Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta quinta-feira

BC da China confirma expectativa e corta juros, reações ao balanço da Petrobras e IPCA-15 movimentam mercado nesta sessão

Equipe InfoMoney

(Shutterstock)

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O Banco do Povo da China reduziu ontem à noite (hora de Brasília) a taxa de juros em dez pontos-base, para 4,05% ao ano, e a bolsa de valores de Xangai fechou hoje em alta de 1,81% com o estímulo.

Mesmo assim os mercados não parecem ter reagido imediatamente ao incentivo: as bolsas europeias abriram em leve queda e os futuros de Nova York estão em terreno negativo, à espera de sinais dos indicadores e das empresas.

No cenário brasileiro permanece a incerteza com a reforma tributária, enquanto no noticiário corporativo segue a temporada de balanços, com a Petrobras informando na noite de ontem um lucro recorde no quarto trimestre de 2019. Conforme destaca análise do Bradesco BBI, os números foram positivos, com destaque para a forte operação em exploração e produção.  Raia Drogasil, Pão de Açúcar, Marfrig e Laboratórios Fleury publicaram balanços na noite de ontem. A Vale publica balanço hoje. Ainda em destaque, estão os dados do IPCA-15 de fevereiro.

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1. Bolsas mundiais

O Banco do Povo da China cortou a taxa de juros em 10 pontos-base, de 4,15% para 4,05% ao ano. Esse movimento deu impulso para a bolsa de valores de Xangai, que fechou em alta de 1,81%; Tóquio avançou 0,34% no índice Nikkei-225, mas Hong Kong caiu 0,14%.

Na Coreia do Sul, a bolsa de Seul fechou em queda, hoje o país registrou a primeira morte por coronavírus. Já a Província de Hubei relatou uma queda acentuada em novos casos, mas isso ocorreu após outra mudança na maneira como a China diagnostica infecções, levantando novas questões sobre a confiabilidade dos dados.

As bolsas europeias abriram em leve baixa e os futuros de Nova York estão em terreno negativo, embora próximos à estabilidade. O mercado está de lado, aguardando indicadores e dados das empresas que mostrem uma direção.

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No mercado de commodities, o petróleo releva o vírus e estende alta; metais recuam em Londres, enquanto o minério de ferro sobe após exportações da Austrália caírem com ciclone.

Veja o desempenho dos mercados, às 7h17 (horário de Brasília):

Nova York
*S&P 500 Futuro (EUA), -0,07%
*Nasdaq Futuro (EUA), -0,10%
*Dow Jones Futuro (EUA), -0,10%

Europa
*Dax (Alemanha) , -0,13%
*FTSE (Reino Unido), +0,11%
*CAC 40 (França), -0,13%
*FTSE MIB (Itália), -0,33%

Ásia
*Nikkei (Japão), +0,34% (fechado)
*Kospi (Coreia do Sul), -0,67% (fechado)
*Hang Seng (Hong Kong), -0,14% (fechado)
*Xangai (China), +1,81% (fechado)

*Petróleo WTI, +0,23%, a US$ 53,41 o barril
*Petróleo Brent, +0,03%, a US$ 59,14 o barril

**Na Bolsa de Dalian, o minério fechou em forte alta. Em 20 de fevereiro, contratos futuros do minério de ferro negociados em Dalian fecharam com alta de 4,22%, cotados a 667,000 iuanes, equivalentes a US$ 94,98 (nas últimas 24 horas). USD/CNY= 7,0225 (-0,42%)
*Bitcoin, US$ 9.585,79 +0,33%

2. Indicadores econômicos

O IBGE publica às 9h de hoje o IPCA-15 de fevereiro, que deve mostrar como os preços oscilaram na primeira metade do mês. A inflação medida pelo indicador deve ter registrado alta de 0,23% em fevereiro na comparação mensal, segundo estimativa mediana em pesquisa Bloomberg, depois de ter avançado 0,71% na medição anterior.

A FGV publica também pela manhã o índice de confiança do consumidor relativo a fevereiro. Nos Estados Unidos, o Federal Reserve da Filadélfia publica o índice industrial relativo a fevereiro.

3. Reformas

Investidores estão questionando o governo federal sobre a política fiscal, mostra matéria do jornal O Estado de S. Paulo de hoje. Presidente do Insper, o economista Marcos Lisboa avalia que, para complicar o cenário já nebuloso, começam a “sair” medidas para furar o teto de gastos. Investidores estrangeiros já avisaram o ministro da Economia, Paulo Guedes, que têm interesse em colocar dinheiro no Brasil, mas cobram avanços sólidos nos marcos legais. Um ponto de incógnita é a reforma tributária. Ninguém quer trazer recursos para o Brasil “no escuro” sem saber como ficarão as regras sobre impostos.

Ainda no radar dos investidores, está a notícia da Bloomberg de que o apoio de Bolsonaro a Guedes destrava reforma administrativa em efeito inesperado após controvérsias. O texto que altera regras de contratação e de remuneração dos servidores públicos estava tecnicamente pronto; na reunião de terça-feira, recebeu apoio político que faltava ao projeto, segundo integrante da equipe econômica. O Ministério da Economia não quis comentar; Planalto não respondeu imediatamente a pedido de comentário da agência.

Na agenda, Bolsonaro, Guedes e Campos Neto, presidente do BC, cumprem agenda em Brasília e participam às 10h30 do lançamento do crédito imobiliário com taxa fixa; ministro e presidente do BC ainda participam da reunião do Conselho Monetário Nacional, às 15h.

4. Política

Vale destacar ainda o ambiente de tensão após o ex-governador e senador pelo Ceará, Cid Gomes (PDT), ter sido baleado ontem por policiais militares amotinados quando tentava invadir um quartel com uma retroescavadeira em Sobral, reduto político da família Gomes. O senador foi hospitalizado mas não corre risco de morte. O ministro da Justiça, Sergio Moro, autorizou ontem à noite o envio da Força Nacional de Segurança Pública para o Ceará.

5. Noticiário corporativo

Além da Petrobras (PETR3 e PETR4), que anunciou na noite de ontem um lucro recorde anual de R$ 40,1 bilhões, Raia Drogasil (RADL3), Pão de Açúcar (PCAR4), Rede Fleury (FLRY3) e Marfrig (MGFR3) publicaram balanços. A Raia Drogasil reportou lucro líquido de R$ 167 milhões no quarto trimestre, um pouco acima das projeções, mas lucrou 7% a mais em 2019, um total de R$ 587 milhões. O Grupo Pão de Açúcar teve lucro líquido de R$ 836 milhões em 2019, uma queda de 34,89% sobre 2018. A Rede Fleury lucrou R$ 65,2 milhões no quarto trimestre de 2019, uma expansão de 12% sobre igual período de 2018. Já a Ultrapar (UGPA3) reverteu o lucro e tem prejuízo de R$ 266,5 milhões no 4º trimestre.

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