Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta quarta-feira

Bolsas da Europa e futuros de NY buscam nova alta, enquanto Ásia tem alta limitada em meio a tensões geopolíticas; Copom é destaque no Brasil

Equipe InfoMoney

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O otimismo predomina nos mercados globais e as Bolsas europeias operam com ganhos nesta quarta-feira, com os investidores apostando em uma recuperação da economia. Já na Ásia, o pregão foi de queda, em um cenário marcado pela preocupação com o coronavírus e tensões geopolíticas.

No Brasil, a expectativa é com o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que anuncia sua decisão para a taxa de juros do país. A expectativa é que a Selic seja reduzida em 0,75 ponto percentual, para 2,25% ao ano.

Na seara política, o presidente Jair Bolsonaro voltou a subir o tom após a Polícia Federal realizar uma operação que atingiu alguns de seus aliados políticos. Na noite de terça-feira, em suas redes sociais, o presidente afirmou que não iria “assistir calado enquanto direitos são violados e ideias são perseguidas”.

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1. Bolsas mundiais

O otimismo predomina nos mercados globais e as Bolsas europeias operam com ganhos nesta quarta-feira, com os investidores apostando em uma recuperação da economia. Já na Ásia, o pregão foi de ganhos mais contidos, em um cenário marcado pela preocupação com o coronavírus e tensões geopolíticas.

O FTSE 100, de Londres, sobe 0,33%.

Os alertas da economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Gita Gopinath, também não tiraram o ânimo dos investidores. Na terça-feira, ela afirmou que a revisão do das projeções de crescimento, prevista para este mês, deve mostrar taxas de crescimento negativas ainda piores do que as anteriormente estimadas.

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Os futuros do Dow Jones sobem 0,53% e os do S&P 500, 0,49%.

E o presidente do Federal Reserve (Fed, o bc americano), Jerome Powell, volta a falar nesta quarta-feira. Na terça, ele afirmou que a economia americana não estará completamente recuperada enquanto a população não for convencida de que a pandemia do coronavírus estiver sob controle. Já são mais de 8 milhões de contaminados em todo o mundo.

“As observações de Powell reforçam nossa visão de que as prioridades do Fed estão mudando das ações emergenciais destinadas a impedir o colapso do mercado para ações de longo prazo para apoiar uma mais rápida recuperação da economia real”, disse, à Bloomberg, Xavier Chapard, estrategista macro global do Credit Agricole.

Já na Ásia, a preocupação é com o aumento das tensões geopolíticas (entre China e Índia e Coreia do Sul e Coreia do Norte) e de focos do novo coronavírus.

Veja o desempenho dos mercados, às 7h39 (horário de Brasília):

Nova York

*S&P 500 Futuro (EUA), +0,49%

*Nasdaq Futuro (EUA), +0,55%

*Dow Jones Futuro (EUA), +0,53%

Europa

*Dax (Alemanha), +0,06%

*FTSE 100 (Reino Unido), +0,33%

*CAC 40 (França), +0,37%

*FTSE MIB (Itália), -0,31%

Ásia

*Nikkei 225 (Japão), -0,56% (fechado)

*Hang Seng Index (Hong Kong), +0,56% (fechado)

*Shanghai SE (China), +0,14% (fechado)

*Petróleo WTI, -1,49%, a US$ 37,81 o barril

*Petróleo Brent, -1,03%, a US$ 40,54 o barril

**Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian tiveram alta de 1%, cotados a 781.000 iuanes, equivalente hoje a US$ 110,20 (nas últimas 24 horas).
USD/CNY = 7,0873 (+0,02%)

2. Agenda econômica

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anuncia, nesta quarta-feira, sua decisão para a taxa de juros do país. A expectativa é que a Selic seja reduzida em 0,75 ponto percentual, para 2,25% ao ano.

Também será conhecido, às 14h30, o fluxo cambial para o Brasil e, mais cedo, às 9h, o IBGE divulgará os dados do setor de serviços em abril.

Nos Estados Unidos, será divulgado, às 9h30 (horário de Brasília), os dados sobre a construção de novas casas e, às 11h30, dos estoques de petróleo.

No entanto, as atenções devem ficar voltadas para o depoimento de Jerome Powell, presidente do Fed, às 13h.

3. Tensão política

O presidente Jair Bolsonaro voltou a subir o tom após a Polícia Federal realizar uma operação que atingiu alguns de seus aliados políticos. Na noite de terça-feira, em suas redes sociais, o presidente afirmou que não iria “assistir calado enquanto direitos são violados e ideias são perseguidas” e dizendo que, até o momento, nunca tomou uma medida que demonstrasse apreço ao autoritarismo.

A operação da PF foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que é o relator do inquérito das fake news.

4. Jornada de trabalho

O Senado Federal aprovou a medida provisória 936, que permite redução de salários e jornadas e suspensão de contratos durante a pandemia do coronavírus.

A MP, que segue para sanção presidencial, criou o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda. Nesse programa, o governo paga uma parte do seguro-desemprego por até 60 dias ao trabalhador com contrato suspenso ou por até 90 dias se o salário e a jornada forem reduzidos. O salário não pode ser reduzido abaixo do atual salário mínimo, de 1.045 reais.

A redução de jornada permitida pelo programa poderá ser de 25%, 50% ou 75%, e regras variam de acordo com a faixa salarial do trabalhador.

5. Panorama corporativo

E dando prosseguimento ao interesse do BNDESPar em vender sua fatia na AES Tietê, a AES Corp. está interessada em comprar essa participação, segundo reportagem do jornal “Valor Econômico”.

De acordo com a publicação, a AES contratou os bancos Credit Suisse e Goldman Sachs como seus assessores nessa tratativa. A participação, detida por meio da BNDESPar, é de 28,41%, correspondente a R$ 1,6 bilhão. Na terça-feira, a BNDESPar já havia informado que contratou a BR Partners como assessor financeiro para essa operação.

O novo marco de saneamento básico, que está para ser votado no Senado, pode impulsionar novos investimentos e ajudar na retomada econômica do país no pós-pandemia, segundo reportagem do jornal “O Estado de São Paulo).

A ideia é que esse marco dê mais segurança jurídica aos investidores e estabeleça metas de qualidade. O relatório do projeto de lei deve ser votado na próxima semana, depois de dois anos de discussões.

O setor de saneamento precisa de R$ 500 bilhões para universalizar os serviços de água e esgoto, segundo a Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib).

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