Os 4 fatores que levaram a WEG a ser a melhor empresa da Bolsa, segundo seu CEO

Em entrevista no evento Melhores da Bolsa 2021, Harry Schmelzer Jr. comentou ainda um "bom risco" que os investidores devem ficar de olho

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Vencedora do prêmio de melhor empresa da Bolsa em 2021 no ranking InfoMoney, a WEG (WEGE3) é uma empresa que há anos tem conseguido entregar bastante retorno aos acionistas, e parte do seu sucesso está em ela estar sempre se renovando e lançando novidades dentro de sua área de atuação, conseguindo ainda participar do mercado internacional.

Essa avaliação foi dada pelo CEO da companhia, Harry Schmelzer Jr., durante o evento Melhores da Bolsa 2021 (assista no player acima). Segundo ele, dentre diversos fatores, quatro ajudam a explicar o sucesso da WEG, dentro e fora da Bolsa.

O primeiro fator é o domínio que ela tem da tecnologia. “Sempre acreditamos que podemos estar no topo do conhecimento da tecnologia que a WEG está envolvida. A WEG investe permanentemente, isso significa investir na engenharia, em inovação. Isso é um destaque em toda nossa história”, afirmou o executivo.

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Em seguida, ele destacou a capacidade da empresa em mudar, investindo e trazendo novos negócios ao que ela já faz. “Há 60 anos, quando começamos, era apenas motores elétricos, hoje não é só isso”, explicou, destacando os processos de automação e digitalização da indústria. “Todo ano é uma WEG diferente, sempre estamos criando alguma coisa nova”.

O terceiro diferencial da WEG, segundo Schmelzer, é a sua capacidade de atuar no mercado internacional, algo que desde os anos 70 ela já tem essa estratégia. “É só exportando que você aprende a ser competitivo”, avalia ele, ressaltando que hoje a companhia tem uma parcela relevante do mercado mundial de motores elétricos, mas com avanço já em outras áreas.

Por fim, o executivo ressalta a forma de gestão da WEG, em que todos os colaboradores são bastante comprometidos e têm orgulho de trabalhar dentro dela. Ele destacou ainda que a empresa ajuda no desenvolvimento de seus funcionários, nas formações deles. “A empresa que tem vontade de crescer, ela consegue engajar seus colaboradores”, avalia.

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Participando do painel junto com Schmelzer, Sara Delfim, sócia-fundadora da Dahlia Capital, também destacou os pontos positivos da companhia que ajudaram ela a conquistar o prêmio de melhor da Bolsa.

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“Investidor gosta de retorno, mas ele gosta de dormir tranquilo, e com a WEG a gente consegue isso […] Não lembro de nenhum evento na história da companhia que tenha tirado nosso sono”, disse a gestora.

Ela ressaltou os números da companhia, com uma receita que cresceu cerca de 15% ao ano nos últimos 20 anos e alta anual entre 25% e 30% do lucro. “O que acontece com o preço da ação de uma empresa que cresce todo ano? A ação da WEG nos últimos 10 anos subiu em média 30% ao ano”, completa.

Sara destacou também a fala do CEO da companhia sobre a capacidade dela em lançar novos produtos e soluções como algo que ajuda em seu crescimento.

Eletrificação do mundo

Questionado sobre o movimento global de eletrificação, em especial de carros elétricos, Schmelzer explicou que a WEG já está de olho neste mercado há algum tempo: “A mobilidade elétrica é irreversível. Com que velocidade isso vai acontecer é uma questão complexa”.

Segundo ele, a companhia está acompanhando as inovações, mas que ainda é um mercado novo e que deve apresentar mudanças nos próximos anos.

Neste cenário, Sara lembrou que há cerca de 10 anos ela fez uma visita em uma fábrica da WEG, onde pôde ver um carro elétrico no local, possivelmente já sendo testado pela empresa, em mais uma demonstração de como a companhia não fica para trás ao acompanhar as inovações.

Segundo ela, a empresa já tem parceria com a MAN para caminhões elétricos, além de já ter sua tecnologia atuante na fabrica da Tesla na Califórnia, em outro sinal da internacionalização do seu negócio.

Riscos

Apesar de tantos elogios, eles também conversaram sobre os riscos que podem envolver a companhia. Sara lembra que, nos ciclos econômicos, sempre existem países ou negócios indo bem e outros não muito. Muitas vezes o Brasil tem um bom momento, enquanto o resto do mundo está em uma fase ruim, e vice-versa.

Diante disso, e considerando que a WEG tem cerca de 40% de sua receita atrelada ao Brasil e o resto no exterior, ela avalia que um “risco” é se “tudo começar a crescer”, um cenário positivo para todo mundo.

“Talvez um risco, uma preocupação é, e se, por um milagre, tudo vai bem, o Brasil vai bem, o mundo vai bem, um crescimento forte no setor de energia, um crescimento forte no PIB de modo geral, será que a WEG conseguiria continuar crescendo, teria capacidade de acompanhar esse crescimento de Brasil e mundo ao mesmo tempo?”, avalia ela, ressaltando que é um “risco bom”, mas que nunca viu a WEG crescer num cenário assim.

E, para Schmelzer, essa é uma preocupação importante porque tem que aproveitar certos momentos para capturar mais participação de mercado. “O problema não é ganhar mais dinheiro naquele momento, o importante é não perder market share. Não pode deixar de atender os seus clientes”, explicou ele.

O executivo e a gestora ainda comentaram outros tópicos e responderam dúvidas de espectadores ao vivo. Confira a conversa na íntegra no vídeo acima.

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