Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta quarta-feira

Expectativa por reunião do Fomc guia ativos na sessão; resultados, com destaque para a Vale após o fechamento, movimentam o mercado

Equipe InfoMoney

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Os principais índices dos mercados acionários globais operam mistos nesta quarta-feira, com os investidores de olho na decisão sobre os juros nos Estados Unidos, que será divulgada às 15h.

No Brasil, o governo tenta encontrar uma forma de financiar suas promessas e espera enviar no próximo mês para o Congresso Nacional a proposta de criação de um imposto, aos moldes da CPMF, para financiar a desoneração da folha de pagamentos e a atualização do Bolsa Família, que passaria a se chamar Renda Brasil.

E as empresas começam a mostrar seus resultados do segundo trimestre. Cielo apresentou prejuízo, CSN elevou seu endividamento e o Santander obteve lucro líquido gerencial de R$ 2,136 bilhões no segundo trimestre, queda de 41,2% na comparação com o mesmo período do ano passado e de 44,6% ante o trimestre imediatamente anterior.

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Destaque após o fechamento fica para o balanço da Vale, com estimativa de US$ 3,73 bi em Ebitda, fechando dia forte em notícias corporativas. Outros balanços para hoje são de GPA, TIM, Cesp, Duratex, EcoRodovias, Localiza, Odontoprev pós- mercado.

1.Bolsas mundiais

Nos Estados Unidos, os futuros do Dow Jones estão próximos da estabilidade (+0,05%) e os do S&P 500 registram variação positiva de 0,19%.

O Federal Reserve (Fed, o bc americano) anuncia sua decisão de política monetária às 15h (horário de Brasília). Além disso, a autoridade monetária estendeu a maior parte dos programas emergenciais de empréstimos por até três meses.

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“Há estímulo e apoio suficientes no mercado do ponto de vista da política monetária, mas também do fiscal, e isso mantém um bom piso no mercado”, disse, à Bloomberg, Amanda Agati, estrategista-chefe do PNC Financial Services.

Já a temperadora de balanços tem decepcionado em alguns casos. Deutsche Bank e Barclays reportaram resultados aquém do esperado e enfraquecem os índices europeus.

O EuroStoxx opera praticamente estável, com pequena variação negativa de 0,03%, e o DAX, de Frankfurt, cai 0,33%.

E apesar das notícias sobre o avanço nos testes para uma vacina contra a Covid-19, o aumento dos casos de contaminação preocupa os investidores, que temem um abalo no ritmo de recuperação da economia global.

No mercado asiático, o Shangai SE avançou 2,06% e o Hang Seng Index, de Hong Kong, subiu 0,45%. Em Tóquio, o Nikkei 225 recuou 1,15% após a Fitch reduzir o “outlook” (perspectiva) da nota de crédito do Japão para negativa.

Veja o desempenho dos mercados, às 7h30

Nova York

*S&P 500 Futuro (EUA), +0,20%

*Nasdaq Futuro (EUA), +0,51%

*Dow Jones Futuro (EUA), +0,10%

Europa

*Dax (Alemanha), -0,14%

*FTSE 100 (Reino Unido), +0,28%

*CAC 40 (França), +0,60%

*FTSE MIB (Itália), -0,83%

Ásia

*Nikkei 225 (Japão), -1,15% (fechado)

*Hang Seng Index (Hong Kong), +0,45% (fechado)

*Shanghai SE (China), +2,06% (fechado)

*Petróleo WTI, +1,02%, a US$ 41,46 o barril

*Petróleo Brent, +1,30%, a US$ 43,78 o barril

**Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam em alta de 2,31%, cotados a 841.500 iuanes, equivalente hoje a US$ 120,24 (nas últimas 24 horas).
USD/CNY = 6,9986 (+0,10%)

*Bitcoin, US$ 11.019, +1,92%

2. Agenda 

O Banco Central divulga, às 9h, os dados sobre crédito no país. Também serão conhecidas mais informações sobre a taxa de inadimplência.

O grande destaque do dia é a decisão do Federal Reserve (Fed, o bc americano) sobre juros, que sai às 15h (horário de Brasília).

Ainda na agenda americana, serão divulgados às 9h30 os níveis dos estoques de varejo e atacado. E, às 11h, os dados sobre as vendas pendentes de moradias referente oa mês de junho.

Os dados sobre os estoques de petróleo serão conhecidos às 11h30.

Na agenda do InfoMoney, às 16h no Youtube e no Linkedin, será discutida a expansão das empresas em tempos de home office. Rodrigo Pádua, vice-presidente de gente e cultura da Stefanini, e Hugo Arouca, sócio da consultoria FESA, debatem o assunto.

Já às 19h, o VRB Talks terá o tema “como aplicam os grandes investidores”, com Demosthenes Madureira, CEO da BW, e Luciano Telo, diretor de investimentos da XP Advisory. A conversa será transmitida no Youtube do portal.

3. Novos marcos

O plano para o novo mercado de gás deve ser votado nos próximos dias pela Câmara dos Deputados e ajudar a destravar investimentos na ordem de R$ 43 bilhões, segundo cálculo do governo divulgados pelo jornal “O Estado de São Paulo”.

O plano seria necessário para garantir o “choque de energia barata” prometido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, no início de sua gestão.

O plano prevê o acesso das empresas privadas à infraestrutura de escoamento e transporte de gás natural, entre outros itens.

O Palácio do Planalto também vai propor ao Congresso Nacional reduzir de 30 para 20 anos a novação de contrato sem licitação na lei do saneamento, segundo reportagem do jornal “Folha de São Paulo”. O projeto de lei seria uma tentativa de evitar a derrubada de um dos vetos feitos por Jair Bolsonaro (sem partido) ao novo marco legal do setor.

O marco legal, como aprovado pelo Congresso, previa a renovação do contrato, sem licitação, por mais 30 anos, mas foi vetado pelo presidente Jair Bolsonaro, junto com outros dez dispositivos.

4. Nova CPMF

O governo vai enviar em agosto uma proposta ao Congresso Nacional para a criação de um imposto digital que terá uma base de incidência maior que a antiga CPMF, segundo reportagem do jornal “O Estado de São Paulo”

Esse imposto, com alíquota de 0,2%, tem potencial de arrecadação de R$ 120 bilhões e viabilizaria a desoneração da folha de salários das empresas, financiar o programa social que vai substituir o Bolsa Família e aumentar a faixa de isenção do Imposto de Renda.

5. Radar corporativo

A empresa de meios de pagamento Cielo registrou no segundo trimestre do ano um prejuízo líquido de R$ 75,2 milhões, ante lucro de R$ 428,5 milhões entre abril e junho de 2019.

A receita líquida da empresa, na comparação anual, caiu 12,5%, para R$ 2,4 bilhões. O Ebitda somou R$ 236 milhões, redução de 69,7% ano a ano.

O resultado decorre dos efeitos econômicos da pandemia da Covid-19, embora a empresa venha de trimestres consecutivos de queda do lucro devido ao aumento da concorrência. A empresa informou que vai ajustar a sua estrutura de custos e capital para enfrentar um cenário de forte queda dos resultados.

Já a CSN apresentou lucro líquido de R$ 446 milhões, ante prejuízo de R$ 1,3 bilhão em igual período de 2019. Os preços mais elevados do aço contribuíram para esse resultado.

A alavancagem da empresa, que é a relação entre dívida líquida e Ebitda, subiu para 5,17 vezes (no primeiro trimestre, era de 4,78 vezes). A companhia afirmou que vai reduzir a alavancagem para 3,75 vezes até o final do ano e a 3 vezes até o final de 2021, mas não detalhou como irá chegar a esse resultado.

E a Minerva registrou lucro líquido de R$ 253,4 milhões no segundo trimestre. Em igual período do ano passado, teve prejuízo de R$ 113,3 milhões.

O Ebitda atingiu R$ 590,2 milhões, crescimento de 2% no comparativo anual e margem Ebitda chegou a 13,4%.

No setor bancário, o Santander registrou um lucro líquido gerencial de R$ 2,136 bilhões no segundo trimestre do ano, uma queda de 44,6% em relação ao primeiro trimestre.

A carteira de crédito ampliada do banco chegou a R$ 463,4 bilhões, alta de 0,7% na comparação com o primeiro trimestre. A inadimplência recuou 0,6 ponto percentual, para 3%.
E a novela da AES Tietê chegou ao final, com a americana AES Corp vencendo a disputa com a brasileira Eneva pela aquisição de uma fatia do BNDES na AES Tietê.

Na noite desta terça, a BNDESPar confirmou a transação.

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