Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta quinta-feira

Bolsas mundiais têm alta em meio a negociações de um novo pacote fiscal nos EUA; impasse sobre financiamento do Renda Cidadã continua

Equipe InfoMoney

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As bolsas mundiais operam em alta nesta manhã, em meio às expectativas de aprovação de um pacote de estímulos à economia norte-americana. As bolsas europeias avançam, assim como os índices futuros de Nova York. Já na Ásia, a China tem feriado entre os dias 1 e 8 de outubro.

No Brasil, o mercado acompanha os próximos passos do governo sobre o programa Renda Cidadã. Ontem, depois de uma reunião de emergência, membros do governo e a equipe econômica saíram sem falar com a imprensa. Mais cedo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou que o governo não usaria dinheiro de precatórios para financiar o Renda Cidadã.

Sobre a reforma tributária, a expectativa agora é de que seja adiada para 2021, devido à proximidade das eleições municipais, que reduz a disposição de lideranças políticas para debater mudanças, segundo a Folha de S. Paulo. Além disso, os líderes partidários já sinalizaram que não gostaram da ideia da criação de um imposto sobre pagamentos

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No noticiário corporativo, o destaque é uma oferta global de mais de R$ 6 bilhões que está sendo preparada pela Natura. Já a CVC divulgou seu balanço do primeiro trimestre, com atraso, mostrando prejuízo líquido de R$ 1,15 bilhão, ante um lucro de R$ 46 milhões (pro forma), no mesmo período do ano anterior.

1. Bolsas mundiais

As bolsas mundiais mostram leve alta nesta manhã, na sequência de ganhos vistos em Wall Street no pregão anterior. A alta dos mercados é motivada pelas expectativas sobre a liberação de um novo pacote de estímulos nos Estados Unidos.

O chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, disse a jornalistas que o presidente Donald Trump propôs mais de US$ 1,5 trilhão em estímulos. Não foram dados mais detalhes, mas ele declarou que valores acima de US$ 2 trilhões poderiam causar problemas.

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Na Europa, o índice Euro Stoxx sobe 0,27%. O CAC, de Paris, avança 0,39% e o FTSE MIB, da Itália, registra alta de 0,43%, enquanto o FTSE 100, de Londres, sobe 0,62%. Ao mesmo tempo, o DAX, da Alemanha, cai 0,11%.

Ao mesmo tempo, os futuros de Nova York também avançam. Os futuros do S&P 500 sobem 0,60%, enquanto os do Dow Jones têm alta de 0,64%. Os futuros da Nasdaq sobem 0,74%.

Na quarta-feira, o Dow Jones subiu mais de 300 pontos, depois de passar de 550 pontos, em meio à esperança de que a Casa Branca e o Senado chegariam em um acordo sobre o pacote. No entanto, a decisão foi adiada, depois que a presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin não conseguiram chegar a um acordo. A dupla disse que as conversas vão continuar.

A pandemia continua a influenciar o sentimento dos investidores, que acompanham de perto o noticiário sobre vacinas. O presidente da farmacêutica Moderna disse que só deve pedir autorização da FDA para uma nova vacina da Covid-19 depois das eleições presidenciais, em novembro, segundo o Financial Times.

Já na Ásia, as negociações na bolsa de Tóquio foram suspensas na quinta-feira devido a um problema técnico, enquanto as bolsas da China, Hong Kong, Coreia do Sul e Taiwan permaneceram fechadas devido a um feriado local.

*Veja o desempenho dos mercados, às 7h09 (horário de Brasília):

Nova York

*S&P 500 Futuro (EUA), +0,92%
*Nasdaq Futuro (EUA), +1,15%
*Dow Jones Futuro (EUA), +0,89%

Europa

*Dax (Alemanha), +0,11%
*FTSE 100 (Reino Unido), +0,89%
*CAC 40 (França), +0,72%
*FTSE MIB (Itália), +0,80%

*Petróleo WTI, -0,82%, a US$ 39,89 o barril
*Petróleo Brent, -0,80%, a US$ 41,96 o barril

*Bitcoin, US$ 10.919,46, +2,09%

2. Agenda

O mercado acompanha hoje às 9h30 a divulgação dos pedidos de auxílio desemprego nos Estados Unidos, com estimativa de 850 mil pedidos, e o índice ISM da indústria de transformação local.

Também será conhecido o índice PMI da indústria de setembro, no Brasil e nos Estados Unidos. Além disso, a Fenabrave vai divulgar os dados de emplacamentos de veículos de setembro.

3. Renda Cidadã

Depois da polêmica gerada em torno das fontes de recursos que seriam usadas para bancar o programa Renda Cidadã, o governo procurou dar uma pausa no assunto. De acordo com o Estadão, membros do governo e a equipe econômica se reuniram na noite de ontem, mas saíram sem falar com a imprensa.

Até o momento, o governo não formalizou qual será a fórmula para financiar o benefício a partir do ano que vem. Mais cedo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou que o governo não usaria dinheiro de precatórios para financiar o Renda Cidadã. Além disso, ele chamou a alternativa de “puxadinho”.

Na segunda-feira 28, o governo anunciou que o programa social seria bancado com recursos reservados para o pagamento dessas dívidas e para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

Sobre a reforma tributária, a expectativa agora é de que seja adiada para 2021, devido à proximidade das eleições municipais, que reduz a disposição de lideranças políticas para debater mudanças, segundo a Folha de S.Paulo. Além disso, os líderes partidários já sinalizaram que não gostaram da ideia da criação de um imposto sobre pagamentos.

O mercado continua a acompanhar a troca de farpas entre o ministro da economia e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Guedes afirmou ontem que há boatos de que Maia fez um acordo com a esquerda para não pautar as privatizações, segundo a Folha de S.Paulo. “Não há razão para interditar as privatizações”, afirmou. Maia rebateu e declarou: “Paulo Guedes está desequilibrado”.

4. Teto para obras

No noticiário nacional, chama atenção a informação de que o presidente sancionou ontem uma lei que estipula um teto de R$ 100 mil para obras executadas pelo poder público sem licitação durante a pandemia do novo coronavírus. O limite anterior à MP era de R$ 8 mil ou R$ 15 mil, conforme o tipo de obra.

Segundo o Estadão, as regras já estão em vigor desde maio, quando foram editadas pelo governo em uma medida provisória. Com a aprovação no Congresso e a sanção presidencial, o novo limite fica consolidado durante a pandemia e não corre risco de perder validade.

Além disso, o governo vai prorrogar, por mais dois meses, o programa que autoriza empresas a reduzirem proporcionalmente, ou suspenderem, a jornada e o salário dos funcionários, segundo o G1. O benefício foi instituído com uma medida provisória em abril e, após duas prorrogações, estava mantido até meados de outubro. Com a promessa de mais dois meses, o prazo deve ser levado até 31 de dezembro. Ontem, o IBGE mostrou que a taxa de desemprego atingiu o patamar inédito de 13,8%.

Outro destaque é a notícia de que o governo federal alterou a finalidade de R$ 7,5 milhões doados especificamente para a compra de testes rápidos da Covid-19. Segundo a Folha, a verba foi repassada para o programa Pátria Voluntária, liderado pela primeira-dama, Michelle Bolsonaro.​

5. Radar corporativo

No ramo corporativo, chama atenção o anúncio de que a Natura fará uma oferta global de ações que pode somar R$ 6,207 bilhões. A oferta inclui uma emissão pública de distribuição primária com esforços restritos das ações no Brasil e uma oferta pública primária no exterior, sob a forma de ADSs. O objetivo da operação é acelerar o crescimento nos próximos três anos e otimizar a estrutura de capital, acelerando a desalavancagem.

A CVC Corp divulgou, com atraso, os resultados do primeiro trimestre, com prejuízo líquido consolidado de R$ 1,15 bilhão, ante um lucro de R$ 46 milhões (pro forma), no mesmo período do ano anterior. Além disso, deve ser retomado hoje o julgamento de uma ação que questiona a venda de subsidiárias da Petrobras, constituídas a partir do desmembramento da empresa matriz, sem aval do Congresso Nacional. O julgamento começou ontem, no STF.

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