Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta quarta-feira

Bolsas operam com poucas variações acompanhando noticiário político dos EUA; dados de serviço no Brasil e mais destaques

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Os investidores acompanham nesta quarta-feira (13) o noticiário político americano, com a iminência de uma votação de processo de impeachment contra o presidente Donald Trump na Câmara dos Representantes uma semana antes da posse de Joe Biden. Na Europa e em Wall Street, os principais índices operam próximos à estabilidade.

Por aqui, atenção para os dados de volume de serviços e para os desdobramentos sobre a vacinação no país após o Butantan anunciar que a CoronaVac, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o instituto ligado ao governo paulista, tem uma eficácia global de 50,38%. Confira os destaques:

1.Bolsas mundiais

Os mercados europeus acompanham o noticiário sobre a covid na região, onde governos buscam acelerar o processo de vacinação. Em países como Alemanha e Holanda, lockdowns foram estendidos para além do prazo anunciado inicialmente.

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A Alemanha registrou o seu recorde de mortes no dia 7, com 1.152 diagnósticos. O dia 30 de dezembro registrou o maior número de novos casos, 49.044.

Pelo lado positivo, as ações da empresa de telecomunicações espanhola Telefonica tiveram alta de 7,7% mais cedo após a empresa anunciar a venda à American Towers de torres de telefonia no valor de US$ 9,4 bilhões.

As ações do Carrefour subiram forte após a canadense Alimentation Couche-Tard anunciar que abriu negociações sobre a possível fusão com a empresa.

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Na terça, os Estados Unidos se prepararam para acelerar a vacinação, liberando doses de vacinas que havia reservado, e recomendando que estados imunizem qualquer pessoa com 65 anos ou mais.

O número de casos de covid continua a subir nos Estados Unidos: na terça-feira (12),  também houve novo recorde de mortes pelo novo coronavírus, aponta balanço da Universidade Johns Hopkins. Foram 4.327 óbitos no país mais afetado pela pandemia e 17.186 em todo o planeta. Os recordes anteriores eram de 4.195 mortes nos EUA (7 de janeiro) e 15 mil no mundo (30 de dezembro).

No noticiário político, o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, informou aos líderes da Câmara na terça-feira (12) que não apoiará a invocação da 25ª Emenda para destituir Donald Trump, o que praticamente garante uma votação iminente de impeachment contra o presidente no Congresso. Assim, o processo de impeachment de Trump deve ser votado na Câmara hoje.

As ações asiáticas fecharam a quarta-feira com resultados variados entre si, à medida que investidores acompanham o noticiário em torno da covid. O governo japonês deve expandir o estado de emergência para mais áreas, segundo o noticiário local.

Na semana passada, o primeiro-ministo, Yoshihide Suga, declarou estado de emergência em Tóquio e em três outras áreas próximas, em uma tentativa de barrar a alta de infecções. O país registrou seu recorde de novos diagnósticos na sexta, 7.863. A terça da semana passada (5) marcou o recorde de mortes no país, 76.

Ao mesmo tempo, autoridades chinesas estão aumentando restrições na atividade social próxima a Pequim, após alta de casos de covid.

O índice Nikkei do Japão, fechou em alta de 1,04%; o Hang Seng Index, de Hong Kong, caiu 0,15%; o Kospi, da Coreia do Sul, subiu 0,71%; o Shanghai SE, da China, caiu 0,27%.

Confira o desempenho do mercado na sessão desta quarta-feira, segundo cotação das 7h35 (horário de Brasília):

Estados Unidos
*S&P 500 Futuro (EUA), +0,12%
*Nasdaq Futuro (EUA), +0,25%
*Dow Jones Futuro (EUA), +0,09%

Europa
*Dax (Alemanha), +0,04%
*FTSE 100 (Reino Unido), +0,15%
*CAC 40 (França), +0,31%
*FTSE MIB (Itália), -0,02%

Ásia
*Nikkei (Japão), +1,04% (fechado)
*Hang Seng Index (Hong Kong), – 0,15% (fechado)
*Kospi (Coreia do Sul), +0,71% (fechado)
*Shanghai SE (China), -0,27% (fechado)

Commodities e bitcoin
*Petróleo WTI, +0,11%, a US$ 53,27 o barril
*Petróleo Brent, -0,02%, a US$ 56,57 o barril
*Bitcoin, -2,70%, a US$ 34.595,62
Sobre o minério: **Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian com alta de 0,10%, cotados a 1034,5 iuanes, equivalente hoje a US$ 159,97 (nas últimas 24 horas).
USD/CNY = 6,47

2. Agenda de indicadores

Nesta quarta são divulgados dados sobre a balança comercial chinesa em dezembro.

Às 9h, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga dados sobre o volume do setor de serviços no Brasil em novembro.

O membro do conselho do Banco da França, François Villeroy de Galhau falou às 5h30 em Paris sobre política monetária. Ele afirmou que o banco pretende “manter condições monetárias favoráveis pelo tempo que for necessário”, que está “acompanhando de perto os efeitos negativos da taxa de câmbio europeia” e se mantém “claramente comprometido com a meta de inflação de 2%”.

Às 9h são divulgados dados sobre solicitações de empréstimos hipotecários nos Estados Unidos. Às 10h30 é divulgada a inflação medida pelo IPC em dezembro, também nos Estados Unidos. No mesmo horário, é divulgado o lucro médio por hora e os resultados semanais médios reais no país em dezembro.

Às 15h, Lael Brainard, membro do conselho do Fed, fala sobre a perspectiva econômica nos Estados Unidos. Às 16h, o presidente do Fed da Filadélfia, Patrick Harker, discute a perspectiva econômica. No mesmo horário, são divulgados dados sobre o orçamento mensal no país. Também às 16h, o Fed divulga o seu Livro Bege, que discute a situação econômica americana. Às 17h, o vice-chair do Fed, Richard Clarida, discute a nova abordagem da instituição.

3. Covid no Brasil

O consórcio de veículos de imprensa que sistematiza dados sobre Covid coletados por secretarias estaduais de Saúde no Brasil divulgou, às 20h de terça (12), o avanço da pandemia em 24h no país.

A média móvel de casos confirmados em 7 dias foi de 54.784, alta de 51% frente o período encerrado 14 dias antes e um novo recorde. Em apenas um dia foram registrados 61.660 casos. A média móvel de mortes em 7 dias foi de 993, alta de 49% frente o patamar de 14 dias antes. Em apenas um dia houve 1.109 mortes.

Na terça, pesquisadores do Imperial College de Londres, no Reino Unido, divulgaram seus cálculos para a taxa de transmissão do coronavírus no Brasil, que atualmente está em 1,21. Isso significa que cada 100 pessoas infectam 121, que infectam outras 146, e assim sucessivamente. Na semana passada o índice estava em 1,04.

Após ser cobrado, o Instituto Butantan anunciou, em coletiva de imprensa, que a vacina CoronaVac registrou 50,38% de eficácia global nos testes realizados no Brasil. O imunizante é produzido pelo laboratório chinês Sinovac, e testado no Brasil pelo Butantan, que deverá produzi-lo a partir de insumos importados.

Anteriormente, o Butantan havia apresentado apenas dados de 78% de eficácia para casos leves, mas que precisariam de cuidados médicos, e de 100% de eficácia para casos moderados e graves de covid.
O índice de eficácia global indica a capacidade do imunizante de proteger em todos os tipos de casos, inclusive aqueles que não precisam de atendimento. Quando se consideram esses casos, há aumento do número de infectados no cálculo, o que diminui o índice de eficácia global em comparação com outros recortes. Os testes foram feitos em 12.508 voluntários, em 16 centros de pesquisa.

O patamar fica, portanto, acima dos 50% mínimos exigidos pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), e deve ser o suficiente para garantir imunidade de rebanho da população vacinada. A CoronaVac tem, portanto, capacidade de reduzir em 50,38% os novos registros de contaminação entre quem se vacina, reduzir em 78% os casos leves e em 100% os casos graves.

Conforme pessoas se vacinam e os casos mais graves da doença se tornam mais raros, é de se esperar que a taxa de transmissão diminua, reduzindo os efeitos da pandemia. No anúncio, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou: “Esta vacina tem segurança, eficácia e todos os requisitos que justificam o uso emergencial”.

4. Disputa no Congresso

A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados adiou para a semana que vem a decisão da data e do formato das eleições pela Presidência da Casa, disputada por Arthur Lira (PP-AL), candidato apoiado por Jair Bolsonaro (sem partido) e Baleia Rossi (MDB-SP), apoiado pela oposição e pelo atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

A direção da Câmara volta a se reunir na segunda (18). No encontro da semana que vem, os parlamentares também devem avaliar se as assinaturas de parlamentares do PSL suspensos pela Executiva Nacional terão validade.

Maia afirmou que a votação será presencial, com possíveis exceções para deputados do grupo de risco. “Acredito que relator deve consultar médicos e especialistas para avaliar como estará a pandemia e para decidir se pode haver ou não uma excepcionalidade para aqueles deputados que estão no grupo de risco, já que até fevereiro não teremos a vacina (…) Claro que a votação será presencial. Já estamos organizando as urnas para que elas fiquem no Salão Nobre e no Salão Verde para que o espaçamento seja garantido. Na reunião de segunda vamos discutir se cabe algum corte com relação àqueles que são do grupo de risco, que poderiam ou não, dependendo da decisão da Mesa, votar remotamente”, disse.

Além disso, a candidatura de Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para a Presidência do Senado ganhou tração com mais duas alianças, com o PL (Partido Liberal), que anunciou a decisão oficialmente, e com o PP (Progressistas), cuja bancada deve se reunir nesta quarta para discutir o acordo. Assim, o DEM passará a ter sete partidos em sua base de apoio, totalizando 38.
O acordo com o PL foi construído pelo atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que viajou ao Rio de Janeiro na segunda (11) para conversar com Carlos Portinho, um dos três senadores da sigla. O próprio Pacheco está à frente da negociação com o PP.

Em tese, Pacheco precisa ainda de outras três adesões para garantir sua eleição. Mas, como o voto é secreto, haveria ainda espaço para traições. Ele é o candidato favorito do Planalto, e deverá disputar contra Simone Tebet (MDB-MS).

5. Radar corporativo

Em destaque no noticiário corporativo, o Itaú Unibanco lançou nesta terça-feira uma captação de US$ 500 milhões em bônus atrelados a projetos de sustentabilidade, segundo fontes da Reuters e da Bloomberg.

Já a elétrica AES Brasil, antiga AES Tietê, assinou nesta terça-feira um memorando de entendimento com a Ferbasa para o fornecimento de 80 megawatts médios pelo prazo de 20 anos, com entrega de energia a partir de 2024, informou a empresa em fato relevante.

Os investidores repercutem ainda a notícia da Bloomberg de que a Alimentation Couche-Tard, gigante canadense de lojas de conveniência dona da rede Circle K, estuda uma possível aquisição da rede francesa Carrefour, conforme disseram pessoas com conhecimento do assunto para a Bloomberg.

A Direcional divulgou prévia operacional do quarto trimestre, totalizando R$ 697 milhões em lançamentos no período, alta de 26% frente 2019.

No radar de recomendações, o Bradesco BBI iniciou a cobertura para as ações da PetroRio com recomendação equivalente à neutra e preço-alvo para o fim do ano de R$ 84 por ação, enquanto reduziu a recomendação para as ações da Ambev de neutra para equivalente à venda.

Já o Conselho de Administração da Sul América informou que tomou conhecimento da decisão de Gabriel Portella Fagundes Filho de não renovar seu mandato como Diretor Presidente da companhia para o próximo ciclo. O conselho decidiu pela indicação de Ricardo Bottas Dourado dos Santos, atual Diretor Vice-Presidente de Controle e de Relações com Investidores para a posição de Diretor Presidente após o término do mandato de Portella, em 29 março de 2021.

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