Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta quarta-feira

Rali dos mercados continua com otimismo sobre reabertura econômica; ADP nos EUA e produção industrial no Brasil são destaques

Equipe InfoMoney

(Shutterstock)

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O início da quarta-feira é marcado pelo otimismo nos mercados internacionais, com a expectativa de uma retomada mais rápida da atividade econômica.

A atenção nos Estados Unidos segue voltada para os protestos contra a violência policial e o racismo que ocorrem em todo o país. Cerca de 10 mil manifestantes já foram presos.

No Brasil, serão conhecidos os dados da produção industrial de abril, que devem revelar os prejuízos causados pelas medidas de isolamento social.

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Entre as notícias corporativas, a Braskem registrou um prejuízo líquido de R$ 3,649 bilhões no primeiro trimestre do ano, ante lucro de R$ 928 milhões nos primeiros três meses de 2020, e a Multiplan anunciou a reabertura de mais um shopping.

1.Bolsas mundiais

A expectativa de uma retomada mais rápida da atividade econômica sustenta o otimismo dos mercados nesta quarta-feira. As Bolsas da Europa avançam e os futuros em Nova York operam em terreno positivo.

O DAX, de Frankfurt, sobe 2,43% e o CAC 40, de Paris, avança 2,10%.

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Na avaliação de analistas, a reabertura dos negócios nas principais economias do mundo, com o relaxamento das medidas de isolamento impostas pela pandemia do novo coronavírus, irá impulsionar o crescimento econômico.

“Se eu olhar para os mercados, vejo uma recuperação em forma de V. O que ouvimos de empresas de todo o mundo é que, uma vez terminado o bloqueio, elas receberão os clientes em massa”, disse, à Bloomberg Mark Mobius, co-fundador da Mobius Capital Partners.

Ainda na Europa, a companhia aérea alemã Lufthansa anunciou um prejuízo líquido de 2,1 bilhões de euros (equivalente a US$ 2,35 bilhões) nos primeiros três meses do ano.

Já nos Estados Unidos, os investidores seguem atentos ao avanço dos protestos nos Estados Unidos, que já duram mais de uma semana, desde o assassinato de George Floyd, um homem desarmado, pela polícia da cidade de Minneapolis.

Apesar da incerteza trazida pelos protestos, os futuros americanos operam em alta. O do Dow Jones sobe 0,72% e o do S&P 500 avança 0,46%.

O petróleo é negociado com ganhos estimulado pela expectativa de que os maiores produtores do mundo mantenham as medidas de restrição à produção do óleo.

Veja o desempenho dos mercados, às 7h42

Nova York
*S&P 500 Futuro (EUA), +0,46%
*Nasdaq Futuro (EUA), +0,36%
*Dow Jones Futuro (EUA), +0,72%

Europa
*Dax (Alemanha), +2,43%
*FTSE 100 (Reino Unido), +1,30%
*CAC 40 (França), +2,10%
*FTSE MIB (Itália), +2,30%

Ásia
*Nikkei 225 (Japão), +1,29% (fechado)
*Hang Seng Index (Hong Kong), +1,56% (fechado)
*Shanghai SE (China), +0,07% (fechado)
*Petróleo WTI, +1,79%, a US$ 34,47 o barril
*Petróleo Brent, +1,19%, a US$ 40,04 o barril

2. Agenda econômica

A agenda brasileira tem como destaque a produção industrial, com estimativa de queda de 28,3% em abril na comparação mensal, segundo estimativa mediana em pesquisa Bloomberg, após queda de 9,1% na medição anterior. Na comparação anual, indicador deve ter registrado recuo de 36,1%, após cair 3,8% no mês anterior. Esse período foi o primeiro afetado integralmente pelas ações de isolamento social adotadas para conter o avanço do coronavírus. O IBGE divulga o dado às 9h.

Às 10h, sai o Markit Brasil PMI Serviços de maio.

Já na agenda americana, os EUA divulgam às 09h15 os dados do ADP, com a variação de empregos privados de maio, com estimativa de perda de 9 milhões de vagas de trabalho, segundo consenso da Bloomberg, ante dado anterior de 20,2 milhões negativos. Às 10h45, sai o PMI de serviços do Markit de maio, com estimativa de 37,3 pontos. Às 11h, saem pedidos às fábricas de abril, com estimativa de queda de 13,4% e pedidos de bens duráveis com estimativa de queda de 17,2%. Às 11h30, saem os dados de estoque de petróleo.

Na noite de terça-feira, foi divulgado o PMI do setor de serviços China Caixin, que ficou em 55 pontos em maio, acima dos 44,4 pontos registrados em abril.

3. Protestos nos Estados Unidos

A atenção nos Estados Unidos segue voltada para os protestos contra a violência policial e o racismo que ocorrem em todo o país. Cerca de 10 mil manifestantes já foram presos.

As manifestações, que já duram mais de uma semana, foram desencadeadas pelo assassinato de George Floyd, um homem desarmado, pela polícia da cidade de Minneapolis.

Na terça-feira, as forças de segurança intensificaram os esforços para tentar conter os protestos, incluindo a adoção de toque de recolher em diversas cidades.

4. Política

A convocação de atos pró-democracia ganha força e pode elevar a tensão política em Brasília. Novos protestos estão sendo convocados para o próximo domingo, dia 7.

As manifestações ocorrem no momento em que a pandemia do coronavírus avança no país. O número de pessoas oficialmente contagiadas chegou a 555.383 e o de mortes, a 31.199.

Por outro lado, a Folha de S. Paulo destaca que o governo faz mudança de estratégia em relação a algoz no STF, ministro Alexandre de Moraes. Após atacar Moraes por ter impedido a posse de Alexandre Ramagem no comando da PF e por ter determinado operação policial contra seus apoiadores, Bolsonaro participou nesta terça-feira da posse do ministro do STF como membro titular do Tribunal Superior Eleitoral.

Moraes também fez um gesto em direção ao Executivo e classificou como amigos os generais que compõem a Esplanada dos Ministérios; o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, fez uma visita à residência de Moraes em São Paulo no fim da tarde de segunda- feira. A conversa, segundo interlocutores dos ministros não citados pela Folha, foi amistosa, e Azevedo procurou botar panos quentes na disputa entre os Poderes. Também foi interpretado como bandeira branca o fato de Bolsonaro e ao menos cinco ministros terem participado da posse de Moraes.

5. Panorama corporativo

A valorização do dólar contribuiu para que a Braskem registrasse um prejuízo líquido de R$ 3,649 bilhões no primeiro trimestre do ano, ante lucro de R$ 928 milhões nos primeiros três meses de 2020.

Na mesma base de comparação, a receita líquida com produtos teve um leve queda de 3%, para R$ 12,625 bilhões. O Ebitda recorrente ficou em R$ 1,313 bilhão, recuo de 22%. O resultado, segundo a companhia, foi motivada pelos menores spreads cobrados no mercado internacional.

Já a Multiplan anunciou a reabertura de mais de um de seus estabelecimentos. A partir desta quarta-feira, será retomada a operação do Jundiaí Shopping, em Jundiaí (SP).

O estabelecimento havia sido fechado em março na esteira das medidas de isolamento social adotadas para conter o avanço do coronavírus. Agora, irá operar em horário de funcionamento restrito, das 14h às 20h.

Na área industrial, a fabricante de máquinas Romi passou a oferecer aos clientes a opção de aluguel de equipamentos, como tornos e injetoras de plástico. Segundo reportagem do jornal “Valor Econômico”, a decisão faz parte das medidas para conter os efeitos da retração da economia causada pela pandemia do coronavírus.

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(Com Bloomberg)