Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta quinta-feira

Bolsas sobem nesta manhã, embalados pela perspectiva de que seja fechado acordo entre EUA-China em breve; no Brasil, atenção para a cúpula do Mercosul

Equipe InfoMoney

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Os investidores monitoram hoje a 55ª reunião da Cúpula do Mercosul, em Bento Gonçalves, em meio às preocupações com a taxação ao aço brasileiro e argentino, por parte dos EUA. Estarão presentes os presidentes Jair Bolsonaro, o ministro da Economia Paulo Guedes e o presidente do Banco Central, Campos Neto.

Já no exterior, as bolsas seguem alta, ainda que mais discreta que na véspera, em meio às notícias de um possível acordo para que sejam retiradas as tarifas dos EUA contra a China ainda na primeira quinzena do mês. Ontem, o rali global ajudou o Ibovespa a renovar recorde acima de 110.000 pontos.

Confira os destaques desta quinta-feira:

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1. Bolsas Internacionais

Os mercados futuros de Nova York operam em alta nesta manhã, embalados pela perspectiva de que seja fechado, até o dia 15, o acordo comercial de primeira fase entre os Estados Unidos e a China.

Embora o governo chinês mantenha certa cautela sobre a questão, o porta-voz do Ministério do Comércio da China, Gao Feng, disse que delegações dos dois países mantém as negociações.

As bolsas asiáticas fecharam em alta nesta quinta-feira, refletindo as declarações feitas ontem pelo presidente dos EUA, Donald Trump, de que as negociações com a China iam “muito bem”. As bolsas europeias abriram em leve alta ou próximas à estabilidade, como Londres e Frankfurt. A Europa aguarda a publicação do PIB da Zona do Euro mais tarde nesta manhã, por isto os mercados ainda operam sem uma direção definida.

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Os investidores também aguardam o primeiro dia da reunião da Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep), que acontece em Viena. O Iraque defende um corte na produção, mas não há consenso. Enquanto a Opep se reúne na capital austríaca, a petrolífera saudita Aramco, a maior do mundo, realiza hoje seu primeiro IPO.

Outro assunto que será acompanhado de perto pelos investidores são os pedidos semanais de seguro-desemprego nos Estados Unidos, que poderão indicar se o mercado de trabalho está se enfraquecendo, como indicaram dados de novembro.

Confira o desempenho dos mercados, segundo cotação das 07h25 (horário de Brasília):

*S&P 500 Futuro (EUA), +0,22%
*Nasdaq Futuro (EUA), +0,27%
*Dow Jones Futuro (EUA), +0,25%

*DAX (Alemanha), -0,02%
*FTSE (Reino Unido), -0,08%
*CAC-40 (França), +0,48%
*FTSE MIB (Itália), +0,28%

*Hang Seng (Hong Kong), +0,59% (fechado)
*Xangai (China), +0,74% (fechado)
*Nikkei (Japão), +0,71% (fechado)

*Petróleo WTI, -0,05%, a US$ 58,40 o barril
*Petróleo Brent, +0,32%, a US$ 63,20 o barril

**Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam com alta de 0,98%, cotados a 620,50 iuanes, equivalentes a US$ 88,13 (nas últimas 24 horas). USD/CNY= 7,04 (-0,11%)

*Bitcoin, US$ 7.376,79, +1,41%

2. Agenda de indicadores

Na agenda de indicadores, o destaque fica com a divulgação, às 10h30, dos dados relativos à produção de veículos no mês de novembro, que podem confirmar a melhora da produção industrial brasileira, indicada em outubro pelo IBGE.

Dados positivos da produção de automóveis e veículos pesados podem reforçar a percepção de retomada econômica, o que poderá a bolsa a um novo recorde.

Na véspera, a B3 fechou acima de 110 mil pontos, impulsionado pela possibilidade de acordo comercial entre os Estados Unidos e a China.

Nos EUA, hoje serão divulgados, às 10h30, os dados de pedidos de seguro-desemprego nos EUA e os números da balança comercial americana, que devem refletir os impactos da guerra comercial travada com a China.

Já às 12h saem os pedidos às fábricas de outubro, com estimativa de alta de 0,3% e pedidos de bens duráveis.

3. Mercosul

Na 55ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, que acontece hoje em Bento Gonçalves (RS), os presidentes do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai deverão assinar acordos diplomáticos sobre proteção mútua de indicações geográficas, transporte de produtos perigosos, serviços financeiros, defesa do consumidor e reconhecimento recíproco de assinaturas digitais.

Os quatro países sócios no Mercosul não conseguiram, no entanto, rever a tarifa externa comum a ser usada em comércio com outros países. Para o chanceler brasileiro Ernesto Araújo, “em seus 25 anos de existência a tarifa externa comum nunca passou por uma revisão integral e seus níveis são relativamente ainda muito altos e podem prejudicar nossa competitividade”. Ele acredita que as discussões avançarão no próximo semestre.

Durante a presidência brasileira, o Mercosul concluiu acordo com a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), integrada por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein. O bloco também manteve negociações com Canadá, Singapura, Líbano e Coreia do Sul para acordo comercial, e teve diálogos com Vietnã e Indonésia e, no plano regional, com Colômbia e a Aliança do Pacífico, conforme resume nota do Ministério das Relações Exteriores.

4. Noticiário político

Na política, o destaque é a aprovação na Câmara dos Deputados do pacote anti-crime proposto pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro, que no entanto não teve a ampliação do excludente de ilicitude para forças de segurança e a prisão em segunda instância.

O texto-base foi aprovado por 408 votos a favor, 9 contra, e 2 abstenções e, posteriormente, os parlamentares rejeitaram um destaque do partido Novo, que pedia a retirada do texto da figura do juiz de garantias, um magistrado responsável pelo controle da legalidade da investigação criminal e que não fará o julgamento do mérito do fato.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, comemorou na noite de hoje (4), em sua conta pessoal no Twitter, a aprovação do projeto de lei do pacote anticrime na Câmara dos Deputados. O texto segue agora para o Senado.

Ainda na política, o PT e o PSL serão os partidos que receberão maior valor do fundo eleitoral em 2020, num total de R$ 3,8 bilhões. Deste total, o PT ficará com R$ 376 milhões; o PSL com R$ 350 milhões; e o MDB com R$ 289 milhões, segundo o Estadão.

Conforme aponta a Folha, a comissão do Congresso responsável pelo Orçamento aprovou nesta quarta-feira (4) relatório preliminar que aumenta para R$ 3,8 bilhões o fundo eleitoral em 2020. Para inflar os recursos das campanhas municipais, o Congresso prevê cortes em saúde, educação e infraestrutura.

Já os jornais O Globo e Valor Econômico informam sobre a reforma da previdência dos militares, que poderia chegar a uma economia de R$ 97,3 bilhões em dez anos, mas que foi reduzida consideravelmente, para R$ 10,45 bilhões, por causa da reestruturação das carreiras.

5. Noticiário Corporativo

O noticiário corporativo é movimentado. Em destaque, a Petrobras planeja pagar US$ 3 bilhões em dividendos em 2020, destacou Andrea Almeida, CFO da estatal. Aempresa pretende distribuir US$ 34 bilhões em dividendos entre 2020 e 2024, complementou a executiva. A previsão de dividendos considera Brent a US$ 65 o barril. A participação da BR Distribuidora pode levantar de US$ 2 bilhões a US$ 3 bilhões.

A JBS informou que vai investir R$ 8 bilhões para expansão no Brasil nos próximos 5 anos e vê o país bem posicionado para atender à crescente demanda global de proteínas nas próximas décadas. “O Brasil é extremamente importante para nós. Temos grandes oportunidades de crescimento aqui”.

Na Eletrobras, 1.300 empregados aderiram a plano demissão consensual; desligamento proporcionará economia estimada de R$ 490 milhões ao ano, com payback de 18 meses.

A Marisa levantou R$ 515,6 milhões com oferta de 51,6 milhões de ações ON.

A Bradespar comunicou que a Justiça negou o pleito da Litel de R$ 1,4 bilhão. A Ultrapar aprovou investimento de R$ 1,77 bilhão para 2020. Por fim, na Dommo, a produção de petróleo para novembro caiu para 169.536 barris.

(Com Agência Estado, Agência Brasil e Bloomberg)

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