da Compass a serem vendidas no âmbito da oferta ainda não foi divulgada, assim como o preço de venda.

A Cosan disse ainda que pediu também adesão da Compass ao segmento especial de listagem Novo Mercado da B3.

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