Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta quinta-feira

Bolsas mundiais buscam reação após forte queda da véspera; petróleo sobe forte com fala de Trump e plano da China

Equipe InfoMoney

(Shutterstock)

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Após a forte queda da véspera após Donald Trump prever que os EUA teriam um período doloroso com expansão dos casos e mortes do coronavírus, os futuros de Nova York avançam na manhã de hoje as bolsas da Ásia fecharam sem uma direção definida, com queda em Tóquio mas pequenos ganhos nas outras praças.

As bolsas europeias abriram em alta, impulsionadas em parte pelas ações das petrolíferas; o petróleo sobe forte na manhã de hoje, após as fortíssimas quedas do primeiro trimestre.

Os mercados aguardam a divulgação dos dados de empregos na semana passada nos Estados Unidos, às 9h30, um dia antes do relatório de emprego. Projeções indicam que 3,7 milhões de empregos foram perdidos pelo avanço do coronavírus. Confira os destaques:

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1.Bolsas mundiais

Os futuros de Nova York avançam na manhã de hoje, após as perdas de ontem na NYSE. Os preços do petróleo também estão em alta, no que é visto como uma reação natural após as fortes quedas do mercado. Nesta sessão, a commodity tem disparada após Donald Trump, presidente dos EUA, dizer acreditar que a Rússia e a Arábia Saudita farão um acordo sobre a guerra de preços do petróleo “em um futuro não muito distante” e com o plano da China de comprar a commodity para ampliar suas reservas.

Os mercados estão de olho nos dados de pedidos de seguro-desemprego nos EUA, que serão divulgados às 9h30 pelo Departamento do Trabalho dos Estados Unidos. As projeções dos economistas indicam que podem ter sido cortados 3,7 milhões de empregos nos EUA na semana passada, de acordo com consenso Bloomberg. Bank of America e Barclays projetam que o número superará 5 milhões.

Outro fator negativo que continua a pesar sobre os mercados é a epidemia do coronavírus, que atingiu mais de 930 mil pessoas ao redor do mundo até a manhã de hoje, com os EUA registrando mais de 200 mil casos confirmados.

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Na Ásia, as bolsas fecharam sem direção definida. Tóquio teve pequenas perdas, enquanto Seul, Hong Kong e Xangai fecharam em alta. As bolsas europeias abriram em alta, mas logo começaram a ceder os ganhos e os mercados operam de lado. Também do outro lado do Atlântico, os investidores aguardam os dados dos EUA e lidam com a epidemia.

Veja o desempenho dos mercados, às 7h29 (horário de Brasília):

Nova York
*S&P 500 Futuro (EUA), +1,51%
*Nasdaq Futuro (EUA), +1,04%
*Dow Jones Futuro (EUA), +1,61%

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Europa
*Dax (Alemanha), +0,24%
*FTSE (Reino Unido), +0,21%
*CAC 40 (França), +0,42%
*FTSE MIB (Itália), +0,81%

Ásia
*Nikkei (Japão), -1,37% (fechado)
*Kospi (Coreia do Sul), +2,34% (fechado)
*Hang Seng (Hong Kong), +0,84% (fechado)
*Xangai (China), +1,69% (fechado)

*Petróleo WTI, +9,16%, a US$ 22,17 o barril
*Petróleo Brent, +9,38%, a US$ 27,09 o barril

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**Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam em alta de 2,85% cotados a 577.500 iuanes, equivalentes a US$ 81,37 (nas últimas 24 horas). USD/CNY= 7,0972 (-0,02%)

*Bitcoin, US$ 6.660,73 +1,29%

2. Indicadores econômicos

Na agenda econômica, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,10% em março, desacelerando marginalmente ante o aumento de 0,11% verificado em fevereiro e repetindo a variação observada na terceira quadrissemana do mês passado, segundo dados publicados hoje pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). No primeiro trimestre de 2020, o IPC-Fipe acumulou inflação de 0,50%. Nos 12 meses até março, o índice registrou alta de 3,22%.

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Às 10h, o Ministério da Economia divulgará os dados de arrecadação de fevereiro, com expectativa de arrecadar R$ 118 bilhões.

Entre os dados americanos, o destaque fica mais uma vez com os pedidos de seguro-desemprego na semana até 28 de março, com estimativa de alta de 3,7 milhões (segundo consenso Bloomberg) após um recorde de 3,28 milhões na semana anterior em meio à crise com o coronavírus. O dado será revelado às 9h30, mesmo horário da balança comercial de fevereiro.

Às 11h, serão divulgados os dados de pedidos às fábricas e de bens duráveis de fevereiro.

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3. Medidas do governo

O Congresso faz sessão deliberativa remota na Câmara, às 11h, e no Senado, às 17h, para análise do projeto de lei que garantirá recursos para o auxílio de R$ 600 aos trabalhadores autônomos para minimizar os efeitos da pandemia na economia.

Na véspera, o governo federal anunciou um programa que permite redução de jornada de trabalho e salário em 25%, 50% e até 70% por até três meses, por meio de acordos individuais – entre empregador e empregado – ou coletivos. A medida também autoriza a suspensão dos contratos por até dois meses. A equipe econômica calcula que 24,5 milhões de trabalhadores formais receberão o benefício.

O governo pagará uma parte do seguro-desemprego a que o trabalhador teria direito se fosse demitido. A estimativa oficial é de que o programa salvará 8,5 milhões de empregos ao dar um alívio momentâneo às empresas. O governo estima que, sem as medidas, até 12 milhões de empregados podem ser demitidos. Mesmo com as medidas, as demissões devem atingir 3,2 milhões de trabalhadores no Brasil.

O governo zera IOF em operações de crédito por 90 dias, com custo de R$ 7 bilhões aos cofres públicos e também anunciou a prorrogação do prazo para entrega da declaração de Imposto de Renda ano base 2019, de 30 de abril para 30 de junho. Além disso, houve o adiamento  por 2 meses do pagamento de PIS/Pasep, Cofins e patronal para a Previdência Social, com impacto de R$ 80 bilhões.

4. Coronavírus no Brasil

O Brasil tem 6.836 casos de coronavírus ante 5.717 um dia atrás, num aumento diário de 1.119, informou o Ministério da Saúde na última quarta-feira; país tem 241 mortes por coronavírus, ante 201 do dia anterior.

Equipes de saúde dos estados e municípios dizem que a subnotificação dos casos do coronavírus no Brasil, ao Ministério da Saúde, tem sido gigantesca, pela falta de kits para testes. Nesse cenário, em que o avanço da Covid-19 pode ser muito maior do que os registros, muitos hospitais esperam que dentro de poucas semanas faltem unidades de UTI para atender os casos mais graves, informa matéria da Folha de S. Paulo. Em outra reportagem, o jornal informa que o governo federal pretende fazer 100 mil testes para descobrir qual é a porcentagem da população que já foi atingida pelo coronavírus. Os testes começarão em duas semanas.

5. Noticiário corporativo

No radar corporativo, a Light aprovou a emissão de R$ 400 milhões em debêntures, enquanto a Lojas Americanas aprovou a emissão de R$ 1 bilhão em notas promissórias. A Ultrapar cancelou as projeções financeiras para 2020, enquanto a Petrobras fez acordo em litígio com a Sete Brasil, revertendo a provisão de R$ 634 milhões.

O Conselho de Administração da CVC elegeu Leonel Andrade como novo diretor presidente, enquanto o Conselho da Ouro Fino elegeu Kleber Gomes como CEO. Na Raizen, Ricardo Dell Aquila Mussa foi eleito como presidente.

Já o Banco do Brasil assinou um contrato de cessão, no valor de R$ 731 milhões, da sua carteira de clientes inadimplentes com a BV Financeira, uma subsidiária do Banco Votorantim (BV).

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