Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta segunda-feira

Bolsas chinesas registram forte queda na volta do Ano Novo, enquanto Europa e EUA tentam sustentar ganhos

Equipe InfoMoney

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As bolsas de valores da China fecharam hoje em forte queda, na volta do feriado do Ano Novo lunar. As medidas adotadas pelo BC chinês no final de semana não impediram uma venda generalizada de ações em Xangai e Shenzen; contudo, as outras bolsas da Ásia não foram muito afetadas, com Hong Kong fechando em leve alta. O preço da tonelada do minério de ferro desabou para US$ 86 na bolsa chinesa de Dalian na volta do feriado, enquanto o yuan desvalorizou-se frente ao dólar, na faixa dos 7 yuanes por US$ 1.

Segundo a CNBC, o governo chinês acusou os Estados Unidos de exagerarem e provocarem “medo” com o surto do coronavírus. Os futuros de Nova York avançam e as bolsas europeias abriram em alta.

Nos indicadores, serão publicadas hoje as pesquisas da Markit sobre a indústria em janeiro na Zona do Euro, Estados Unidos e Brasil. A FGV também publica o IPC-S, que deve mostrar desaceleração dos preços.

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1. Bolsas mundiais

As medidas adotadas pelo Banco Popular da China, o BC chinês, não evitaram hoje uma venda geral de ativos nas bolsas de valores chinesas, que fecharam com fortes quedas de 7,75% em Xangai e 8,4% em Shenzen. As bolsas da China estavam fechadas desde 24 de janeiro. Mas as outras bolsas de valores da Ásia tiveram reações diferentes, com Seul fechando estável e Hong Kong com pequeno avanço.

As bolsas europeias abriram em alta, enquanto os futuros de Nova York avançam na manhã de hoje. O surto do coronavírus, contudo, permanece uma ameaça, com o número de pessoas atingidas ultrapassando 17,2 mil e 362 mortes. A chancelaria chinesa acusou os governos de alguns países, especialmente dos Estados Unidos, de exagerarem nas medidas contra o surto e espalharem o “medo”.

Os esforços globais para conter a disseminação aumentaram depois que as Filipinas notificaram a primeira fatalidade fora da China e os EUA confirmaram mais infecções.

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Voltando às commodities, o petróleo WTI mantém patamar de US$ 51 após despencar 12% nas duas últimas semanas.

Veja o desempenho dos mercados, às 7h23 (horário de Brasília):

Nova York
*S&P 500 Futuro (EUA), +0,36%
*Nasdaq Futuro (EUA), +0,48%
*Dow Jones Futuro (EUA), +0,31%

*Dax (Alemanha) , +0,09%
*FTSE (Reino Unido), +0,35%
*CAC 40 (França), +0,05%
*FTSE MIB (Itália), +0,15%

*Nikkei (Japão), -1,01% (fechado)
*Kospi (Coreia do Sul), -0,01% (fechado)
*Hang Seng (Hong Kong), +0,17% (fechado)
*Xangai (China), -7,72% (fechado)

*Petróleo WTI, +0,27%, a US$ 51,70 o barril
*Petróleo Brent, -0,23%, a US$ 56,49 o barril

**A Bolsa de Dalian fechou em forte queda. Em 03 de fevereiro, contratos futuros do minério de ferro negociados em Dalian fecharam com queda de 7,97%, cotados a 606,500 iuanes, equivalentes a US$ 86,42 (nas últimas 24 horas). USD/CNY= 7,0197 (-1,18%)
*Bitcoin, US$ 9.331,21, -0,05%

2. Indicadores econômicos

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulga na manhã de hoje o IPC-S referente à última quadrissemana de janeiro. Já o Banco Central divulga a pesquisa semanal Focus.

Já a balança comercial deve mostrar superávit de US$ 275 milhões em janeiro, segundo estimativa mediana em pesquisa Bloomberg, após superávit de US$ 5,6 bilhões na medição anterior e superávit de US$ 1,7 bilhão em janeiro de 2019; o ministério da Economia divulga o indicador às 15h.

A Markit publicará hoje o PMI, indicador de compras, do setor industrial em janeiro de três países e da Zona do Euro: Itália (6h), Zona do Euro (6h30), Brasil (10h) e Estados Unidos (11h45). Nos EUA, serão divulgados ao meio-dia os gastos com construção em dezembro.

3. Política 

O Congresso Nacional volta hoje do recesso com apenas três projetos prontos para votação, informa o jornal O Globo. A mudança na Lei do Saneamento é a única elencada como prioritária, no curto prazo, pelo poder executivo e pelos líderes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Há também as reformas tributária e administrativa, cuja tramitação ainda depende do envio das propostas do poder executivo. A oposição quer convocar o ministro da Educação, Abraham Weintraub, para explicar as falhas no Enem, mas não definiu uma data. Desgastado pela crise com um dos seus assessores, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, lerá uma mensagem elencando as prioridades do governo.

4. Repatriação da China 

O governo brasileiro decidiu enviar um avião para retirar os brasileiros que estão em Wuhan, epicentro do surto do coronavírus chinês. Em vídeo, brasileiros na China pediram a Bolsonaro apoio para voltar ao país. Estados Unidos, Austrália, França e Reino Unido já resgataram seus cidadãos. Ontem as Filipinas registraram a primeira morte provocada pelo vírus.

5. Noticiário corporativo

A Cogna (COGN3) fará uma oferta pública primária de 172,1 milhões de ações na B3, ao valor de R$ 2 bilhões. A empresa informou que usará a soma levantada para a aquisição de “sociedades que atuam no ensino superior” no Brasil. Posteriormente, a empresa ofertará ações na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) no valor de R$ 700 milhões, em outra operação. Já a construtora e incorporadora MRV (MRVE3) comunicou que resolveu as questões sobre o investimento na sua subsidiária AHS Residential nos Estados Unidos. Segundo a MRV, houve uma conciliação de interesses entre o maior acionista individual no Brasil, Rubens Menin, e os outros acionistas.

(Com Agência Estado e Bloomberg)

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