Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta quarta-feira

Bolsas europeias caem após duas altas em meio a impasse no Eurogrupo; confira os destaques

Equipe InfoMoney

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Os mercados iniciam a quarta-feira com um leve viés de baixa, após o impasse na reunião do Eurogrupo em Bruxelas. As bolsas europeias abriram em queda e as asiáticas fecharam em baixa, embora próximas à estabilidade. Em Nova York os futuros oscilam entre os terrenos positivo e negativo. O Federal Reserve deverá divulgar hoje a Ata da reunião do Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc), na qual houve o corte na taxa de juros para perto do zero.

Os mercados também aguardam novidades no petróleo, com a proximidade da reunião da Opep+, que deverá ocorrer amanhã e possivelmente decidir um corte na produção. No noticiário corporativo, destaque para a emissão de debêntures de R$ 800 milhões do Magazine Luiza e para o aumento de capital de R$ 1,75 bilhão do Banco do Nordeste.

1.Bolsas mundiais

As bolsas europeias abriram em queda nesta quarta-feira, após o impasse na reunião do Eurogrupo em Bruxelas para a discussão de um pacote de socorro à economia por causa da recessão provocada pelo coronavírus. O Eurogrupo retomará amanhã a reunião.

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A maioria das bolsas da Ásia fechou em queda, mas perto da estabilidade, enquanto os futuros de Nova York oscilam entre os terrenos positivo e negativo na manhã de hoje.

Nos EUA a epidemia avança e o país deve ultrapassar na manhã de hoje a marca das 400 mil pessoas infectadas pelo Covid-19. O presidente Donald Trump fez pesados ataques à Organização Mundial da Saúde (OMS) na noite de ontem.

Já o petróleo registra ganhos, com a atenção dos investidores mais uma vez voltada para a reunião virtual que a Opep+ – grupo formado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e dez aliados. Na sessão anterior, as cotações sofreram forte queda após a Administração de Informação de Energia (EIA, em inglês) dos EUA prever maior recuo na demanda pela commodity em 30 anos. No fim da manhã, o Departamento de Energia (DoE) publica dado semanal de estoques de petróleo e derivados dos EUA.

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Veja o desempenho dos mercados, às 7h28 (horário de Brasília):

Nova York
*S&P 500 Futuro (EUA), +0,03%
*Nasdaq Futuro (EUA), +0,14%
*Dow Jones Futuro (EUA), +0,03%

Europa
*Dax (Alemanha), -1,08%
*FTSE (Reino Unido), -1,62%
*CAC 40 (França), -1,84%
*FTSE MIB (Itália), -0,77%

Ásia
*Nikkei (Japão), +2,13% (fechado)
*Kospi (Coreia do Sul), -0,90% (fechado)
*Hang Seng (Hong Kong), -1,17% (fechado)
*Xangai (China), -0,19% (fechado)

*Petróleo WTI, +3,09%, a US$ 24,36 o barril
*Petróleo Brent, +0,41%, a US$ 32,00 o barril

**Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam em alta de 3,00%, cotados a 584,000 iuanes, equivalentes a US$ 82,63 (nas últimas 24 horas). USD/CNY= 7,0671 (-0,17%)

*Bitcoin, US$ 7.315,21 +1,90%

2. Agenda econômica

Os dados de inflação são destaque nesta quarta-feira, com a apresentação dos números do IPC-S da FGV e da primeira prévia de abril do IGP-M.

Já as 9h, o IBGE revela os números de volume do setor de serviços de fevereiro, com dados anteriores à quarentena por conta do coronavírus. A expectativa, segundo consenso Bloomberg, é de alta de 1,9% na base anual.

Mas o grande destaque ficará para a ata do Federal Open Market Committee (Fomc) às 15h. O comitê divulga os documentos das duas reuniões extraordinárias realizadas em 3 e 15 de março com a aceleração da crise com o coronavírus.

Na primeira reunião, o Fomc cortou a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, para 1% e 1,25% ao ano e, posteriormente, reduziu novamente os juros para entre 0% e 0,25% ao ano, em ação coordenada com outros bancos centrais (Reino Unido, Japão, zona do euro, Canadá e Suíça).

3. Política

Os dois governadores que mais antagonizaram o presidente Jair Bolsonaro nos métodos para combater a pandemia da Covid-19, João Doria (PSDB) de São Paulo, e Wilson Witzel (PSC) do Rio de Janeiro, têm melhores avaliações que o mandatário nos seus estados, mostra uma pesquisa do Datafolha. Doria tem a aprovação de 51% dos paulistas no combate à pandemia, enquanto Witzel tem a aprovação de 55% dos fluminenses. Já a aprovação de Bolsonaro é de 28% em São Paulo e de 34% no Rio de Janeiro. A pesquisa foi feita entre 1 e 3 de abril.

O Datafolha também mostra que o pessimismo dos brasileiros diante da crise causada pelo coronavírus. Segundo o instituto, 69% dos brasileiros preveem que seus rendimentos diminuirão nos próximos meses, e somente 30% acham que isso não acontecerá. Levantamento feito na última semana de março mostrou que 57% dos brasileiros temiam a perda de renda e 43% achavam que não corriam esse risco.

4. Coronavírus avança no Brasil

O Brasil registrou ontem, pela primeira vez desde o início da pandemia do coronavírus no país, mais de 100 mortes pela Covid-19 em um dia. Foram 114 óbitos, o que elevou o total de vítimas para 667. A quantidade de casos confirmados subiu de 12.056 para 13.717 pessoas. Existem casos em todos os 26 Estados e no Distrito Federal; apenas Tocantins não registrou mortes pela doença.

Enquanto o número de casos sobe, várias cidades veem aumentar o movimento nas ruas no período da quarentena. A Prefeitura de São Paulo registrou ontem 810 mil passageiros a mais nos ônibus, em comparação a 27 de março. No Rio de Janeiro, o governador Wilson Witzel liberou a abertura do comércio em 28 municípios.

5. Noticiário corporativo 

O Magazine Luiza decidiu realizar uma emissão de debêntures simples no valor de R$ 800 milhões. A empresa emitiu 800 mil debêntures, cada a um valor de R$ 1 mil. A diretoria da empresa do varejo contratará uma ou mais instituições financeiras para distribuir os papéis no mercado. A emissão faz parte de uma estratégia da varejista para enfrentar a recessão provocada pela epidemia do coronavírus. Já o Banco do Nordeste informou ontem um aumento de capital, no valor de R$ 1,75 bilhão, através da incorporação de lucros. O banco estatal realizou ontem assembleia em Fortaleza (CE).

Sobre a Petrobras, a companhia informou a divulgação do relatório de desempenho financeiro, em 14 de maio, após o fechamento dos mercados, segundo comunicado. Já o Cade aprovou o acordo entre Petrobras e Eagle sobre campos.

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