Os 10 países mais competitivos em 2017 – e onde o Brasil precisa melhorar

Estudo mostra pontos em que o Brasil falha para manter uma competitividade global

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – O Brasil fica atrás de 81 países no que diz respeito à competitividade, de acordo com um levantamento do INSEAD – Escola de Negócios para o Mundo, em parceria com o Grupo Adecco e o Human Capital Leadership Institute de Singapura (HCLI). Estão na lista 118 países, avaliados de acordo com sua “capacidade para competir por talentos”.

De acordo com a publicação, Suíça e Singapura são os países mais competitivos do mundo em 2017. Terceiro e quarto lugares ficam, respectivamente, com Reino Unido e Estados Unidos.

Cada edição do Índice de Competitividade Global de Talentos (GTCI, na sigla em inglês) recebe uma temática específica. Neste ano, a escolhida foi Talento e Tecnologia: Moldando o Futuro do Trabalho.

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Segundo a instituição responsável, a pesquisa “explora os efeitos da ascensão tecnológica em relação à competitividade de talentos, mostrando que, embora empregos em todos os níveis continuem sendo substituídos por máquinas, a tecnologia também está criando novas oportunidades de trabalho”. Para criar essas oportunidades, no entanto, a instituição acredita que governo e empresários devem trabalhar juntos na construção de sistemas educacionais e políticas de mercado de trabalho.

No caso do Brasil, a pesquisa destacou o que chamou de falhas neste tipo de iniciativa. Na média de pontuações, o país fica atrás de outros 80. As questões onde o país foi mal avaliado foram as seguintes:

1 – Habilitação (pontuação: 4,9 / posição no ranking: 78): avaliação de assuntos regulatórios, leis trabalhistas, relação entre governo e empresas, índice de corrupção, flexibilidade do mercado de trabalho, práticas de gestão etc.;

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2 – Atração (pontuação: 4,3 / posição no ranking: 73): análise da disposição e abertura do mercado de trabalho para profissionais estrangeiros, índice de atração de novos negócios e pessoas, normas de imigração, análise do mercado de trabalho interno (diversidade social, mobilidade social, igualdade de gêneros) etc.;

3 – Capacitação (pontuação: 4,4 / posição no ranking: 56): avalição da qualidade da educação superior, de conhecimentos básicos (redação, ciências e matemática), aprendizagem ao longo da vida (índice de treinamentos e capacitação em empresas e desenvolvimento de seus colaboradores), acesso a oportunidades de capacitação, avaliação dos cursos de extensão e educação continuada etc.;

4 – Retenção (pontuação: 4,4 / posição no ranking: 77): análise do incentivo à sustentabilidade, qualidade de vida, tributação, segurança pessoal, saneamento etc.;

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5 – Habilidades técnicas e vocacionais (pontuação: 2,8 / posição no ranking: 111): julgamento de habilidades técnicas e qualitativas, número da população com ensino superior completo, produtividade de trabalho por empregado, empregabilidade do país, relevância do sistema educacional à economia etc.;

6 – Conhecimentos globais (pontuação: 2,2 / posição no ranking: 76): habilidades de alto nível, qualidade dos profissionais de alta gestão, qualidade de instituições científicas, investimento em pesquisa, número de profissionais com pós-graduação / mestrado / doutorado completos, investimento em inovação e tecnologia, densidade do investimento em novos negócios, colaboração com o exterior etc.

Confira, abaixo, o top 10.

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1 Suíça 

2 Singapura 

3 Reino Unido 

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4 EUA 

5 Suécia 

6 Austrália

7 Luxemburgo

8 Dinamarca

9 Finlândia

10 Noruega

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Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney