Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado hoje

As Bolsas mundiais operam em alta depois da queda de ontem; B3 deve ter um dia de ajuste

Equipe InfoMoney

(Spencer Platt/Getty Images)

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SÃO PAULO – A semana termina com os mercados tentando recuperar o fôlego após a forte queda da quinta-feira. Apesar da cautela com o ritmo de recuperação da economia global, as Bolsas europeias e os futuros americanos operam em leve alta.

No Brasil, o quadro deve ser diferente. A B3 ficou fechada na quinta-feira devido ao feriado de Corpus Christi, mas os ADRs (recibos de ações negociados em Nova York) de empresas brasileiras tiveram forte queda e as ações dessas empresas devem sofrer um ajuste neste pregão.

No cenário corporativo, a Vale conseguiu uma liminar para suspender uma ação anterior que exigia o pagamento de quase R$ 8 bilhões como garantia a eventuais multas pelo desastre de Brumadinho (MG) e as administradoras de shoppings aceleram a reabertura dos centros de compras.

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1) Bolsas mundiais

As Bolsas europeias e os futuros americanos operam em leve alta. Em meio às preocupações com a recuperação da economia global e uma segunda onda de contaminação dos coronavírus, o índice DAX, de Frankfurt, sobe 1,56%.

“Vemos alguns pontos positivos. O pior já passou, a economia está se reabrindo gradualmente. Mas também vemos riscos de uma queda”, disse, à Bloomberg, Janet Mui, diretora de investimentos da Brewin Dolphin.

Nos Estados Unidos, os futuros mostram também uma leve recuperação. O do Dow Jones sobe 2,50% e o do S&P 500, 2,07%. Esses índices recuaram, na quinta-feira, 6,90% e 5,89%, respectivamente.

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O temor dos investidores é que ocorra uma nova onda de contaminação do coronavírus no momento em que as principais economias ainda não se recuperaram das medidas de isolamento social que começaram a ser adotadas, em maior grau, a partir de março.

E embora as principais economias do mundo estejam tomando medidas para flexibilizar o isolamento social, o vírus segue avançando. O novo coronavírus já contaminou 7,6 milhões de pessoas e causou 424 mil mortes em todo o mundo.

Veja o desempenho dos mercados, às 7h26

Estados Unidos

*S&P 500 Futuro (EUA), +2,07%

*Nasdaq Futuro (EUA), +1,72%

*Dow Jones Futuro (EUA), +2,50%

Europa

*Dax (Alemanha), +1,56%

*FTSE 100 (Reino Unido), +1,45%

*CAC 40 (França), +2,52%

*FTSE MIB (Itália), +1,75%

Ásia

*Nikkei 225 (Japão), -0,75% (fechado)

*Hang Seng Index (Hong Kong), -0,73% (fechado)

*Shanghai SE (China), -0,04% (fechado)

*Petróleo WTI, +0,94%, a US$ 36,68 o barril

*Petróleo Brent, +0,93%, a US$ 38,91 o barril

*Bitcoin, US$ 9.469, -3,53%

2) Indicadores econômicos

Na agenda de divulgações desta sexta-feira, os Estados Unidos anunciam, às 9h30 (horário de Brasília), dados sobre os preços das exportações e importações do mês de maio.

Às 11h, a Universidade de Michigan divulga o índice de confiança do consumidor de junho.

Na Europa, às 9h, será feito o discurso do presidente do Conselho de Supervisão do Banco Central Europeu (BCE), Andrea Enria.

Mais cedo, foi divulgado o PIB do Reino Unido do mês de abril, que registrou uma retração de 20,4% na comparação com o mês anterior.

Foi a maior queda já registrada em uma comparação mensal. Em relação a abril de 2019, o recuo foi de 24,5%.

3) Ajuste na B3

A Bolsa brasileira vai ter um pregão de ajuste nesta sexta-feira, após não operar na quinta-feira devido ao feriado de Corpus Christi.

Isso porque os ADRs (recibos de ações negociados em Nova York) de empresas brasileiras tiveram uma forte queda na quinta-feira.

O índice de ADRs Brazil Titans recuou 8,7%. Já o EWZ, índice que reúne as ações de maior liquidez da Bolsa brasileira, afundou 7,84%.

4) Ambiente político e combate ao coronavírus

O noticiário político se divide entre as tentativas do presidente Jair Bolsonaro de reforçar a sua base de apoio, as investigações sobre as fake news e o combate ao novo coronavírus.

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça ,deve decidir nesta sexta-feira se autoriza o compartilhamento do inquérito das fake news com as ações que pedem a cassação da chapa de Jair Bolsonaro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Ainda em Brasília, Bolsonaro recriou, na quarta-feira à noite, o Ministério das Comunicações. A pasta será comandada pelo deputado federal Fábio Faria (PSD-RJ), genro de Sílvio Santos, que é dono da rede de televisão SBT.

Além de um gesto ao empresário, que tem mostrado proximidade com o atual governo, o movimento dá continuidade às investidas de Bolsonaro em direção ao centrão e em busca de construir uma base aliada no Congresso Nacional.

O Ministério das Comunicações ficará responsável por uma série de áreas, entre elas a política de comunicação social do governo e o leilão das frequências de 5G.

O avanço do coronavírus é outro assunto que fica no radar. Segundo o último balanço do Ministério da Saúde, o Brasil totaliza 802.828 casos confirmados e 40.919 óbitos.

5) Panorama corporativo

Entre os destaques corporativos, a mineradora Vale informou que obteve liminar para suspender decisão anterior que exigia da companhia R$ 7,9 bilhões em garantias para assegurar o pagamento de eventuais multas pelo desastre de Brumadinho (MG).

“O desembargador considerou que não há elementos que evidenciem riscos futuros de descumprimento de uma posterior decisão sobre o caso, por parte da Vale”, afirmou a empresa no comunicado.

Já a Latam Airlines Brasil e a Delta Air Lines apresentaram na quarta-feira ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) uma versão preliminar do acordo de joint venture. O processo de aprovação regulatória representa o primeiro passo para o acordo.

Uma vez garantidas as aprovações regulatórias, a parceria irá conectar as malhas aéreas complementares das empresas entre as Américas do Norte e do Sul.

E as administradoras de shoppings seguem retomando as suas operações com as medidas de flexibilização do isolamento social.

A Aliansce Sonae anunciou a abertura sete shoppings na quinta-feira. Já a JHSF informou a retomada da operação do Shopping Cidade Jardim, em São Paulo.

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