Operadores de futuros têm último dia de pregão viva-voz na Bolsa de Chicago

O barulho dos gritos estridentes e os gestos frenéticos com as mãos no salão da bolsa de Chicago agora representa apenas 1% do volume total de negócios

Reuters

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CHICAGO – Algumas poucas dezenas de operadores de Chicago irão vestir suas jaquetas multicoloridas para negociar soja e futuros de câmbio da maneira tradicional pela última vez nesta segunda-feira, marcando o fim de 167 anos de pregão viva-voz na cidade onde esse modelo nasceu.

Exceto no caso de algum atraso de última hora pelos reguladores norte-americano, o operador de bolsas CME Group irá encerrar a maior parte das operações de futuros em pregões viva-voz em Chicago e em Nova York após o sinal de fechamento nesta segunda, concluindo uma tradição que já simbolizou os mercados financeiros globais mas sucumbiu à eficiência e à velocidade das máquinas.

O barulho dos gritos estridentes e os gestos frenéticos com as mãos no salão da bolsa de Chicago já havia diminuído nos últimos anos, e agora representa apenas 1 por cento do volume total de negócios.

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Os pregões viva-voz de opções mais ativos permanecerão abertos, embora estes também estejam perdendo terreno para a negociação eletrônica.

O CME está levando adiante o fechamento apesar da resistência de um pequeno grupo de corretores e operadores em Chicago, que argumentam que o fim dos pregões viva-voz irá prejudicar usuários finais nos mercados de títulos do governo dos EUA e de depósitos em dólar em bancos estrangeiros. No mês passado, eles pediram que o órgão regulador Commodity Futures Trading Commission (CFTC) abra uma revisão dos planos.

A CFTC tem até o fechamento dos negócios nesta segunda-feira para tomar uma decisão sobre o adiamento do fechamento dos pregões.

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