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SÃO PAULO – A parceria entre Oi e Portugal Telecom conclui mais um capítulo da consolidação do setor de telecomunicações no Brasil, ao mesmo tempo em que abre novas janelas para as empresas. De acordo com o presidente da brasileira, Eduardo Falco, a formalização da aliança acontecerá dentro do prazo previsto, de até 45 dias a partir do anúncio do negócio. Mas as empresas já estão programando onde investirão no futuro.
O acordo prevê participações cruzadas entre as duas companhias. “Precisamos ver que a PT vai participar de 10% do controle da Oi, mas a Oi vai participar de 10% da Portugal Telecom. É absolutamente simétrico isso, inclusive em número de conselheiros nos dois lados. A partir dessa aliança teremos um ganho de escala importante”, frisou o executivo, após um fórum promovido pelo Inae (Instituto Nacional de Altos Estudos).
Dessa forma, Falco já fala sobre os planos de internacionalização da Oi. A ideia é que as duas empresas invistam fora do Brasil e o foco, segundo o presidente da companhia, é a América do Sul e a África. Em ambas as regiões, “ainda há muitas oportunidades”, conforme o ponto de vista da Oi.
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“Existe uma ideia, ainda não discutida mas bem aceita, de que as expansões internacionais possam ser feitas na base de 50% de cada companhia”, destacou, acrescentando que isso é importante pois “diminui a barreira de entrada em algum país”.
Reestruturação societária
Em suas declarações, Falco também abordou a questão da simplificação das classes societárias da Oi, que depois da fusão com a Brasil Telecom possui diversos tipos de papéis negociados na bolsa paulista (TMAR3, TMAR5, TMAR6, TNLP3, TNLP4, BRTO3 e BRTO4).
“Eu tenho sido o cara que mais briga na Oi pela simplificação das classes societárias”, argumentou. Entretanto, o presidente da Oi ressaltou que uma nova proposta aos acionistas minoritários, depois da rejeição da relação de troca sugerida em meados deste ano, acontecerá apenas em um segundo momento.
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TIM isolada
Por fim, o presidente da Oi abordou os rumores de que a TIM entraria no movimento de consolidação do setor através de uma parceria com a britânica Vodafone. “A TIM hoje ficou estrategicamente isolada”, afirmou Falco, comentando que uma associação entre italianos e ingleses “não é tão natural assim”.
