Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta quarta-feira

Bolsas mundiais têm sessão de forte volatilidade com indefinição na eleição dos EUA; dados de emprego americano, produção industrial no Brasil e mais

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Os mercados mundiais registram um movimento volátil nesta sessão em meio à indefinição na disputa eleitoral nos EUA, sugerindo alguns dos desfechos mais temidos: mesmo liderando colégio eleitoral, Joe Biden não confirma vantagem forte mostrada em pesquisas, ao mesmo em que Donald Trump promete ir à Justiça, enquanto contagem ainda está indefinida em estados chave, ampliando risco de incerteza persistente.

Os futuros das bolsas em NY operam em tendência indefinida, com o Nasdaq Futuro registrando maiores altas, enquanto S&P 500 futuro e Dow Jones Futuro oscilando entre leves altas e baixas. No Brasil, Senado aprova autonomia formal do BC com duplo mandato, mas priorizando inflação, e a criação do depósito voluntário. Agenda nacional destaca produção industrial, com previsão de alta, enquanto EUA ainda contam com o ADP.

1.Bolsas mundiais

Os índices futuros de ações nos Estados Unidos operam bastante voláteis nesta quarta-feira (4) diante da apuração dos votos nas eleições para presidente, que segue bastante acirrada e sem um vencedor definido. É possível que o mundo só saiba do resultado definitivo dentro de dias.

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Os ativos iniciaram a noite da véspera com leves ganhos seguindo o otimismo o último pregão regular, mas viraram para queda. Durante a manhã, os índices passaram a subir mais forte, mas logo diminuíram o ímpeto.

O S&P 500 Futuro (EUA) tem alta de 0,30%; o Nasdaq Futuro sobe 2,20% e o Dow Jones Futuro tem leve queda de 0,36%.

Na Europa, as bolsas chegaram a subir, mas também reverteram a alta em sua maioria. O índice Eurostoxx tem leve baixa de 0,03%; o Dax, da Alemanha, queda de 0,43%; o FTSE 100, do Reino Unido, tem queda de 0,10%; o CAC 40, da França, cai 0,10%; o FTSE MIB, da Itália, tem baixa de 0,46%.

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Na madrugada de terça-feira para quarta-feira, o candidato republicano, presidente Donald Trump, afirmou que seus advogados iriam recorrer à Suprema Corte dos Estados Unidos, aumentando a tensão nos mercados, que temem o impacto de uma eleição contestada.

Por outro lado, há sinais de que os republicanos podem manter a maioria no Senado. Isso reduz temores de que uma presidência democrata com maioria no Senado leve a maior regulação de empresas de tecnologia, grande parte das quais está listada na Nasdaq, o que contribuiu para elevar o desempenho do índice.

Caso haja demora na divulgação de um resultado definitivo, deve levar ainda mais tempo para que o governo aprove um novo pacote de estímulos para lidar com a aceleração de infecções pelo novo coronavírus nos Estados Unidos e em outras economias importantes do globo.

Apesar de os Estados Unidos ainda aguardarem a contagem de milhões de votos, Trump afirmou na madrugada: “Nós estamos nos preparando para uma grande comemoração. Nós estávamos ganhando tudo e de repente foi tudo cancelado”. Em seguida, disse: “Nós vamos à Suprema Corte. Nós queremos que essa votação pare”.

Trump, classificou a contagem dos votos como “uma enorme fraude neste país”. “Nós não queremos que eles encontrem novos votos às quatro horas da manhã e os adicionem à lista”. O candidato a vice-presidente, Mike Pence, afirmou que estavam acompanhando o processo com atenção, mas não fez alegações no mesmo tom de Trump.

A disputa pelos estados-pêndulo, aqueles que não têm uma tradição firme de votar em candidatos democratas ou republicanos, permanece intensa.

Na Ásia, os mercados também acompanham a queda das ações do grupo Alibaba, após a suspensão da oferta pública inicial de ações do afiliado Ant Group, devido a preocupações regulatórias. Listadas em Hong Kong, as ações do Alibaba, dono de mais de 30% do Ant Group, tiveram queda de mais de 6%.

O índice Nikkei, do Japão, fechou em alta de 1,72%; o Hang Seng Index, de Hong Kong, fechou em queda de 0,21%; O Kospi, da Coreia do Sul, subiu 0,6%; e o índice Shanghai, da China, subiu 0,19%.

Confira o desempenho dos mercados às 7h (horário de Brasília):

Futuros dos EUA
*S&P 500 Futuro (EUA), +0,30%
*Nasdaq Futuro (EUA), +2,20%
*Dow Jones Futuro (EUA), -0,36%
Europa
*Dax (Alemanha), -0,31%
*FTSE 100 (Reino Unido), +0,03%
*CAC 40 (França), -0,01%
*FTSE MIB (Itália), -0,35%
Ásia
*Nikkei (Japão), +1,72 (fechado)
*Hang Seng Index (Hong Kong) -0,21% (fechado)
*Kospi (Coreia do Sul), +0,6% (fechado)
*Shanghai SE (China), +0,19% (fechado)
Commodities e bitcoin
*Petróleo WTI, +0,79%, a US$ 38,47 o barril
*Petróleo Brent, +2,22%, US$ 40,59 o barril
*Bitcoin, US$ 13.679,80, +0,88%
Sobre o minério: **Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam em queda de 0,63%, cotados a 786,5 iuanes, equivalente hoje a US$ 117,04 (nas últimas 24 horas).
USD/CNY = 6,72

2. Agenda

Às 5h, a Fipe divulgou o seu índice de inflação mensal IPC Fipe, relativo a outubro, que ficou em 1,19%. No mesmo mês do ano anterior, o índice ficara em 0,16%.

Ainda no Brasil, o destaque fica para os dados da produção industrial de setembro, a serem divulgados às 9h pelo IBGE, com expectativa de alta de 2,4% no mês na comparação mensal, segundo projeção mediana em pesquisa Bloomberg.

Além das eleições, nos EUA, há ainda a divulgação dos dados de criação de empregos privados no país em outubro, com projeção de 650 mil vagas criadas, ante dado anterior de 749 mil. Às 11h45, serão divulgados os dados do PMI Markit.

3. Autonomia do BC e desoneração da folha

O Senado aprovou na noite de ontem por 56 votos a favor e 12 contra proposta que concede ao banco central a tão desejada autonomia formal, ao mesmo tempo que adiciona uma meta de pleno emprego à sua principal meta de inflação.

A proposta segue agora para a Câmara, onde também conta com o apoio do presidente da casa, Rodrigo Maia, embora não possa ir à votação em plenário este ano. O projeto aprovado pelos senadores estabelece mandatos de quatro anos para todos os membros do conselho do BC e estabelece regras rígidas para sua destituição, além de garantir que seus mandatos não coincidam com os do presidente do país.

Já segundo a Agência Câmara, Rodrigo Maia vai colocar em votação, logo após o primeiro turno das eleições municipais, o Projeto de Lei Complementar que permite a oferta de crédito aos estados com lastro da União, condicionado a ajuste fiscal. O Congresso analisa vetos nesta quarta-feira, incluindo o veto à prorrogação da desoneração da folha de pagamento.

4. Caso das rachadinhas

Após mais de dois anos de investigação do Ministério Público do Rio, o senador e ex-deputado estadual Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) foi denunciado por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A denúncia se dá no âmbito do Caso Queiroz, como ficou conhecido o processo das “rachadinhas” supostamente praticadas pelo filho do presidente Jair Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio.

Além de Flávio, foram denunciados o ex-assessor Fabrício Queiroz, apontado como operador do esquema, e outros 15 ex-assessores. O MP fala ainda em apropriação indébita.

5. Radar corporativo

Mais uma vez, o destaque fica para a temporada de resultados. O Itaú Unibanco registrou lucro líquido recorrente de R$ 5,030 bilhões no terceiro trimestre de 2020, 29,7% menor em relação ao mesmo período do ano passado, quando totalizou R$ 7,156 bilhões, devido ao grande colchão contra perdas montado no contexto da pandemia. Apontando para uma retomada da economia, o resultado foi 19,6% melhor do que o trimestre imediatamente anterior. O resultado ocorre diante de menores despesas de provisão para créditos de liquidação duvidosa, especialmente vindo do banco de atacado do Itaú.

O IRB Brasil Re  registrou prejuízo líquido de R$ 229,8 milhões no terceiro trimestre de 2020, alta de 1.066,50% frente ao resultado negativo de R$ 19,7 milhões vistos um ano antes, mas queda de 66,46% na comparação com as perdas de R$ 685,1 milhões registradas no segundo trimestre de 2020. A resseguradora divulgou seu resultado na terça-feira (3) à noite.

Já o frigorífico Minerva teve lucro líquido de R$ 58,3 milhões no terceiro trimestre, ante prejuízo de R$ 82,7 milhões na mesma etapa de 2019.

A TIM obteve lucro líquido normalizado de R$ 390 milhões no terceiro trimestre de 2020, queda de 21% em comparação com o mesmo período de 2019. No entanto, o lucro poderia ter sido 60% maior se não fosse o descasamento na contabilidade de itens tributários, informou a operadora. PetroRio, Iochpe-Maxion, ABC Brasil também divulgaram seus números.

A oferta pública inicial de ações da Méliuz saiu a R$ 10 por ação.

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